Por Jorge Serrão
Dormita na 37ª. Vara Cível de São Paulo um processo que tira o sono do chefão Lula da Silva e de seu time de sindicalistas: a falência fraudulenta da Bancoop. O caso é abafado na mídia e protelado na Justiça porque a Cooperativa dos Bancários de São Paulo é suspeita de armações com empreiteiras de obras habitacionais não realizadas com intuito de desviar dinheiro para financiar campanhas eleitorais do PT: a da Presidência da República, em 2002, e a da Prefeitura de São Paulo, em 2004.
São investigados os ex-dirigentes da cooperativa que desde a sua fundação (em 1996) participaram da gestão da BANCOOP: Ricardo Berzoini, como Diretor Financeiro, João Vaccari Neto, que chegou a presidi-la e Luiz Gushiken. Desastrada operação da República dos Sindicalistas do PT, a BANCOOP pegou mais de R$ 100 milhões, de 15 mil famílias, e simplesmente quebrou, sem concluir os empreendimentos imobiliários de Torres de Pirituba, Casa Verde, Butantã, Ubatuba e Praia Grande.
O chefão Lula, que é sócio da Bancoop figura entre os lesados pela má gestão dos seus amigos-companheiros-sindicalistas. Apenas por ironia, na sede da Bancoop, a fim de atrair novos sócios, eram exibidas fotos de Lula visitando canteiros das obras que nunca acabaram. Por causa destas e outras fraudes, a Bancoop já foi definida pelo promotor José Carlos Blat como uma “organização criminosa” – o que deixou o chefão Lula e sua turma muito irritados.
O ministério Público investiga por que, estranhamente, figuram como sócias da cooperativa dos bancários pessoas que são sócias de empresas do ramo da construção civil que prestam serviços à BANCOOP: Conservix, Germany, Mirante, Máster Fish e Vita. O Ministério Público recebeu denúncias de que essas empresas contribuíram com a campanha do PT na eleição de 2004 na cidade de Praia Grande.
O Ministério Público tem depoimentos de subempreiteiros, que trabalharam para as empreiteiras que pertenciam a administradores da BANCOOP, que literalmente eram obrigados a dar notas frias com valores superiores aos serviços prestados ou à mercadoria entregue. O dinheiro desviado – conforme denúncias - seria entregue para um caixa dois de campanha, de pessoas ligadas ao PT, em São Paulo.
O Fórum dos Cooperados fez a maior pressão, semana passada, para que o promotor do consumidor João Lopes Guimarães fosse removido do caso que anda emperrado. Mas a reunião do Conselho Superior do Ministério Público resolveu deixar tudo como dantes no enrolado processo. O caso Bancoop tem tudo para ser abafado como outros escândalos que envolvem figurões petistas – como o Caso Celso Daniel, o Caso do Lixo em Ribeirão Preto na gestão Palocci, o Caso Francenildo, o famoso Caso do Mensalão e tantos outros que caem, facilmente, no esquecimento ou na impunidade. Alerta Total
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