sábado, 27 de setembro de 2008

Divulgada a terceira pesquisa Ibope para prefeitura de Florianópolis

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O Ibope realizou entre os dias 23 e 25 de setembro a terceira pesquisa eleitoral para a prefeitura de Florianópolis. Dário Berger (PMDB) lidera as intenções de voto na pesquisa estimulada com 36%, seguido por Esperidião Amin (PP), com 20% das intenções de votos.

A diferença entre os dois passou de 5 pontos percentuais (em 5 de setembro) para 16 pontos percentuais na atual pesquisa. Cesar Souza Junior (DEM) tem 13%, Angela Albino (PC do B), 11%, Nildomar Freire (PT), 4%. Afrânio Boppré (PSOL) vem a seguir com 2%, e Joaninha de Oliveira (PSTU) com menos de 1%.

O índice de votos brancos e nulos é de 5%, e 9% dos entrevistados "não sabem ou não responderam" em quem pretendem votar.

Rejeição

O Ibope perguntou em quem os entrevistados não votariam. A candidata Joaninha tem 32% de rejeição, Esperidião Amin, 28%, Dário Berger, 26%, Nildomar Freire e Cesar Souza Junior 22%, Afrânio Boppré, 19% e Angela Albino, 12%.

Segundo turno

A pesquisa retratou três cenários para segundo turno. No primeiro, Dário tem 47% e Esperidião Amin, 32%. Quando o adversário de Dário é Cesar Junior, o peemedebista vence o democrata com 47% contra 28%. Na outra, Amin obtém 39% e Cesar Junior 29%. Na pesquisa espontânea, Dário está com 31%, Amin, 18%, Cesar Junior, 9%, Angela, 8%, Nildomar, 4%, Afrânio, 1% e Joaninha, 0%.

A pesquisa foi contratada pela RBSTV/Florianópolis e entrevistou 805 pessoas. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. ClicRBS


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Tá tudo dominado - Correa diz que Odebrecht 'aceita exigências do Equador'

O presidente do Equador, Rafael Correa, disse neste sábado que a construtora brasileira Odebrecht apresentou a seu governo uma proposta em que "aceita as exigências" do país para o pagamento de indenizações devido a falhas na construção da hidrelétrica San Francisco.

A medida teria como objetivo deixar sem efeito a decisão do governo equatoriano de interromper todas as obras que estão sob responsabilidade da Odebrecht no país, que somam um valor total de US$ 650 milhões.

"Depois de termos recebido um tremendo choque, recebemos ontem o acordo, unilateralmente, firmado", afirmou Correa em seu programa de rádio, neste sábado.

Segundo o presidente equatoriano, no documento a empresa brasileira aceitaria "todas as exigências" feitas pelo governo, que correspondem ao pagamento de uma indenização de US$ 43 milhões pelos prejuízos causados pela paralisação da usina, fechada desde junho, além da reparação total da hidrelétrica. O líder equatoriano disse que "estudará" a proposta para decidir se permitirá que a Odebrecht "continue ou não no país".

Correa disse que seu governo e a construtora haviam avançado em um entendimento, mas que "duas vezes andaram para trás no último minuto". O impasse teria sido o pivô para a assinatura de um decreto firmado por Correa, em que ordena o embargo dos bens da empresa brasileira, a militarização de todas as obras em andamento, além de proibir que os funcionários da empresa deixassem o país.

Dívida

Correa voltou a afirmar que os US$ 200 milhões de empréstimo concedidos pelo BNDES para a construção da usina San Francisco são uma dívida da Odebrecht com o Brasil e não do governo equatoriano. Na quarta-feira, Correa disse que pensava em não pagar o empréstimo para financiar a construção de um projeto "que não presta".

Com uma potência prevista de 230 megawatts e com capacidade para abastecer 12% da energia do país, a central San Francisco foi construída pelo Consórcio Odebrecht - Alstom - Vatech (empresas européias) e inaugurada em junho de 2007. A partir de junho de 2008 a San Francisco começou a apresentar falhas e logo depois foi fechada, o que, de acordo com o governo equatoriano, coloca em risco o abastecimento do país e poderia ocasionar apagões de energia.

A construtora brasileira Odebrecht afirmou que durante seu primeiro ano de funcionamento, a usina hidrelétrica operou, sob a responsabilidade do governo do Equador, com capacidade superior à que havia sido projetada. BBC Brasil


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E o povo que se ferre - Estados Unidos querem suspender preferências comerciais concedidas à Bolívia

David Choquehuanca

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, quer suspender as preferências tarifárias oferecidas a produtos bolivianos sob a justificativa de que o governo da Bolívia não está colaborando com a luta contra o narcotráfico. A decisão foi anunciada ontem pela Representante de Comércio dos Estados Unidos, Susan Schwab, 16 dias após a expulsão do embaixador americano na Bolívia, Philip Goldberg, acusado de conspiração contra o governo de Evo Morales.

O fracasso da administração de Evo Morales para cooperar nos esforços antinarcóticos nos últimos 12 meses indica que a Bolívia não está cumprindo com os requisitos para beneficiar-se da Lei de Preferências Tarifárias Andinas (ATPDEA)”, justificou Schwab, segundo a Agência Boliviana de Informação.

A ATPDEA prevê tarifa zero para a entrada de 6 mil produtos no mercado americano em troca da erradicação de drogas na Comunidade Andina. O programa foi implementado em 1991, como um reconhecimento dos Estados Unidos ao combate às drogas do Peru, Colômbia, Bolívia e Equador.

O governo boliviano garante que está cumprindo sua parte. Segundo a Agência Boliviana, entre janeiro e setembro deste ano foram erradicados 4,1 mil hectares de coca ilegal no país – a meta anual é de 5 mil hectares. Também foram apreendidas 23 toneladas de cocaína e maconha.

Em coletiva à imprensa em La Paz, ontem (25), o ministro boliviano de Relações Exteriores e Culto, David Choquehuanca (foto), avaliou o corte dos benefícios à Bolívia como “vingança” pela expulsão do embaixador americano e assegurou que continuará negociando com os Estados Unidos e com a Comunidade Andina para que a proposta não seja levada adiante. A suspensão da Bolívia da ATPDEA ainda precisa passar pelo Congresso americano.

Segundo dados da Câmara de Exportadores de La Paz, divulgados pela BBC Brasil, a Bolívia exportou US$ 377 milhões para o mercado americano em 2007. Os produtos com preferências representado por produtos com preferências tarifárias. Agência Brasil


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O que é Nasdaq?

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É uma bolsa de valores sem corretores.

Bolsa de Valores. A palavra está ligada a movimento, corretores com os braços elevados, gritando, com a missão de comprar ou vender ações. Ou seja, grande agitação. De fato, esta é a maneira que a Bolsa de Nova York (New York Stock Exchange-NYSE), a maior e mais tradicional bolsa de valores do mundo, vem operando desde a sua fundação, em 1792. Há duas décadas as transações são feitas usando o mesmo procedimento.

Este conceito começou a mudar quando, em 1971, surgiu a Nasdaq, sigla que significa Pregão Automático da Associação Nacional dos Corretores (National Association Securities Dealers Automated Quotation), o primeiro mercado acionário eletrônico do mundo. De olho no futuro, os fundadores tinham a intenção de automatizar as transações viabilizando a troca de ações de qualquer parte do planeta.

No final dos anos 80, com o aparecimento das primeiras empresas tecnológicas, que se estabeleceriam hoje como as maiores potências da "nova economia", a Nasdaq acabou ganhando a fama de mercado que negocia ações das empresas do futuro, ou seja, fabricantes de computadores, softwares, chips, cabos de fibra óptica, biotecnologia e etc.

De lá pra cá, com a explosão da internet, a Nasdaq se tornou o índice de maior crescimento do globo. Hoje, ela negocia as ações de cerca de 5,1 mil pequenas, médias e grandes empresas do setor.

Para se ter uma idéia do quanto a Nasdaq cresceu, vale a pena mostrar a performance da mais famosa de suas empresas, a Microsoft Corporation (MSFT). Em 1986, quando abriu o seu capital ao público, a Microsoft contava com 1,1 mil funcionários e um faturamento de US$ 197 milhões. Já em 1990, a companhia de Bill Gates empregava quase 6 mil pessoas e seu faturamento ultrapassava US$ 1 bilhão. Hoje, a Microsoft conta com quase 30 mil empregados e fatura cerca de 20 bilhões por ano.

Os resultados que a bolsa tecnológica tem alcançado são impressionantes. Só no primeiro trimestre deste ano, a média de volume diário foi de US$ 95 bilhões ou 1,8 bilhão de ações negociadas. Isso mesmo, em um dia!

No total, de janeiro até março deste ano, passaram pela Nasdaq US$ 5,97 trilhões, o maior movimento de todos os tempos. No ano passado, o ganho dos investidores da bolsa eletrônica ultrapassou os 85%, valor três vezes maior do que o alcançado pela tradicional Bolsa de Nova York. Terra


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É fake! - Lula se compara a Jesus Cristo e diz que sofreu preconceito na sua trajetória política

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se comparou neste sábado com Jesus Cristo por sofrer preconceito durante sua trajetória política e questionou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sobre investimentos de recursos federais no Estado de São Paulo.

"Me acusavam porque eu tinha barba mas não lembravam que Jesus Cristo tinha barba. Acusavam que a estrela do PT era comunista e depois me acusavam que eu não tinha diploma universitário", afirmou Lula durante comício do candidato Sebastião Almeida (PT) à Prefeitura de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.

Segundo a Polícia Militar, cerca de 6.000 militantes e cabos eleitores estiveram no ato político.

Ao contrário de outros comícios, Lula estava acompanhado do presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), e do ministro Franklin Martins (Comunicação Social). Bem humorado, Lula brincou com Martins e disse que o jornalista estava escondido no palanque.

Lula chegou a Guarulhos com duas horas e meia de atraso - o comício estava marcado às 14h - e alegou que a "culpa" era do prefeito Elói Pietá (PT), que administra a cidade há oito anos.

"O Elói ficou com medo que vocês [público] não viessem e marcou o comício para as 14h. Mas, se eu soubesse que era às 14h, eu estaria aqui às 13h30", afirmou.

Sobre FHC, Lula fez uma série de questionamentos ao prefeito Elói Pietá. "Pergunte para o governador de São Paulo [José Serra (PSDB)] se o Fernando Henrique deu para o Mário Covas [governador de São Paulo morto em 2001] 10% do eu já dei para o Serra. E pergunte para o [ex-governador Geraldo] Alckmin se ele já recebeu do FHC 10% do que eu passei para ele. E passo em respeito ao povo de São Paulo", afirmou.

O presidente defendeu a importância do Estado de São Paulo no país e disse que pé preciso tratá-lo com "muito carinho". Lula também disse que os adversários torcem "para que nada dê certo".

"Inteligência não tem nada a ver com conhecimento. Inteligência nasce dentro de nós. Eu tenho o maior conhecimento porque eu entendo o sentimento da alma do povo brasileiro", disse. Folha Online


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Congressistas dos EUA dizem estar perto de acordo sobre plano

Democratas e republicanos no Congresso americano afirmam ter feito progressos para chegar a um acordo sobre o plano do governo George W. Bush para resgatar a economia do país. O senador democrata Harry Reid disse que o Congresso fez um "progresso significativo", mas enfatizou que ainda há "um longo caminho" a trilhar até o consenso. Ele afirmou que 15 pontos do plano ainda são motivos de controvérsia entre os dois lados.

