O ministério da Defesa da Colômbia confirmou nesta segunda-feira ter matado um líder das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) durante um bombardeio realizado por militares colombianos no domingo no noroeste do país.
Jesús Agudelo Rodríguez, apelidado de ''El Paisa'', era acusado pelo governo colombiano de envolvimento no assassinato do então governador de Antioquia, Guillermo Gaviria, e do ex-ministro de Defesa Gilberto Echeverry durante uma tentativa de resgate realizada pelas Forças Armadas em maio de 2003.
Ele também era acusado de mais de 500 homicídios e 400 seqüestros, além de ter sido responsabilizado pelo governo pelo assassinato da mãe da ministra de Educação colombiana, Cecilia María Vélez.
Apesar de Rodríguez não pertencer ao Secretariado das Farc, máxima instância do grupo, o governo colombiano chegou a oferecer uma recompensa de U$S 500 mil para quem entregasse o guerrilheiro às autoridades.
"Eliminamos este criminoso que vinha arruinando o leste (do Estado) de Antioquia durante mais de dez anos", afirmou o ministro de Defesa, Juan Manuel Santos, em entrevista coletiva, nesta segunda-feira, em Bogotá.
Computador
Rodríguez era chefe da frente 34 das Farc e teria sido morto junto com outros rebeldes em um bombardeio entre Estados de Antioquia e Chocó, na Colômbia.
De acordo com Santos, durante a operação, foi encontrado o computador de "El Paisa" - cujas informações serão agora usadas na luta contra a guerrilha.
"Esse é um golpe importante (contra as Farc)", afirmou Santos. "Estávamos atrás dele há muito tempo (...) nós o considerávamos um objetivo de alto valor pela crueldade e pelo mal que tinha feito à população civil e ao Exército."
"Isso vai ter um efeito muito negativo sobre eles (os membros das Farc) - algo que nós, obviamente, vamos aproveitar", disse.
Golpe
A morte de Jesús Agudelo Rodríguez ocorre em um período que vem sendo qualificado por analistas como o pior da história do grupo rebelde fundado em 1964 por Manuel Marulanda ou Tirofijo, morto em março em decorrência de um infarto.
Além de seu líder-fundador, as Farc perderam nos últimos meses outros líderes importantes, como Raúl Reyes - número dois da guerrilha, de Ivan Ríos, membro do Secretariado, e de Martín Caballero, membro do Estado-Maior da guerrilha.
O grupo também sofreu um golpe importante com o resgate da ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt e de outros 14 reféns, realizado em julho pelo Exército colombiano.
As FARC acusaram de "traição" aos guerrilheiros que cuidavam do cativeiro desses seqüestrados, considerados como os de maior importância para a guerrilha, que pretendia utilizá-los como moeda de troca para conseguir a libertação de mais de 500 rebeldes presos. Estadão Online
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