O senador republicano Mitch McConnell disse que o objetivo era anunciar um acordo no domingo e realizar a votação na segunda-feira. Negociadores esperam que os congressistas cheguem a um consenso antes da reabertura dos mercados na segunda-feira. 

Em seu programa semanal de rádio, o presidente Bush tentou tranqüilizar americanos sobre o peso que recairá sobre os contribuintes do plano de US$ 700 bilhões. Segundo o líder americano, o pacote deve custar menos que o previsto. Bush ainda pediu aos congressistas americanos que se apressem em aprovar o pacote, dizendo que a questão está acima de partidos políticos.

A presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, disse em uma reunião privada com democratas que o partido não insistiria mais na proposta de alterar as leis de falência para permitir a juízes que suspendam a tomada de posse de casas com pagamentos hipotecários atrasados. Republicanos temiam que a medida desencorajasse bancos a fazer novos empréstimos.

O governo Bush defende a intervenção estatal para comprar títulos do mercado imobiliário, que apodreceram por conta da crise do subprime (empréstimos de alto risco), para sanar bancos de investimentos que tinham muito dinheiro investido nesses papéis e chegaram perto da falência. Com esta medida, a Casa Branca espera restaurar a oferta de crédito na já combalida economia americana.

Debate

Na noite de sexta-feira, no primeiro debate dos candidatos à Presidência dos Estados Unidos, o democrata Barack Obama e o republicano Jonh McCain reforçaram a necessidade de um acordo. Suas respostas, porém, revelaram diferenças sobre os culpados pela crise. "Nós também temos de reconhecer que este é um veredicto final dos oitos anos de políticas econômicas fracassadas promovidas por George W. Bush e apoiadas pelo senador McCain", disse Obama.

O senador McCain, por sua vez, culpou lideranças irresponsáveis em Washington e em Wall Street pela crise. As negociações para um acordo sobre o pacote de ajuda têm sido observadas de perto pelos mercados financeiros. Na sexta-feira, bolsas na Europa e no Brasil terminaram o dia em baixa. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones da Bolsa de Nova York teve um dia volátil, com momentos de altas e baixas, e acabou encerrando o dia em alta de 1,1%. O índice da bolsa eletrônica Nasdaq, por outro lado, fechou em ligeira baixa, de 0,15%. BBC Brasil


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Amiga de Mendes pressionou contra prisão de Dantas, diz juiz

O juiz Fausto de Sanctis,da 6ª Vara federal de São Paulo, disse em entrevista à revista Época, publicada neste sábado, que foi pressionado pela desembargadora Suzana Camargo para voltar atrás no pedido de prisão preventiva do banqueiro Daniel Dantas, nos dias que se seguiram à deflagração da operação Satiagraha, da Polícia Federal.

"Ela me disse que ele (o presidente do STF, Gilmar Mendes) estava irado com a notícia de que eu teria decretado a prisão preventiva de Daniel Dantas e gostaria de confirmar essa decisão", disse o juiz.

Segundo de Sanctis, a desembargadora começou o diálogo invocando a condição de amiga pessoal do presidente do STF e disse que Mendes estava 'irado' com o novo pedido de prisão. Ainda de acordo com o juiz, a conversa telefônica foi testemunhada por outras três pessoas.

Na entrevista, de Sanctis ainda nega ter ouvido grampos gravados ilegalmente envolvendo Gilmar Mendes. "Nunca soube da existência de grampo ilegal ou clandestino e não determinei nenhuma interceptação telefônica e telemática do ministro ou de seu gabinete", afirmou. Estadão Online


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Opinião do Estadão: O que vem antes do pré-sal

As águas rasas da Bacia de Santos podem ter mais gás que a Bolívia, mas o governo e a Petrobrás parecem ter esquecido essa riqueza, mais acessível e mais fácil de explorar que o petróleo do pré-sal. "É uma coisa que preocupa: vamos gastar fortunas, num esforço fantástico no pré-sal, quando temos em águas rasas e semi-rasas importantes reservas de gás", disse o presidente da Associação Brasileira de Geólogos de Petróleo (ABGP), Márcio Mello, em debate promovido pelo Estado, na quinta-feira, sobre "O Futuro do Pré-Sal". A recente descoberta abre uma oportunidade extraordinária, observou o geólogo, "mas não podemos esquecer o pós-sal".

É um erro grave, segundo ele, reduzir a atividade exploratória numa área com potencial para mais do que dobrar a reserva conhecida de petróleo e gás, hoje estimada em 14 bilhões de barris. Com sua participação, Márcio Mello ampliou o debate sobre a política brasileira de hidrocarbonetos. Essa discussão está concentrada no modelo de exploração de um petróleo ainda inacessível, a mais de 6 mil metros de profundidade e a mais de 200 quilômetros da costa, e na partilha do dinheiro que será gerado por essa atividade.

A intervenção do presidente da ABGP chamou a atenção para uma questão da maior importância, mas atualmente negligenciada: quais devem ser as prioridades na exploração das reservas de petróleo e gás? Economicamente, começar pela exploração dos recursos mais acessíveis parece o mais sensato, e por mais de uma razão. O retorno do capital investido será mais rápido, em termos empresariais, e isso tornará mais fácil custear a exploração do pré-sal. Além do mais, o abastecimento de gás ficará mais seguro, com menor dependência do produto boliviano. O governo e a Petrobrás podem ter argumentos para justificar a escolha do pré-sal como prioridade, mas não há como desconhecer, simplesmente, as ponderações do geólogo Márcio Mello.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) concentraram-se no debate sobre as mudanças legislativas defendidas pelo governo, sobre a destinação da renda do pré-sal e na própria conveniência de se avançar, agora, na discussão dessas questões.

"A única coisa que não interessa ao Brasil é o silêncio sobre esse tema", disse o senador, defendendo a posição do governo. O presidente Fernando Henrique preferiu uma posição mais cautelosa e mais pé no chão. Não tem muito sentido, segundo ele, gastar tanto tempo e esforço discutindo o uso de uma renda hipotética e, na melhor hipótese, acessível somente depois de muito investimento e de muitos anos de espera. Além disso, segundo ele, o governo deveria ser mais prudente ao planejar o modelo de exploração do pré-sal, com uma nova atribuição de papéis e de direitos ao governo e às empresas participantes do empreendimento. O sistema de partilha, segundo Mercadante, é o mais adequado aos novos projetos. Mas o melhor modelo, segundo Fernando Henrique, "não é aquele que sai da cabeça de um intelectual" e sim o que flui das conversas. Em outras palavras, é preciso conversar, negociar e compor interesses, em vez de tentar impor uma solução.

Quanto a este ponto, o debate reproduziu e aprofundou os principais argumentos que têm circulado no País desde que o governo decidiu converter o pré-sal no foco das decisões estratégicas da política do petróleo e do gás. O economista e empresário Francisco Gros, ex-presidente do Banco Central e da Petrobrás e hoje principal executivo da OGX, voltou a chamar a atenção para o problema do financiamento: sairá muito caro completar a prospecção da área do pré-sal e converter o petróleo e o gás nela contidos em riqueza efetiva. Equacionar esse problema deveria ser a prioridade do governo, em termos práticos. "Não podemos cair na ilusão do Eldorado", disse Francisco Gros. "O Brasil tem petróleo, mas ainda é preciso atrair investimentos para desenvolver essas áreas."

Debaixo da água, do solo marítimo e do sal, petróleo e gás são recursos naturais, não riquezas de fato. O debate promovido pelo Estado serviu também para chamar a atenção, de novo, para essa verdade tão simples e evidente quanto negligenciada pelos políticos e até, aparentemente, por alguns técnicos. Decidir o que fazer com essa riqueza é certamente importante, mas não é, na ordem prática, o problema número um.


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Florianópolis - Angela Albino ajuíza ação contra Dário

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Os advogados da coligação Inovar Florianópolis (PC do B/PDT), da candidata Angela Albino, ajuizaram ação na Justiça Eleitoral com pedido de cassação do registro da candidatura ou do diploma do candidato à reeleição Dário Berger (PMDB).

Para o coordenador de campanha comunista, João Ghizoni, Berger teria cometido abuso de poder e utilizado bens e servidores públicos na sua propaganda eleitoral.

— Só ele (Berger) tem acesso a esses locais para fazer esse tipo de propaganda, isso é um privilégio absurdo, é o uso indiscriminado e abusivo dos bens públicos em favor de um único candidato — afirmou Ghizoni, em referência às peças publicitárias que retratavam, no programa do peemedebista, o trabalho da Guarda Municipal de Florianópolis, o interior de uma Policlínica e uma sala de aula e a distribuição de cestas básicas.

No dia 19, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) determinou a suspensão da propaganda eleitoral do candidato à reeleição na qual apareciam imagens e dados da Guarda Municipal. O TRE ainda impôs multa de R$ 5,3 mil ao candidato e à sua coligação, O Trabalho Continua (PMDB/PR/PRTB/PSB/PRP/PRB/PSC/PHS).

A decisão também foi encaminhada ao Ministério Público Estadual para "verificação de atos que possam afrontar a probidade administrativa", conforme escreveu o relator, juiz Odson Cardoso Filho.

O magistrado registrou que, "além da permissão obtida para adentrar ao local e efetivar filmagens quanto ao funcionamento de câmeras de vigilância e sua reprodução em telas de acompanhamento da vida da cidade, com eventual desdobramento no caso de detecção de fatos importantes, alcançaram Dário e sua equipe cópias das próprias imagens captadas pelos instrumentos do município, com posterior inclusão no corpo da propaganda eleitoral do candidato".

Contraponto

O advogado Rogério Olsen da Veiga, responsável pela defesa do candidato Dário Berger, sustenta que a filmagem do trabalho da Guarda Municipal não caracteriza uso da máquina pública, já que, conforme Veiga, foram utilizados recursos próprios do candidato e os agentes da guarda foram filmados exercendo suas atividades do dia-a-dia.

Sobre o pedido de impugnação do PC do B, Veiga esclareceu:

— Ainda não recebemos qualquer notificação da Justiça Eleitoral para que possamos nos manifestar sobre o assunto. De qualquer forma, acredito a medida pretende criar um "fato político" para ser explorar na propaganda eleitoral, porquanto antes mesmo do candidato ter ciência do que está sendo acusado, para poder exercer seu direito de defesa, a candidata Angela já espalhou à imprensa a notícia. ClicRBS


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McCain e Obama no primeiro debate


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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Pau neles - Caseiro Francenildo rejeita oferta de indenização da CEF

O caseiro Francenildo dos Santos Costa rejeitou a proposta da Caixa Econômica Federal (CEF) de indenizá-lo em R$ 45 mil, desde que ele concordasse em assinar uma petição inocentando a instituição de ter violado o sigilo de sua conta bancária. A condição para fechar o acordo - sugerido pelo juiz da 4ª Vara da Justiça Federal, Itagiba Catta Preta Neto - consta na petição enviada pelos advogados da Caixa à defesa de Francenildo.

O documento afirma que "a Caixa mantém o seu entendimento de que em nenhum momento violou o sigilo bancário do autor". Mais à frente, a CEF impõe a mesma afirmação a Francenildo. Ou seja, para ter direito à reparação, ele teria de recuar da denúncia de que seu sigilo bancário foi quebrado e endossar a afirmação de que "o senhor Francenildo dos Santos Costas mantém o mesmo entendimento da Caixa", como consta na petição.

Para o advogado do caseiro, Wlicio Chaveiro Nascimento, os termos da proposta inviabilizaram de vez o acordo. "Não só por anular o esforço de reparar um ato criminoso, mas também porque fica claro a tentativa de derrubar a denúncia contra o ex-ministro Palocci no Supremo", explica, referindo-se à petição do Ministério Público ao Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar a suposta participação do então ministro Antonio Palocci, hoje deputado, na violação da conta bancária de Francenildo.

O processo é relatado pelo presidente do STF, ministro Gilmar Mendes e está prestes a ser julgado. Os termos da petição mostram, ainda, na avaliação do advogado, que o ex-ministro Palocci "continua tendo a máquina do governo trabalhando a seu favor". Na última audiência com o juiz Itagiba, dia 5 de agosto, o caseiro disse que aceitaria uma indenização de R$ 45 mil, e não de R$ 35 mil, como propunha a Caixa, não por concordar com ela, mas por "duvidar da Justiça no País". Agência Estado


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Escutas ilegais: foco de suspeita volta ao Senado

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Por eliminação, as investigações sobre o grampo telefônico de uma conversa do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, e o senador Demostenes Torres (DEM-GO) convergem novamente para o próprio Senado. O grampo teria sido feito por gente ligada à própria segurança do Senado, que tem acesso à central telefônica da instituição, a mais moderna de Brasília e considerada à prova de escutas clandestinas externas. A informação foi levantada pelo Correio ainda no mês passado.

A central telefônica é capaz de gravar toda e qualquer ligação feita na Casa ser for programada para isso. A disputa de bastidor pelo controle da instituição, protagonizada pelo vice-presidente da instituição, Tião Viana (PT-AC), e o primeiro-secretário ,Efraim de Moraes (DEM-PB), hoje envolve funcionários da Polícia do Senado. O presidente do Casa, Garibaldi Alves (PMDB-RN), teria perdido o controle da situação.

O clima no Senado não é dos melhores por causa das denúncias em relação a contratos de prestadores de serviços, lobbies das grandes empresas de telefonias e disputas de poder na alta burocracia. Esse seria o caldo de cultura para a espionagem na própria Casa, cujo serviço de segurança é um dos mais equipados do país, com tecnologia adquirida principalmente na gestão do senador Romeu Tuma (PTB-SP), atual Corregedor do Senado, como primeiro-secretário da Mesa (2003/2004).

Além disso, a velha cooperação entre a segurança do Senado e a Polícia Federal já não é a mesma. Os agentes federais que investigam a atuação de empresas prestadoras de serviços contratadas pelo Senado têm convicção de que funcionários da Casa sumiram com as fitas gravadas pelas câmeras de segurança na noite que antecedeu uma frustrada operação de busca e apreensão realizada em alguns gabinetes da burocracia do Senado.

Veteranos

Uma ala da segurança do Senado teria se aproximado de Viana durante a sua interinidade na presidência da Casa, outra seria mais ligada ao senador Romeu Tuma. Há, ainda, os veteranos funcionários ligados aos arapongas da Abin. A alta burocracia mudou muito pouco na gestão de Garibaldi. A tradição entre os senadores é mexer muito pouco na composição dos cargos de mando da burocracia. Viana, porém, não quer acordo com o grupo de Efraim e pretende mudar a composição dos cargos de mando.

Entretanto, depende do apoio dos senadores José Sarney (PMDB-AP) e Renan Calheiros (PMDB-AL), aliados de Efraim, para ter os votos da bancada do PMDB e ser eleito presidente do Senado. Esse ambiente acaba quebrando a hierarquia e facilita a formação de facções e grupos de pressão em todos os setores da burocracia. Correio Braziliense


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Florianópolis - Joaninha de Oliveira quer mostrar que há alternativa à sociedade capitalista

A candidata do PSTU à prefeitura de Florianópolis, Joaninha de Oliveira afirma que o partido participa das eleições para mostrar à população que há saída para esta sociedade capitalista em que vivemos.

A declaração foi dada durante a entrevista online do diario.com.br nesta sexta-feira. A candidata respondeu a perguntas de 26 internautas que participaram do chat durante 45 minutos. Mais de 30 dúvidas não foram respondidas por falta de tempo.

A ordem das entrevistas foi definida por sorteio. Depois de Joaninha, o próximo candidato a ser sabatinada pelos internautas será Esperidião Amim (PP), a partir das 11h de segunda-feira. O candidato do PSOL, Afrânio Boppré, encerra a série participando do chat na terça-feira.

Confira os principais pontos da entrevista:

Transporte

O PSTU aposta na municipalização do transporte em Florianópolis, que será administrado por um Conselho de Trabalhadores. A candidata Joaninha de Oliveira também pretente implantar o transporte marítimo e o passe livre para estudantes e desempregados.

Educação

A candidata quer criar creches que funcionem em período integral e pretende aumentar o piso salarial dos professores.

Saúde

Joaninha de Oliveira propõe investimento em saúde preventiva, clínicas com atendimento 24 horas e contratações de médicos especializados. A candidata do PSTU também promete brigar pela não privatização do Hospital Universitário (HU).

Saneamento básico

Segundo a candidata, a proposta do PSTU é investir em saneamento básico, já que atualmente menos de 50% do município têm esgoto tratado. ClicRBS


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Ingleses bloqueiam US$ 46 milhões do Opportunity porque querem Dantas fora da fusão da Oi com a BrT

CPI CORREIOS E MENSALAO/DANIEL DANTAS

Jorge Serrão

Os concorrentes ingleses de Daniel Valente Dantas e seus parceiros brasileiros resolveram atacá-lo para que saia fora da fusão da Oi com a Brasil Telecom. O mais recente recado foi um bloqueio de aproximadamente US$ 46 milhões do Opportunity pela Justiça Britânica. Apenas por coincidência, o chefão Lula se reuniu anteontem com os membros ingleses da Oligarquia Financeira Transnacional, em Nova York.

Agora, a Polícia Federal investiga o suposto envolvimento do Opportunity, de Dantas, na simulação de investimentos estrangeiros no Brasil. A polícia política de Lula suspeita que, a partir do esquema, brasileiros faziam remessas ilegais para o exterior e depois reaplicavam o dinheiro no país como se fossem estrangeiros. Com a manobra, o dinheiro remetido a outros países sem o pagamento de imposto retornava ao Brasil com vantagens concedidas ao capital estrangeiro.

O bloqueio dos milhões do Opportunity foi solicitado pelo Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional de Justiça, a partir de requerimento do Ministério Público Federal, que investiga o caso com a Polícia Federal, em cooperação Jurídica Internacional. O advogado Nélio Machado, que defende Dantas, informou ontem que desconhecia a informação divulgada pelo governo.

A guerra contra Dantas recomeça. Resta saber se ele vai ou não dar o troco – e com qual intensidade. A fusão Oi-BrT interessa diretamente ao Palácio do Planalto. O negócio promete ferver nas próximas horas, com o surgimento de dossiês incriminadores para todos os lados... Alerta Total


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Alunos experimentam ostras em merenda em SC

Escolas municipais de Florianópolis começaram a testar, na quarta-feira, a proposta de oferecer ostras na merenda. O molusco, no entanto, só poderá fazer parte do cardápio das escolas se 85% dos alunos aprovarem, de acordo com determinação prevista em uma lei.

O teste alimentar é uma experiência inédita no Brasil e começou com os alunos da escola Luiz Cândido. Na quinta-feira e nesta sexta-feira, escolas dos bairros Itacorubi, Coqueiros, Canto da Lagoa e Ribeirão da Ilha experimentam a novidade. Mais de 800 alunos participam dos testes.

De acordo com o secretário municipal de Educação, Joaquim Pinto da Luz, há cerca de 20 anos, as ostras eram uma raridade em Florianópolis. Nas últimas décadas, no entanto, pesquisas realizadas pela Universidade Federal de Santa Catarina e o incremento do cultivo de ostras de cativeiro transformaram a cidade no maior pólo produtor do molusco do país.

Combate à obesidade infantil

A experiência nas escolas é resultado de uma parceria entre o Instituto de Geração de Oportunidades de Florianópolis e a Secretaria Municipal de Educação. Segundo o presidente do instituto, Edson Lemos, a iniciativa ajudará os maricultores locais a escoar a produção. ‘’Essa proposta abre um novo mercado para os produtores locais e vai ajudar no combate à obesidade infantil, já que a ostra é um alimento de baixa caloria’’, afirma.

Se a aceitação for boa por parte dos estudantes, a ostra deverá entrar na alimentação escolar já no próximo ano. A intenção é adquirir dos produtores locais cerca de 700 quilos do molusco por mês (sem casca), o que representará na cadeia produtiva a comercialização de quase sete toneladas de ostras por ano. Portal G1


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O atraso e o perigo do socialismo – O que está em jogo no referendo do Equador

Referendo_no_equador Os equatorianos vão às urnas neste domingo para decidir em um referendo popular se aprovam ou não a nova Constituição do país, que foi debatida durante oito meses por uma Assembléia Constituinte.
Uma nova Constituição para "refundar o país" foi uma das principais promessas de campanha do presidente do Equador, Rafael Correa, que pretende, com a aprovação no referendo, sentar as bases de seu projeto "socialista", que segue o modelo dos vizinhos Venezuela e Bolívia.

"Não estamos elegendo presidente nem prefeito, estamos elegendo o futuro do país, a mudança no sistema político", afirmou o presidente às vésperas do pleito.

Em meio a uma dura campanha marcada por polêmicas entre setores da base aliada do governo, a Cúpula da Igreja Católica e os partidos conservadores, pesquisas de opinião apontam que o "sim" à nova Constituição deve obter mais de 50% dos votos.

A oposição, que defende o "não", afirma que o novo texto constitucional "concentra poderes" nas mãos do presidente e viola "os valores morais" dos equatorianos.

Abaixo os principais pontos de mudança na Constituição que será submetida às urnas:

Economia

A Constituição prevê a substituição da "economia de mercado" pela "economia social". O Estado se reservará o direito de administrar, controlar e cuidar da gestão de setores considerados estratégicos, como o petróleo, mineração, telecomunicações, água e agricultura. O Banco Central também deixará de ser autônomo e a política monetária passará a ser regulada pelo Executivo. Para o governo de Rafael Correa, o fortalecimento do Estado é o ponto de partida para "colocar fim às estruturas neoliberais". Na opinião da base governista, os governos anteriores eliminaram a participação do Estado nos processos de desenvolvimento do país, o que teria aprofundado o empobrecimento da nação.

A oposição, representada pelos partidos conservadores, afirma que o governo pretende repetir "um modelo falido" adotado em outros países, no qual o Estado assume o controle de todos os setores. Os opositores afirmam que, se aprovada a Constituição, a participação do setor privado na economia será subtraída e, com ela, os investimentos estrangeiros no país.

Propriedade

Além da propriedade pública e privada, o Estado "reconhece" e "garante" o direito à propriedade comunitária, estatal, associativa, cooperativa e mista. Todas estarão sujeitas "ao cumprimento de sua função social e ambiental". O texto constitucional outorgaria ao Estado o direito de expropriar terras não produtivas para a reforma agrária e os latifúndios passariam a ser proibidos. Essa é uma das reivindicações dos movimentos camponeses e indígenas, uma das bases críticas, porém aliadas a Correa. A medida é criticada por grandes proprietários que se sentem ameaçados de perder suas propriedades.

Reeleição e revogatório presidencial

O novo texto constitucional inclui o referendo revogatório para a Presidência e demais cargos de eleição pública depois do cumprimento de um ano de mandato. A reeleição presidencial imediata também seria permitida depois de um período presidencial de quatro anos. Se a Constituição for aprovada, serão convocadas novas eleições antecipadas, inclusive para a Presidência da República. Neste caso, Rafael Correa, que conta com um elevado índice de popularidade, principalmente entre os mais pobres - que representam 60% da população - não teria dificuldades em ser eleito novamente. Ao finalizar este eventual novo mandato, sob as regras da nova Constituição, o presidente equatoriano poderia candidatar-se à reeleição, o que lhe permitiria continuar na presidência até 2017.

Direitos homossexuais e reprodutivos

Um dos artigos mais polêmicos é o que outorga o direito à mulher de decidir quantos filhos pretende ter. A proposta foi o pivô de uma dura campanha da cúpula da Igreja Católica e dos partidos conservadores contra a nova Constituição. Apesar de não despenalizar o aborto, na avaliação dos opositores, o texto deixa aberto o precedente para a interrupção da gravidez. Outra proposta duramente criticada pela oposição é a que autorizaria a união civil homossexual e a colocaria em situação de igualdade de direitos com o matrimônio convencional. "É uma Constituição que promove o aborto e a união homossexual, é contra a lei de Deus. O Equador não está preparado para uma sociedade assim", afirmou à BBC Brasil o ex-presidente Lúcio Gutierrez, um dos principais opositores de Correa e defensores do "não" no referendo.

Bases militares

A proposta constitucional não permite o estabelecimento de bases militares estrangeiras ou a presença de instalações ou tropas militares estrangeiras no país. Se aprovada, a Constituição fornece as bases legais para sustentar a decisão de Correa de não renovar o contrato de concessão do território onde está instalada a base militar dos EUA no Estado de Manta, cujo convênio vence em 2010.

Descriminalização do uso de drogas

O uso de drogas passaria a ser tratado como problema de "saúde pública" e não mais como crime. A punição de consumidores de drogas seria proibida. A oposição afirma que este artigo tende a "proteger a criminalidade".

Depois do referendo

Se a Constituição for aprovada, o país entrará em um regime de transição e a Assembléia Constituinte nomeará uma Comissão Legislativa e de Fiscalização para regular as atividades do Estado no período que precede as eleições gerais a todos os cargos públicos. Rafael Correa, que conta com uma popularidade que atinge cerca de 70%, aposta na crise de credibilidade que enfrentam os partidos tradicionais do Equador para conseguir renovar o Congresso e conseguir estabelecer uma maioria parlamentar que possa afiançar seu projeto político. Caso o "não" saia vitorioso, o Parlamento, atualmente em recesso, voltará a legislar e prevalecerá a Constituição elaborada em 1998. BBC Brasil


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Chávez visita a Rússia e transmite saudações de irmãos Castro a Medvedev

O presidente da Venezuela Hugo Chávez iniciou a sua visita à Rússia. Hoje teve um encontro com o primeiro-ministro russo Vladimir Putin. Após a reunião Putin declarou que as relações da Rússia com a América Latina serão a maior prioridade de Moscou. Não é estranho, tendo em conta que em relação às  atividades da Rússia em conflito militar com Geórgia, só os países latino-americanos (Cuba, Nicarágua e Venezuela) a apoiaram com toda firmeza.

Putin propôs a Chávez a cooperação na área de energia nuclear. "Estamos todos prontos para considerar a possibilidade de operar na esfera da energia atômica pacífica", disse Putin .

Putin anunciou um empréstimo de US$ 1 bilhão à Venezuela para que o país latino compre as armas russas e comunicou que a Gazprom - companhia de gás russa - está pronta para começar a explorar hidrocarbonetos na costa venezuelana no final de outubro. "Estou muito contente de informar que está planejado o lançamento da primeira torre de perfuração da Gazprom para o fim de outubro", declarou.

A aliança militar entre a Rússia e TU-160Venezuela se fortalece. A Venezuela  já comprou caças de combate, tanques e rifles gastando cerca de 4,2 bilhões de dólares. Há pouco os bombardeiros russos Tu-160 regressaram do país latino, da base militar da qual realizaram os vôos de patrulhamento.

"Eu não posso deixar de agradecer você pela cordialidade na recepção da equipe de nossos aviões bombardeiros estratégicos que passaram vários dias na Venezuela", disse Putin a Chávez.

Chávez, por sua vez, disse considerar que a manutenção de relações mais próximas entre Caracas e Moscou ajudará a fortalecer um mundo multipolar.

É obvio , que o governo russo, enfim, chegou à conclusão que a melhor maneira fazer parar os norte-americanos na sua atividade anti-russa perto das fronteiras russas é dirigir atenção dos EUA às regiões da sua influência tradicional na América Latina.

Nesta sexta-feira Hugo Chávez terá um encontro com o presidente russo Dmitri Medvedev na cidade de Orenburgo, nos Urais. Segundo a informação oficial, serão discutidas as questões da cooperação econômica, principalmente, de setores energético e mineiro.

Segundo um porta-voz do Kremlin em projetos desenvolvidos na Venezuela além da Gazprom, participarão Lukoil, TNK-BP, (ambas petrolíferas) Alumínios de Rússia, Vnigaz (de gás), RusKaolin, Rasnoimport (os metais não ferrosos). E em perspectiva se prevê a execução de projetos conjuntos relacionados com infra-estrutura rodoviária e transporte aéreo. O porta-voz disse que a postura da Rússia e Venezuela em muitos aspetos é próxima ou coincide. Hugo Chávez transmitiu saudações a Medvedev dos dirigentes de Cuba, Pedro_o_grandeFidel Castro e Raul Castro.

O cruzador nuclear "Pedro, o Grande" o principal navio da Frota do Norte, o navio anti-submarino "Almirante Chabanenko", o reborcador "Nikolai Chikin" e o navio cisterna "Ivan Búbnov seguem nos próximos dias para Venezuela para participar de manobras militares conjuntas. Pravda.Ru


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César Valente: Juíza anula provas da Influenza

A decisão da juíza Ana Cristina Krämer ontem, mandando anular as provas da operação Influenza abriu a torneira da água fria que está enchendo o balde. Se o Tribunal Regional Federal da 4ª Região confirmar a sentença (no que trata da anulação das escutas), aí então o balde de água fria será despejado na cabeça de todos aqueles que acreditaram na história de indiciar, processar e prender gente influente e poderosa.

O próprio nome da operação (Influeza), sugere que exista, em alguns círculos, um jogo bem azeitado de favores e influências. Suspeitos de alto coturno têm sempre muita sorte. Acabam sempre sendo beneficiados por uma tramitação mal avaliada, por uma prova mal coletada ou mal armazenada, por uma repentina criminalização das escutas telefônicas (com efeitos retroativos!), por inúmeros tipos de perhaps que bons advogados sabem sempre como achar no almofadado (para alguns), caminho processual.

Ao mesmo tempo em que o cidadão – preocupado com o sentimento de impunidade que o balde e sua água fria espalhará – enche-se de indignação, também se preocupa, se for um sujeito honesto e decente, com as injustiças que podem ter sido cometidas. Ninguém quer condenações feitas ao arrepio da Lei, com provas frágeis e defesa capenga. Como eu gostaria que o processo fosse conduzido se o réu fosse eu? Com calma, sem prejulgamentos. E provas incontestáveis.

Portanto, o problema às vezes não é o juiz ou juiza que anula a prova, mas quem deixou rabo, que permitiu o questionamento da prova. Mas anulação de prova é sempre um problema. Ainda mais quando são escutas com o conteúdo das escutas realizadas pela Polícia Federal com a autorização judicial agora contestada.

E tem gente comemorando, como se o balde já tivesse sido despejado. Ou como se tivessem a certeza prévia sobre qual será a decisão final. A água fria, em todo caso, não os atingirá, mesmo que o balde venha a ser elevado sobre nossas cabeças.

Como parece praxe no País, ninguém está preocupado em mostrar que não é malfeitor. Estão, antes e acima de tudo, preocupados em derrubar o processo. Ou protelá-lo indefinidamente. Se conseguirem anular as provas que podem condená-los, melhor. Isto agora, ao que parece, está se tornando possível e comum.

Ah, e comemoram também porque sabem que logo-logo a Constituição será mudada para suprimir aquele incômodo artigo que assegura liberdade de expressão. Não basta ter uma imprensa a favor. É preciso ter instrumentos para calar “constitucionalmente” os que insistem em suspeitar das fortunas que crescem como cogumelos no esterco. Ferramentas para fechar a boca daqueles que ousam achar que gente bem situada na vida, quando comete ilícitos, deveria pagar como pagam os pé-rapados que são pegos batendo carteiras. De Olho na Capital


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Opinião no Estadão: Um bravateiro incorrigível

João Mellão Neto

Para quem assistiu à sua lastimável pregação na sua primeira campanha presidencial, em 1989, verdade seja dita, Lula não tem sido um mandatário tão inconseqüente e irresponsável como se esperava. Os brasileiros escaldados da época o imaginavam como um Hugo Chávez ou um Evo Morales, portando com orgulho as suas bandeiras antiempresariais, anticapitalistas e, de modo geral, populistas e terceiro-mundistas. Graças a Deus, não foi o que aconteceu. Nossa cartilha econômica tem corte profundamente liberal, o que, fosse outro o país, não acarretaria em mérito algum, uma vez que todos obedecem a esses ditames.

Lula está colhendo sucessos no campo econômico justamente por causa disso. Estivesse dando ouvidos a algum economista aloprado do PT e a realidade seria bem outra. Uma noite destas assisti, curioso, na TV à preleção de um desses espécimes, pregando que a grande solução para o Brasil seria o calote puro e simples de nossa dívida externa.

Estaria tudo bem se nós ainda tivéssemos uma dívida externa ou, porventura, esta ainda arruinasse as contas nacionais. Mas não é o caso. Já há três anos o País mantém uma reserva em dólares (à vista) muito maior do que o montante da nossa dívida, que podemos liquidar integralmente com um único cheque. Só não o fazemos porque é muito mais vantajoso mantê-la como está, uma vez que a remuneramos com juros baixíssimos. O empertigado economista, no mínimo, não deve ler jornais...

Mas, se há perdão para Lula por não ser tão populista como se esperava que fosse, não há indulgência pelo fato de ele ser muito mais demagogo do que deveria ser. O nosso presidente, infelizmente, é chegado em factóides e nisso, para nosso desalento, é reforçado por uma imprensa que, fato inédito, beira a unanimidade a seu favor. Lula gosta de bravatear. E isso é fato inconteste. Trata-se de uma característica que, por diversas razões, não fica bem num presidente da República. A palavra de um chefe de Estado tem um peso infinitamente maior que a de um cidadão comum. Um simples comentário presidencial tem o poder de tumultuar as bolsas de valores, quebrar instituições de crédito, levar à ebulição o mundo político e, entre outras coisas, promover a glória ou a desgraça de qualquer cidadão comum. Lula parece que não se dá conta disso ou, como é habito seu, finge nada perceber.

O episódio recente das supostas reservas de petróleo do pré-sal é emblemático. Em cerimônia oficial no Palácio do Planalto, o presidente solenemente anunciou a descoberta de gigantescas jazidas de petróleo, tão imensas que teriam o condão de transformar o Brasil de importador em exportador do ouro negro. O fato foi destaque no noticiário mundial e agitou todos os pregões. Já nos dias seguintes o nosso Lula partiu para a "inauguração" de tais poços. Para tanto uma imensa comitiva de autoridades e notáveis foi levada de helicóptero para a plataforma marítima vizinha ao local de onde jorraria o novo petróleo.

Lula cuidou pessoalmente de garantir as fotos de primeira página nos jornais do dia seguinte. Lambuzou suas mãos de petróleo e assim posou para a imprensa. Sucesso total. Pena que somente na categoria marketing.

Os dias foram passando e a opinião pública foi tendo acesso a esclarecimentos cada vez maiores sobre o tal do "milagre do petróleo abundante". A jazida é mesmo gigantesca - nisso o governo não iludiu ninguém. Só se esqueceu de dizer que está debaixo de uma camada de quilômetros de sal e que tão cedo não haverá tecnologia eficiente que possibilite perfurar o sal e, assim, extrair o famigerado combustível. Quem sabe daqui a uns dez anos...

Na prática, foi como se nosso precioso petróleo tivesse sido descoberto em Marte, ou quiçá em algum planeta distante do Sistema Solar. O presidente sabia previamente de tudo isso? Há evidências de sobra que sim, ele sabia. Mas em nenhum momento lhe passou pela cabeça cancelar o espetáculo. Esse é Lula e essa é a maneira como ele age.

Outro episódio emblemático do governo Lula diz respeito à viagem do primeiro brasileiro ao espaço. Eu me interesso pelo assunto. Leio tudo o que sai a respeito. Foi por essa razão que estranhei o alardeado convite dos russos para que enviássemos um astronauta brasileiro para colaborar numa expedição sideral. Sem querer desmerecer o Brasil, desde quando nós temos por aqui mão-de-obra preparada e especializada para o País se sair minimamente bem de tão complexa tarefa. Estranhei mais ainda quando, acompanhando a viagem, notei que o brasileiro, na missão, não tinha absolutamente nenhuma atribuição - a não ser agitar freneticamente a Bandeira do Brasil.

Lembrei-me de que, meses antes, os russos haviam levado para o espaço um milionário americano - sem o mínimo conhecimento de tecnologia espacial - tão-somente porque ele se dispusera a pagar US$ 20 milhões pela aventura.

Seria apenas uma coincidência? Infelizmente, não. Duas semanas após o patriótico vôo do brasileiro, o nosso governo divulgou uma nota oficial em que declarava a intenção do governo Lula de contribuir para as pesquisas espaciais russas com a quantia de US$ 10 milhões. A passagem saiu pela metade do preço pago pelo americano. Razões diplomáticas talvez expliquem o desconto. Para Lula foi um excelente negócio: além de dialogar ao vivo com o nosso astronauta por pelo menos 15 minutos, no horário nobre da Globo, ainda teve a satisfação de ver seu prestígio, em pesquisa do Ibope uma semana depois, subir nada menos que dez pontos - de gente que atribuía totalmente a ele a nossa ida ao espaço. Vá alguém criticá-lo num momento desses, de sincera comoção popular... Por muito menos, no passado, muitos foram levados a Sanson, o operador oficial da guilhotina francesa.

Então, ficamos assim: Lula, por hábito, continua mentindo e nós, por prudência, continuamos acreditando.

João Mellão Neto, jornalista, deputado estadual, foi deputado federal, secretário e ministro de Estado


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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Chávez acusa FBI e CIA de fazer "invenções" sobre "caso da mala"

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse hoje que os órgãos de inteligência dos Estados Unidos fizeram uma "invenção" em torno da apreensão da mala com US$ 800 mil, que estava em poder do empresário Guido Antonini Wilson, em Buenos Aires para "prejudicar" as relações entre o seu país e a Argentina.

"Condenam-me por uma mala inventada pelo o FBI (Polícia federal americana) e a CIA (agência de inteligência americana) para tentar prejudicar as relações do Governo da Argentina com o venezuelano", declarou Chávez em Moscou, em entrevista por telefone para rede estatal "Venezolana de Televisión".

Chávez faz visita de trabalho a Rússia, terceira etapa de sua viagem de uma semana, que começou no domingo em Cuba, passou pela China, e ainda irá a França e Portugal.

A Justiça americana acusa quatro venezuelanos e um uruguaio de atuar como agentes do Governo de Chávez em uma operação para esconder a origem dos US$ 800 mil apreendidos na Argentina, em agosto de 2007.

Antonini Wilson se transformou na principal estrela do julgamento que ocorre em Miami. Segundo gravações de conversas dos acusados apresentadas como provas, o dinheiro seria destinado a campanha da presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner.

O empresário, testemunha protegida pelo FBI, disse no julgamento que, além dos US$ 800 mil apreendidos, havia outros US$ 4,2 milhões no avião que ele usou para chegar a Buenos Aires acompanhado de altos funcionários de empresas petrolíferas de Venezuela e Argentina. Agência EFE


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Bush, McCain e Obama se reúnem na Casa Branca; debate é incerto

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Os candidatos à Casa Branca, democrata Barack Obama e o republicano John McCain, continuam reunidos com o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, na Casa Branca, no final da tarde desta quinta-feira. "O nosso objetivo é unir os três maiores líderes políticos do país para debater a urgência de fazer algo que leve ao fim da crise, afirmou a assessora de imprensa Dana Perino.

O encontro acontece horas depois de congressistas de ambos os partidos terem anunciado um acordo a respeito do plano de resgate econômico de US$ 700 bilhões proposto por Bush.

O jornal americano "New York Times" ressalta que McCain ainda não confirmou presença no primeiro debate entre os presidenciáveis na TV, que está marcado para amanhã (26). "'Nós temos que ver', disse o conselheiro mais próximo de McCain, Mark Saltar, aos repórteres, ao deixar o gabinete de McCain no Senado", descreve o jornal.

"Com tantas coisas em jogo para a América e para o mundo, o debate que mais importa é o que está ocorrendo no Capitólio dos EUA. E eu espero participar", disse McCain pela manhã. Ontem (24), o candidato republicano suspendeu toda a agenda de campanha para estar em Washington nesta quinta-feira e pediu o adiamento do debate.

Pouco depois, o rival democrata fez um pronunciamento concordando com a necessidade de estar em Washington, mas insistindo na realização do debate.

Um dos mais experientes conselheiros de Obama, Robert Gibbs, disse acreditar que McCain irá ao debate. "Eu acho que ele [McCain] vai ver que um presidente é capaz de fazer mais de uma coisa por vez", disse Gibbs ao "NY Times". Gibbs afirmou ainda que os organizadores do debate, a Comissão de Debates Presidenciais, não informou o que poderá acontecer caso McCain desista mesmo do debate.

Pela manhã, o governador do Mississippi, Haley Barbour, que é republicano, afirmou esperar que o debate aconteça na Universidade do Mississippi, conforme o planejado. "Eu espero que haja um debate amanhã à noite e eu estou ansioso para ele."

Imagem

Nesta quinta-feira, apenas seis semanas antes da eleição do próximo dia 4 de novembro, uma pesquisa do instituto Pew Research mostra que as campanhas de Obama e de McCain não conseguiram transformar o que os eleitores viam de pior neles. Obama mantém imagem de inexperiente e McCain, de velho.

Quanto aos candidatos a vice, o democrata Joe Biden foi descrito pela maioria dos eleitores como experiente enquanto a republicana Sarah Palin recebeu o oposto - inexperiente. Folha Online


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Florianópolis - Dário quer duplicar a Via Expressa até a BR-101

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O prefeito de Florianópolis e candidato do PMDB à reeleição, Dário Berger, pretende duplicar a Via Expressa Sul até a BR-101 e construir um elevado ao lado do terminal rodoviário Rita Maria para desafogar o trânsito na Capital.

A declaração foi dada durante a série de entrevistas online do diario.com.br nesta quinta-feira. O candidato respondeu a perguntas de 89 internautas que participaram do chat durante 45 minutos. Mais de 170 dúvidas não foram respondidas por falta de tempo.

A ordem das entrevistas foi definida por sorteio. Depois de Dário Berger, a próxima candidata a ser sabatinada pelos internautas será Joaninha de Oliveira (PSTU), a partir das 11h desta sexta-feira. As entrevistas são retomadas na segunda-feira com Esperidião Amin (PP), e encerradas na terça, 30, com Afrânio Boppré (PSOL).

Confira os principais pontos discutidos durante a entrevista:

Trânsito

Para solucionar os pontos mais críticos de congestionamentos em Florianópolis, Dário Berger pretende duplicar a Via Expressa até a BR-101 e construir um elevado próximo ao terminal rodoviário Rita Maria. Para o Sul da Ilha, a proposta é criar uma terceira pista na SC-405 e construir um elevado no Trevo da Seta.

Educação

O candidato do PMDB prevê investimento de 30% do orçamento de Florianópolis para a educação e pretende implementar o provão supletivo no município.

Obras na Hercílio Luz

Dário Berger afirma que, se for reeleito, as obras no canal da Hercílio Luz serão concluídas. O candidato também tem um projeto de revitalização do todo o centro histórico do município, incluindo a praça XV de Novembro. ClicRBS


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Crise americana - O Dia D

Está marcada para esta tarde em Nova Iorque uma passeata de protesto contra o pacote de US$ 700 bilhões embrulhado pelo governo para tentar salvar a economia norte-americana da quebradeira. O pacote depende ainda da aprovação do Congresso e enfrenta ali dura resistência.

A marcha sobre Wall Street, região da cidade que abriga sede de bancos e de corretoras, foi convocada por grupos de direita e de esquerda para "apontar esses ladrões enquanto eles saírem do trabalho". Líderes dos partidos Republicano e Democrata se reunirão daqui a pouco para discutir o pacote.

Bush convidou os candidatos à sua sucessão Barack Obama e MacCain para uma conversa na Casa Branca. Segundo a mais recente pesquisa de opinião encomendada pelo jornal Wall Street Journal e a rede de tevê NBC, 33% dos eleitores rejeitam o pacote, 31% o aprovam e 28% não têm opinião.

Por que socorrer com o dinheiro do contribuinte donos de bancos e corretoras que faliram ou que estão para falir? - se pergunta parte da opinião pública dos Estados Unidos. Bush respondeu à pergunta em discurso feito ontem à noite na Casa Branca.

Admitiu que "a situação do país é grave, o mercado não está funcionando propriamente e vários importantes setores da economia do país estão próximos do colapso". Se o Congresso rejeitar o pacote, o país poderá mergulhar numa ''longa e dolorosa recessão''.

-  O mercado não está funcionando de maneira própria. Existe uma grande perda de confiança e muitos setores correm o risco de fechar. Os EUA poderiam entrar em um pânico financeiro, o que levaria a uma situação agonizante. Muitas empresas poderiam fechar e muitos americanos perderiam o emprego. Cidadãos, não podemos deixar que isso aconteça - suplicou Bush.

A crise americana tem em sua origem a oferta excessiva de crédito imobiliário no país. Bush reconheceu que os bancos emprestaram dinheiro sem checar a real situação financeira de seus clientes. E que esses aproveitaram a valorização de seus imóveis para refinanciá-los mais tarde caso fosse necessário.

No que o mercado imobiliário parou de crescer, sobraram casas e faltaram compradores. Com isso, explicou Bush, o valor das propriedades foi reduzido e parte dos mutuários se viu sem condições de pagar os empréstimos que tinham tomado.

- Não temos outra opção a não ser intervir [no mercado] - justificou Bush para deleite universal dos que sempre recusaram a idéia de que os governos não devem se meter com a economia, deixando o mercado resolver sozinho seus próprios problemas.

No passado, quando os governos brasileiros desembrulhavam pacotes econômicos pressionados pela disparada da inflação ou por crises financeiras desatadas lá fora, os presidentes chantageavam o Congresso acenando com o fim do mundo. Era dá ou desce. Ou aprova os pacotes ou o mundo desaba.

Pois Bush fez o mesmo. Se o pacote do governo dele não for apovado,  "mais bancos podem quebrar, bolsas irão cair ainda mais, faltará crédito para consumidores e muitos americanos poderão perder seus empregos". Que mais?

- O país pode cair em uma grande recessão. O custo para os americanos será muito maior.

O pior é que Bush não exagera. A crise, de fato, é grave, gravíssima. E o mundo espera que os Estados Unidos dêem um jeito na situação o mais rápido possível para evitar um desastre planetário.

Na economia globalizada, é assim. Se uma economia importante se desarranja, todo mundo paga a conta. Blog do Noblat


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Oposição boliviana só fecha acordo se governo revisar nova Constituição

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A oposição boliviana condicionou um acordo com o governo a mudanças na nova Constituição, aprovada ano passado sem a presença dos oposicionistas, de acordo com Informações da BBC Brasil. O senador do principal partido de oposição na Bolívia, o Podemos, Wálter Guiteras, afirmou que o governo quer discutir apenas o capítulo das autonomias e a oposição quer rever outros nove pontos que consideram “essenciais”. “Não é suficiente, como o governo pretende, discutir apenas o capítulo das autonomias”, disse Guiteras.

Essa nova exigência da oposição surgiu hoje (25) logo depois do reinício das negociações entre oposição e governo, suspensas na segunda-feira (22), quando o presidente boliviano Evo Morales foi a Nova York, Estados Unidos, para participar da reunião da Assembléia Geral das Nações Unidas e também de uma reunião da União das Nações da América do Sul (Unasul).

Entre os pontos que a oposição quer estão as autonomias indígenas, a revisão dos capítulos referentes ao tamanho da terra – que seria ficaria entre 5 e 10 mil hectares –, e a reeleição presidencial.

A nova constituição ainda precisa ser aprovada no Senado boliviano, onde a maioria dos parlamentares é de partidos da oposição. "Não podemos aprovar um pacote constitucional sem discutir seu conteúdo", afirmou o porta-voz dos governadores da oposição, Mario Cossío.

Só depois de a proposta aprovada no Senado é que o referendo poderá ser feito. Só, então, a população vai analisar o novo texto constitucional. Evo Morales declarou esta semana que o Congresso boliviano tem até o dia 15 de outubro para aprovar a nova Constituição e para convocar o referendo. Agência Brasil


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Opinião do Estadão: O aperto de crédito chegou

O arrocho financeiro chegou ao Brasil, comprovando que o País, embora mais preparado para choques, não se tornou imune à crise internacional. Já estão mais caros até os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o mais importante financiador de projetos de investimento. A captação ficou mais difícil, mas a procura de recursos continua elevada. Esta é a boa notícia: grande número de empresas mantém a disposição de investir para modernizar o equipamento e aumentar a capacidade produtiva. Para atender ao maior número possível, a solução é cobrar mais pelo crédito. Parte dos financiamentos tem sido negociada a um custo superior à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), fixada em 6,25% ao ano desde julho do ano passado.

Empresas brasileiras começaram a sofrer os efeitos do aperto financeiro internacional há alguns meses. Com o agravamento da crise nos Estados Unidos e noutros países do mundo rico, o acesso ao crédito externo ficou mais difícil. Durante anos, os bancos estrangeiros emprestaram dinheiro fartamente a bons e a maus tomadores, em todo o mundo, e deixaram-se envolver na bolha hipotecária. Meses depois do estouro, quando a extensão do desastre ficou mais clara, inverteram a tendência e o crédito global encolheu.

Poderá encolher ainda mais durante a fase de recuperação e de reorganização das instituições financeiras nos principais mercados.
O BNDES deverá cumprir neste ano o desembolso previsto de R$ 85 bilhões, segundo seu presidente, Luciano Coutinho. O banco, acrescentou, já tem recursos para trabalhar "com tranqüilidade" durante o primeiro semestre de 2009. O presidente do Banco do Brasil, Antônio Lima Neto, disse não haver nem luz vermelha nem luz amarela para o financiamento, mas admitiu que as linhas de financiamento externo estão mais escassas e mais caras. Se nenhuma luz se acendeu, pode ser por falta de eletricidade.

O otimismo não muda os fatos. As condições do mercado internacional mudaram e ninguém sabe quanto tempo a crise vai durar. A retórica não anula, também, as novas condições de operação adotadas pelo BNDES. Reportagem publicada no Estado de ontem cita o caso de uma empresa que recebeu proposta de financiamento de 70% de seu projeto, sendo 40% pela TJLP e 30% pelo IPCA, mais juros de 3,5%, além do spread relativo ao risco.

Essa e outras negociações semelhantes foram confirmadas pelo superintendente do BNDES, Cláudio Bernardo Guimarães de Moraes. Segundo ele, a idéia é cobrar apenas a TJLP, ou pouco mais que isso, apenas para projetos de inovação e de bens de capital. Outras fórmulas devem ser escolhidas para os financiamentos a outros investimentos, incluídos os projetos de infra-estrutura.

O presidente do BNDES procurou transmitir tranqüilidade aos empresários participantes, na terça-feira, do Fórum Nacional da Indústria, promovido em São Paulo pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De fato, não há motivo para pânico, pelo menos por enquanto, mas os empresários conhecem a situação do mercado financeiro e a dificuldade de obtenção de empréstimos.

"As operações de crédito estão extremamente seletivas", disse o presidente da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e das Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy. Apesar disso, e das perspectivas de menor crescimento, ressalvou, quem tem projetos de longo prazo dificilmente os abandonará.

O presidente da CNI, deputado Armando Monteiro Neto, confirmou as dificuldades de financiamento e especialmente de renovação de linhas de crédito externas. Nesse quadro, declarou, a atuação do BNDES deverá ser especialmente importante para a sustentação do investimento. Ele pode estar certo, mas falta saber de onde virá o dinheiro necessário e qual será seu custo.

Recursos fiscais poderiam ser uma solução de curto prazo para reforçar o caixa do BNDES, mas o governo deveria evitar esse caminho. O Orçamento federal já está sobrecarregado de gastos de custeio. A sobrecarga aumentará nos próximos anos, com o recém-aprovado aumento de salários para o funcionalismo. É hora de abandonar a retórica otimista e de pensar com seriedade sobre a melhor combinação de políticas para atravessar a crise com o mínimo de danos e de seqüelas.


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Narciso que se cuide - Lula aconselha Obama e McCain a fazer como ele em 2002

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NOVA YORK - Antes de embarcar de volta ao Brasil na noite desta quarta-feira, após três dias de extensa agenda em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a necessidade de regulação dos mercados e recomendou aos dois candidatos ao governo norte-americano que repitam o seu gesto quando estava disputando eleições e escrevam uma carta para tranqüilizar a população.

"Eu sei que não é fácil que estamos em um processo eleitoral, e o ideal era que os dois candidatos pudessem assinar uma carta ao povo americano, como eu assinei uma carta ao povo brasileiro, assumindo compromissos, para passar tranqüilidade para o povo americano e para o mundo como um todo, na medida em que os Estados Unidos são a maior economia e qualquer crise pode afetar todos os outros países", disse Lula. Segundo ele, "o período do neoliberalismo está encerrado".

Em Nova York, Lula se reuniu com lideres de seis países e da União Européia. O presidente afirmou que novas reuniões deverão ser realizadas com outros líderes para tentar encontrar mecanismos pára resolver a crise. Segundo Lula, foi montado um calendário de reuniões de ministros da Fazenda. Daqui a 15 dias, seria realizado ainda um novo encontro com o FMI. O presidente disse que é preciso haver mais transparência nos mercados financeiro internacional e na forma como os bancos trabalham. Exigiu ainda que o FMI fiscalize as instituições financeiras do primeiro mundo, como fizeram com os países em desenvolvimento. Agência Estado


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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O que é glaucoma?

Glaucoma é uma doença que ocorre nos olhos. Ela acontece quando a pressão dentro do olho está aumentada. Esta pressão pode afetar o nervo óptico e causar cegueira. Há vários tipos de glaucoma, o mais comum é o glaucoma crônico simples.

Qual é a causa?

Dentro dos olhos existe um líquido transparente chamado "humor aquoso". Este líquido se forma, circula e sai do olho, e é muito importante para nutrir e manter as estruturas dos olhos normais. No entanto, quando ele tem dificuldades de sair do olho, a pressão intra‑ocular aumenta de forma progressiva e causa lesão do nervo óptico podendo levar à cegueira.

O que o paciente sente?

No início da doença, geralmente o paciente . não sente nada nos olhos e a visão é normal. Na maioria dos casos o glaucoma progride lentamente sem que o paciente se dê conta da perda gradual da visão lateral. Alguns raros pacientes

poderão ter sintomas oculares não bem definidos como dor nos olhos ou ao redor deles e alteração da visão, como halos coloridos.

Que pessoas têm maior tendência a apresentar a doença(grupo de risco)?

0 risco de ter glaucoma aumenta com a idade, sendo mais comum a ' os 40 anos. Além disso, pessoas com casos de gIaucoma na família têm risco maior de apresentar a doença. Portanto, os adultos com história familiar de glaucoma devem ser examinados periodicamente pelo oftalmologista. Ainda, se deve considerar que pessoas da raça negra têm maior predisposição (quatro vezes mais) de serem afetadas pela doença em relação as pessoas da raça branca.

Como agem os medicamentos?

A principal finalidade do uso de medicamentos é reduzir a pressão intra‑ocular, seja por diminuição da produção do humor aquoso, ou pelo aumento da saída desse líquido do olho. Desta forma haverá proteção do nervo óptico e, em consequencia a manutenção da visão do paciente.

Que pesquisas estão sendo feitas?

No mundo todo, inúmeras . as estão sendo feitas para esclarecer as causas do glaucorna, melhorar os meios diagnósticos e tornar o tratamento mais eficaz e mais fácil.

0 que podemos fazer para proteger a visão do glaucomatoso?

Vários estudos demonstram que a descoberta precoce da doença e o tratamento à tempo são as melhores maneiras de controlar a doença e manter a visão do paciente glaucomatoso. Vale a pena recomendar que se você ou alguém que você conheça está no grupo de risco para o glaucoma, deve consultar um oftalmologista periodicamente.

Como é descoberta a doença?

0 glaucoma pode ser detectado somente após um exame oftalmológico cuidadoso, em que o médico faz a medida da pressão intra‑ocular e o exame do fundo de olho, por meio de aparelhos apropriados.

Como o glaucoma e tratado?

0 tratamento se faz de três maneiras: por medicamentos, por laser ou cirurgia. Geralmente, o tratamento inicial e o mais freqüente, se faz através de medicamentos (colírios e comprimidos). Há vários tipos de colírio no mercado com diferentes mecanismos de ação. Infelizmente alguns apresentam efeitos colaterais locais ou gerais. Apenas o oftalmologista será capaz de indicar e orientar o uso mais adequado destes medicamentos, seja de modo isolado ou em associação.

Cuidados e recomendações no tratamento do glaucoma

1. Use os medicamentos de acordo com a orientação do seu médico oftalmologista.
2. Quando usar o medicamento não toque a ponta do frasco colírio nas pálpebras ou nos o os ara evitar conta minação o medicamento.
3. Para que o efeito do medicamento seja maior e fique restrito ao olho, comprima o canto dos olhos (próximo ao nariz) após pingar o colírio e ou mantenha os olhos fechados suavemente durante três minutos.
4. Procure adaptar o horário do medicamento prescrito pelo médico à sua rotina diária, pois assim não esquecerá da hora de usar o colírio.
5. Não pare de usar a medicação sem ordem do seu médico.
6. Comunique o seu médico, clínico ou cardiologista, se qualquer efeito colateral ocorrer durante o uso da medicação anti‑glaucomatosa.
7. Compareça periodicamente às consultas marcadas.
8. Recomende a todos os adultos de família portadora de glaucorna, inclusive primos e tios, que façam exames oftalmológicos periódicos, pois já sabemos que o glaucoma é uma doença hereditária.

Seguindo estas recomendações e obedecendo as orientações do seu médico‑oftalmologista, você continuará a ver o mundo muito melhor e por toda a vida!

Sociedade Brasileira de Glaucoma


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O ‘empata’ do STF - Pedido de vista suspende julgamento sobre propriedade de fazenda em terra indígena

O STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu nesta quarta-feira o julgamento de ação da Funai (Fundação Nacional do Índio) que pede a retirada de fazendeiros da terra indígena Caramuru-Paraguaçu, no sul da Bahia. O ministro Carlos Alberto Menezes Direito, do STF, pediu vista à matéria - o que automaticamente adia o julgamento.

Direito argumentou que, como também pediu vista ao julgamento da ação que questiona a demarcação contínua da reserva indígena Raposa/Serra do Sol (RR), não poderia dar prosseguimento a um caso similar.

A decisão sobre a reserva Caramuru-Paraguaçu, se ocorresse antes da Raposa/Serra do Sol, serviria de base para a decisão dos ministros sobre as terras indígenas de Roraima.

Com o adiamento, a expectativa é que o julgamento da Raposa/Serra do Sol ocorra no plenário do STF até o início de dezembro, antes de qualquer decisão sobre a reserva indígena do sul da Bahia.

Em seu voto, o ministro Eros Grau, que relata a ação da Funai, recomendou a anulação de títulos de propriedades de terras pertencentes a fazendeiros da reserva indígena Caramuru-Paraguaçu.

Grau sustenta que não existem títulos de propriedades de terras dentro da reserva anteriores a 1967 --quando a Constituição Federal considerou terras indígenas como domínio da União.

"Não há título dentro da reserva anterior a 1967, data da vigência da Constituição que não apenas considerou as terras como domínio da União, mas também para serem usufruídas pelos indígenas. Julgo a ação procedente para anular titularidade de propriedades dentro da reserva e cancelamento dos registros", afirmou Grau.

A exemplo do relator, o procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, saiu em defesa da ação da Funai. Souza afirmou que o Estado da Bahia concedeu irregularmente os títulos de propriedades de terras aos fazendeiros.

"O Estado da Bahia, ilegal e inconstitucionalmente, expediu centenas de títulos tendo-os por objeto em favor de particulares. A perícia topográfica encontrou marcos da demarcação das terras. A perícia histórico-antropológica revela que as áreas titulares incidem sobre as terras indígenas em questão", afirmou.

O advogado-geral da União, José Antônio Toffolli, defendeu que as terras fiquem em posse dos índios com o argumento de que perícias realizadas na região constataram que as terras são indígenas. "Inexiste título [de propriedade de terras] sobre qualquer tipo sobre área indígena, como está na Constituição. São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos. A questão é de inexistência desses títulos, são desconsideráveis", afirmou.

Na defesa dos fazendeiros, o advogado José Guilherme Villela acusou a Funai de ter levado índios pataxós a habitarem a região depois que os títulos de propriedades de terras haviam sido concedidos aos fazendeiros.

"Depois de 1982, a Funai arrebanhou índios do Espírito Santo, Minas Gerais, e levou para a região. O que a Funai fez confessadamente foi uma ação violenta, introduziu numa das fazendas dessa área umas centenas de índios. Dali, o que aconteceu foi uma expansão natural", afirmou. Folha Online


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Empresário confirma que dinheiro ilegal era para Cristina

O empresário venezuelano Guido Antonini Wilson complicou hoje a situação do governo da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, no escândalo que ficou conhecido como "caso da mala". Ele confirmou o envio clandestino, em agosto de 2007, de US$ 6 milhões de Caracas para Buenos Aires (e não mais US$ 5 milhões, como havia afirmado antes) e disse que o destino do dinheiro era a campanha de Cristina, eleita em outubro. À Justiça Federal norte-americana, em Miami, Antonini confirmou as conversas gravadas pelo FBI (a polícia federal dos Estados Unidos) entre ele e agentes do governo do presidente venezuelano, Hugo Chávez.

Segundo Antonini, o total de dinheiro estava dividido em uma maleta com US$ 790 mil, que ele carregava, e outra com US$ 4,2 milhões - o empresário, porém, não soube explicar a diferença de US$ 1 milhão. O envio seria um indício das conexões irregulares entre o governo Chávez e o casal Kirchner.

Antonini disse que as malas foram embarcadas em Caracas em um vôo fretado por funcionários do governo do então presidente argentino Néstor Kirchner. As malas foram colocadas no avião por Claudio Uberti, homem de confiança dos Kirchners, e Rafael Reiter, chefe de segurança da estatal venezuelana Petróleos de Venezuela SA (PdVSA).

O "caso da mala" veio à tona em agosto do ano passado, quando Antonini tentou desembarcar em Buenos Aires com os US$ 790 mil.

Acompanhado por executivos da PdVSA, o empresário chegou à cidade em um vôo fretado pela estatal energética argentina Enarsa. Um dos passageiros argentinos, Claudio Uberti, diretor do organismo de fiscalização de pedágios, teria pedido a Antonini que carregasse uma mala para ele. Ao passar pela Polícia Alfandegária, o venezuelano afirmou que havia livros na mala, que foi confiscada em seguida.

Mesmo após o escândalo, Antonini foi ao palácio presidencial para participar de um coquetel. Ele contou que ali foi apresentado ao ministro do Planejamento da Argentina, Julio De Vido, que nega conhecer o empresário. Após três dias na capital do país, Antonini partiu para Miami, onde foi convencido pelo FBI a colaborar. O órgão norte-americano gravou conversas do empresário com agentes venezuelanos, que tentavam convencê-lo a manter silêncio. Agência Estado


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Florianópolis - Nildão propõe Conselho da Cidade para a Capital

O candidato do PT à prefeitura de Florianópolis, Nildomar Freire, o Nildão, promete governar para as pessoas, com a instalação do Conselho da Cidade, se for eleito. A declaração foi dada durante a entrevista online do diario.com.br nesta quarta-feira.

O candidato respondeu perguntas de 48 internautas que participaram do chat durante 45 minutos. Mais de 90 dúvidas não foram respondidadas por falta de tempo. As questões sobre transporte foram as que mais apareceram durante a entrevista.

A ordem das entrevistas foi definida por sorteio. Depois de Nildão, o próximo candidato a ser sabatinado pelos internautas será o atual prefeito de Florianópolis, Dário Berger (PMDB), a partir das 11h desta quinta-feira.

As entrevistas seguem com Joaninha de Oliveira (PSTU), na sexta. A série é retomada na segunda-feira, 29, com Esperidião Amin (PP) e termina com Afrânio Boppré (PSOL), na terça-feira, 30.

Confira outros pontos da entrevista online com Nildão:

Transporte

A proposta do candidato Nildomar Freire para melhorar o transporte público em Florianópolis é a implementação do teleférico, integrado a outros meios de transporte, como os ônibus, as ciclovias e o transporte marítimo. O projeto do teleférico prevê a interligação da região continental, da central da Ilha, do entorno da UFSC e da bacia da Lagoa.

Trânsito

Para desafogar o trânsito, Nildão pretende instalar ar condicionado e calefação nos ônibus para dar mais conforto aos passageiros e transformar o o transporte coletivo em uma opção mais prática para os cidadãos.

Reciclagem

O candidato do PT aposta na reciclagem por meio do bolso do cidadão. Nildão pretende isentar o contribuinte que recicla lixo em casa da taxa de lixo, atualmente inclusa no carnê do IPTU.

Cultura

Nildomar Freire disse que vai investir, pelo menos, 2% do orçamento da Prefeitura para a cultura. O candidato acredita que o município perde muitos recursos do Sistema Nacional de Cultura por não ter um Conselho Municipal de Cultura. Segundo Nildão, a Capital tem apenas uma comissão.

Educação

O candidato acredita que as crianças e adolescentes devem passar mais tempo na escola. Nildomar Freire quer implantar projetos especiais para o contra-turno — o período oposto do que o jovem estuda. Ele também pretende qualificar professores. ClicRBS


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Ministro equatoriano afirma que embargo à Odebrecht significa expulsão do país

Derlis Palacios - ministro equatoriano de Setores Estratégicos O embargo dos bens da construtora brasileira Odebrecht significa a “expulsão” da empresa do Equador, afirmou o ministro equatoriano de Setores Estratégicos, Derlis Palacios, de acordo com informações da BBC Brasil. O governo do Equador determinou ontem (24), por meio de um decreto, o embargo dos bens da empresa e repassou ao Exército o controle das obras da construtora.

"Sim, é uma expulsão", afirmou Palacios sobre o alcance da medida. O governo equatoriano exige o pagamento de uma indenização pela empresa por falhas no funcionamento e pela posterior paralisação (desde 6 de junho) nos serviços da central hidrelétrica San Francisco, construída pela empreiteira.

De acordo com o governo, essa paralisação coloca em risco o abastecimento de energia no país, pois a hidrelétrica de San Francisco é responsável por 12% da energia gerada no Equador.

O decreto que embarga os bens da empresa também determinou que funcionários da empresa não deixem o país. Por causa dessa medida dois diretores da empresa estão na embaixada brasileira e outros dois, no Brasil. No total, 30 brasileiros trabalham nas obras da empresa no país.

Além da usina, a Odebrecht está construindo outra hidrelétrica, uma rodovia e um aeroporto no Equador. Agência Brasil


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Correa nega proteção em arquivos de Dantas

O diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Correa, classificou como especulação a informação divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo de que cinco discos rígidos do banqueiro Daniel Dantas, apreendidos na Operação Satiagraha, ainda não foram analisados porque peritos não conseguem acessar os códigos criptografados. "O jornal também deveria ter o compromisso com a verdade. É especulação", disse.

Correa disse ainda que 70% do inquérito sobre a realização de escutas ilegais durante a operação já está concluído. Segundo ele, as provas produzidas durante o trabalho de investigação não serão prejudicadas em função das irregularidades que possam ter sido cometidas por agentes da Polícia Federal e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

A Abin é apontada como suspeita de grampear senadores, deputados e autoridades da Justiça durante a Operação Satiagraha. Entre os telefonemas monitorados, estaria um entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

"Tudo que se produziu foi com ordem judicial. O que contamina a prova é a produção da prova e não a sua utilização", afirmou Correa, ao participar da abertura da 5ª Conferência Internacional de Perícias em Crimes Cibernéticos, em um hotel da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio.

Ameaças

O diretor da Polícia Federal não quis comentar o conteúdo do depoimento da deputada federal Marina Magessi (PPS-RJ) à CPI das Milícias, ontem, na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. Ela disse que vem sendo ameaçada por policiais federais porque faz parte da CPI das Escutas Ilegais da Câmara Federal. "Ela deve informar que tipo de ameaça está tendo e nós vamos investigar", afirmou.

Correa acredita que a conclusão da CPI pode ser concluída com relatórios produtivos para a Polícia Federal, pois a comissão está cumprindo o papel de trazer um assunto importante à discussão. Redação Terra


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Crise com Odebrecht será 'resolvida nos próximos dias', diz Amorim

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse acreditar que o embargo do governo do Equador aos bens da empresa brasileira Odebrecht e a proibição de que funcionários da companhia saiam do país será ''discutida e resolvida'' nos próximos dias.

O presidente do Equador, Rafael Correa, ordenou, através de um decreto, o embargo dos bens da Odebrecht e proibiu que funcionários da empresa deixem o Equador.

De acordo com o ministro equatoriano de Setores Estratégicos, Derlis Palacios, a medida significa a expulsão da empresa do país.

O governo equatoriano exige o pagamento de uma indenização por parte da empresa devido a falhas no funcionamento e da posterior paralisação da central hidrelétrica San Francisco, construída pela empreiteira.

Correa ordenou a militarização imediata das obras que estão sob responsabilidade da Odebrecht, entre elas uma outra hidrelétrica, uma rodovia e um aeroporto.

Há uma semana, o presidente equatoriano chegou a ameaçar expulsar a empresa se não fosse paga a indenização exigida pelo Estado e disse que a empreiteira está sendo investigada por suposta corrupção. De acordo com Correa, algumas obras da construtora foram realizadas "com um terço de capacidade e o triplo de custo".

"Estou 'por aqui' com a Odebrecht, quanto mais cavo mais lama encontro (...) Estes senhores (da construtora) foram corruptos e corruptores, compraram funcionários do Estado. O que está sendo feito é um assalto ao país", afirmou.

Foram gastos na construção da hidrelétrica US$ 338 milhões, com uma capacidade estimada de geração de 12% do total da energia elétrica consumida no país. A hidrelétrica é a segunda maior do país e está fechada desde junho deste ano.

''Achamos que a Odebrecht é uma grande companhia, obviamente não podemos pré-julgar todas as reclamações do governo do Equador'', afirmou o chanceler Amorim.

Em um comunicado, a empresa afirmou que, até o momento, "os trabalhos prosseguem dentro do cronograma estabelecido".

Celso Amorim comentou que ''a Odebrecht fez ofertas que nos pareceram, pelo menos à primeira vista, razoáveis. Agora, ela é um consórcio, a Odebrecht não pode resolver sozinha, ela depende também de outras empresas. O que sei é que a Odebrecht tinha que ter a aprovação de suas sócias''.

Mas acrescentou que a companhia ''não obteve, ou pelo menos não obteve logo (essa aprovação)''.

O chanceler contou ter sido informado pelo embaixador brasileiro em Quito que dois diretores da Odebrecht já deixaram o Equador e outros dois estão refugiados na embaixada brasileira. ''Não há uma ameaça física a eles e não há um mandado de prisão'', acrescentou.

Amorim afirmou também que o governo brasileiro tem dado ao caso ''um acompanhamento normal, adequado, para uma empresa brasileira no exterior''. BBC Brasil


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Palocci, Dirceu e Lula negociam a privatização de aeroportos lucrativos com empreiteiras e governadores

Jorge Serrão

O submundo das empreiteiras confirma que dois grandes grupos trabalham intensamente para conquistar, previamente, no jogo político de cartas marcadas, a privatização dos lucrativos aeroportos Tom Jobim e Viracopos. O Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro interessa ao grupo suíço Dufry (que já controla as operações de free-shopping no Brasil, depois que comprou a Brasif, em 2006). Os estrangeiros selam o negócio se fecharem uma parceria com a Odebrecht. Já o aeroporto de Campinas, onde se movimenta por dia US$ 50 milhões de dólares em importações, interessa ao grupo Andrade Gutierres.

O desgoverno do chefão Lula também pretende privatizar os aeroportos de Confins, em BH, Juiz de Fora e Uberlândia. O Aeroporto da Pampulha permaneceria com a Infraero, pois só opera com jatos e não dá lucro. Lula negocia a proposta entreguista dos aeroportos, pessoalmente, com os governadores Sérgio Cabral Filho e com os tucanos Aécio Neves e José Serra. Assim, os grandes grupos ligados a todos eles participarão do mega-negócio, sem conflitos desnecessários.

Nos bastidores, os grandes pilotos da privatização dos aeroportos são o deputado federal Antônio Palocci Filho e o ministro informal José Dirceu de Oliveira e Silva.

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, muito mais interessada em ser candidata a presidente em 2010, também acompanha, tecnicamente, o complicado negócio de privatizar os aeroportos lucrativos. Tudo vai depender de Medida Provisória ou de regulamentações aprovadas pelo Congresso Nacional e por Assembléias legislativas estaduais. Sem o tradicional “molha mão” para convencer deputados, fica inviabilizada a parceria público privada (PPP) dos grupos econômicos nacionais e transnacionais com a Infraero.

Só os aeroportos Tom Jobim e Viracopos são responsáveis por 40% da receita da Infraero. Com 35 anos de existência, a Infraero administra 67 aeroportos, sendo 34 internacionais, 81 unidades de navegação aérea, além de 32 terminais de carga aérea. Os recursos carreados nos poucos aeroportos lucrativos ajudam a cobrir os deficitários. A tática do desgoverno entreguista é sufocar, aos poucos, uma empresa que é a terceira maior no mundo na administração de aeroportos. Alerta Total


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Opinião do Estadão: Um novo Bretton Woods

O mundo precisa de novos mecanismos de controle financeiro e prevenção de crises, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao discursar ontem, na abertura da 63ª Assembléia Geral das Nações Unidas. Somente soluções globais podem dar conta de uma crise global, acrescentou, e convém tomá-las "em espaços multilaterais legítimos e confiáveis, sem imposições". Da ONU, segundo ele, deveria partir a convocação para "uma resposta vigorosa às ameaças" presentes. Os "organismos econômicos supranacionais carecem de autoridade e de instrumentos práticos para coibir a anarquia especulativa" e é preciso "reconstruí-los em bases inteiramente novas", argumentou o presidente.

Descontada a retórica, há bons argumentos a favor da proposta. No sistema financeiro globalizado, as transações têm repercussão instantânea em todo o mundo e superam de longe o valor da produção de grandes economias. O cardápio de operações é cada vez mais amplo e sofisticado, com modalidades complexas e quase ininteligíveis para o público não especializado. Os sistemas de regulação e supervisão, no entanto, são nacionais, variam de um país para outro e, no conjunto, são altamente ineficientes, como ficou provado em várias crises desde os anos 90.

O desastre iniciado com o estouro da bolha imobiliária, há pouco mais de um ano, foi mais grave que os anteriores, mas as condições necessárias à sua ocorrência já estavam presentes, havia muito tempo, no mercado quase sem lei. Houve sinais de alerta, como noutras crises, mas nenhum dos envolvidos na farra do crédito fácil era obrigado a levá-los em conta.

O presidente Lula está provavelmente enganado quanto a um ponto. No discurso, ele defendeu uma reforma ambiciosa para a solução da atual crise. Ora, a crise quase certamente estará superada antes de qualquer acordo sobre um novo mecanismo de supervisão financeira e prevenção de acidentes. Mas o sistema financeiro continuará vulnerável a novos abalos, talvez até mais fortes, mesmo com algum aperfeiçoamento da regulação atual. Este é o ponto importante. A cooperação internacional já tem servido para atenuar os problemas imediatos, mas não basta, ainda, para constituir uma rede global de segurança financeira.

Está em estudo no Banco Mundial (Bird), segundo informou, ontem, o correspondente do Estado em Genebra, Jamil Chade, a proposta de um esquema tão ambicioso quanto o de Bretton Woods. Nesta cidadezinha de New Hampshire, nos Estados Unidos, negociadores de 44 países discutiram, em 1944, mecanismos para reordenação financeira e para reconstrução econômica no pós-guerra.

Desses debates nasceram o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, concebidos para disciplinar o sistema internacional de pagamentos, facilitar a superação de crises cambiais e financiar a retomada do crescimento econômico. Os dois organismos foram projetados para relacionar-se com governos e apoiar a execução de programas oficiais. O desafio, agora, é regular em escala mundial o sistema financeiro. Será preciso disciplinar, como se viu nesta crise, não só os bancos comerciais (tomadores de depósitos à vista), mas também outros canais de captação de poupança e de concessão de crédito.

Ao contrário do que pensa o presidente Lula, a ONU não é o melhor foro para se cuidar do problema. As entidades financeiras multilaterais, especialmente o FMI, o Bird e o Banco de Compensações Internacionais (BIS), dispõem de experiência, conhecimentos especializados e fontes de informação dificilmente acessíveis a qualquer outra entidade. São, além disso, foros multilaterais altamente organizados. Pode-se discutir se os seus padrões de representação política são os mais eqüitativos, mas esse tema já está em debate há vários anos no FMI e um trabalho de reforma já foi iniciado.

É irrealista propor uma negociação a partir do zero, convocada pela ONU, para a criação de um esquema global de segurança financeira. Igualmente irrealista é menosprezar a competência técnica e operacional das instituições multilaterais. Enfim, é ingenuidade imaginar uma reforma produzida a partir de uma assembléia mundial de iguais, sem o peso diferenciado das potências grandes e médias. O desafio é combinar o peso dessas potências com a competência do FMI e de outras instituições consolidadas.


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