sábado, 13 de setembro de 2008

Forças Armadas bolivianas fizeram 'greve', diz Chávez

O presidente da Venezuela Hugo Chávez acusou as Forças Armadas da Bolívia de fazerem "greve" o que teria permitido, na opinião do presidente, "um massacre do povo boliviano" na escalada de violência dos últimos dias na Bolívia que já deixou pelo menos 16 mortos.

As afirmações de Chávez são uma resposta às críticas do comandante das Forças Armadas, general Luis Trigo, que na sexta-feira rejeitou as declarações do presidente venezuelano. Na véspera, Chávez advertiu que apoiaria uma rebelião armada no país, caso a oposição tente "derrubar" ou "matar" o presidente da Bolívia, Evo Morales.

"Eu sei que esse general e outros generais têm uma espécie de greve de braços caídos que permitiu que os fascistas e paramilitares massacrassem ao povo da Bolívia", disse Chávez. "E se estou equivocado general, me demonstre o contrário, apóie ao presidente da Bolívia e não aos paramilitares (...) me demonstre o contrário general e terás minha mão de soldado, falo de soldado a soldado", acrescentou.

O presidente venezuelano diz ter informações de que "capangas" estrangeiros estão sendo contratados para assassinar aos simpatizantes de Morales nos enfrentamentos com os grupos de oposição.

Ingerência

Na sexta-feira, o general Luis Trigo, defendeu a "independência" dos militares bolivianos e a "não intromissão" estrangeira na Bolívia, fazendo referência direta à Chávez. O presidente venezuelano disse que a resposta do general "não foi consultada" com Morales, seu principal aliado na América do Sul.

"General Trigo, o senhor tem razão, eu não devo me meter nas coisas internas da Bolívia, mas que bom seria escutar o senhor dizer algo sobre a ingerência grosseira e terrível do império americano no seu país", afirmou o presidente venezuelano diante de militares das Forças Armadas da Venezuela. Chávez disse que na reunião extraordinária da Unasul, convocada para esta segunda-feira em Santiago do Chile, os países deverão tomar ações "para frear o fascismo" na Bolívia.

"Eu disse a um presidente amigo: estão derrubando Evo (Morales) diante de nossos narizes e (...) vamos ficar de braços cruzados?", disse Chávez.

'Braços cruzados'

O líder venezuelano voltou a dizer que "não cruzará os braços" no caso de um golpe de Estado. "Não queremos meter-nos na situação interna de nenhum país, mas se derrubam ou matam a Evo (Morales), não ficarei de braços cruzados", acrescentou.

O presidente venezuelano disse se a oposição conseguir manter os bloqueios e sabotagens às instalações de gás, haverá uma "crise" no Cone Sul. "Brasil, Argentina, Chile (...) para poder acender as luzes e acionar os motores das fábricas e indústrias dependem do gás da Bolívia. Os ianques estão machucando o coração da América do Sul, alguém não se deu conta?", disse. BBC Brasil


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Bolívia confirma 16 mortos em protestos e Morales cogita rever Constituição

O presidente da Bolívia, Evo Morales, se mostrou neste sábado disposto a rever seu projeto de Constituição para conseguir um acordo com seus opositores que leve paz ao país, depois que os protestos já deixaram 16 mortos na região de Pando, declarada em estado de sítio.

Morales afirmou hoje a correspondentes estrangeiros que suas bases o autorizaram a rever a parte autônoma do novo texto da Carta Magna com o qual pretende voltar a fundar o país, mas com a premissa de que seja "pela unidade" da nação.

O governo da Bolívia e seus opositores autonomistas, representados pelo governador regional de Tarija, Mario Cossío, iniciaram um processo de diálogo no qual coincidem na necessidade de chegar a acordos para levar paz ao país, afetado pela violência em várias regiões.

A situação mais grave persiste na região de Pando, no norte do país, onde o Executivo decretou nesta sexta-feira o estado de sítio pelo crescente número de vítimas no confronto (o governo rejeita o termo e define os atos no local como "massacre") entre opositores e seguidores do presidente.

Segundo o último relatório do Ministério de Governo (Interior), o número de mortos já chega a 16, após a descoberta de vários corpos em um monte e nas margens de um rio próximos ao local do choque, o povoado de Porvenir, a pouca distância da capital de Pando, Cobija.

O presidente da Bolívia responsabilizou pelas mortes o governador regional de Pando, o opositor Leopoldo Fernández. "O que aconteceu em Cobija com metralhadoras, sicários e traficantes brasileiros e peruanos operando sob o comando do governador regional de Pando é muito grave", afirmou.

A versão do governador opositor é completamente diferente. Fernández acusa o Executivo e os setores aliados de Morales de terem causado os incidentes violentos em sua região.

Um dos últimos episódios de violência ocorreu na tarde de sexta-feira no aeroporto de Cobija, onde houve um tiroteio entre militares e opositores. Um soldado (de 18 anos, informou hoje o canal estatal) e um civil morreram.

A situação de Pando, e concretamente da capital da região, após ser decretado o estado de sítio, é de tensão e temor entre os moradores, segundo testemunhos de habitantes locais.

A rede "Erbol" informou hoje que o estado de sítio se cumpre "em termos" em Cobija, onde, segundo o veículo, um grupo de autonomistas atacou na sexta-feira duas lojas de venda de armas da cidade, quando já tinha sido decretado o estado de sítio.

Após Pando, Morales disse que não ampliará a medida de exceção a outros pontos de conflito do país se pararem os ataques contra instituições do Estado e contra infra-estruturas energéticas.

O governo Morales reforçou a presença militar nos focos conflituosos. O jornal "La Razón", de La Paz, citando fontes militares, publica hoje que várias companhias do Exército foram enviadas às regiões de Beni, Pando e Tarija e que 15 tanques saíram de La Paz rumo a Santa Cruz. Folha Online


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Fala, jacaré! - Lula volta a criticar FHC, desta vez por atuação na educação

PETRÓPOLIS - Na cerimônia de inauguração de mais uma unidade do Centro de Ensino Tecnológico (Cefet), em Petrópolis, no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas sem citar o nome do tucano. Ao lembrar que não teve oportunidade de estudar, já que, segundo ele, não houve investimento suficiente em educação nos últimos 30 anos, o presidente Lula disse que "por ironia do destino exatamente o presidente que não tem diploma universitário é o que mais vai fazer universidades no País".

Lula disse que está fazendo "pelos filhos do Brasil" o que não foi feito nas últimas três décadas. "Quero que a juventude de hoje tenha a oportunidade que eu não tive. Possivelmente muitos dos doutores que governaram esse país por já terem diploma não se importavam que os pobres ficassem sem diploma e sem estudo". Lula citou que o número de estudantes nas universidades dobrou desde o início de seu governo.

Ao lembrar que estava inaugurando mais uma unidade do Cefet, o presidente citou que a educação "é a melhor arma para combater a violência, o crime organizado e o narcotráfico". No Rio de Janeiro, o presidente também comemorou os últimos resultados da economia, citando que ela tem crescido durante 25 trimestres consecutivos.

Mais cedo, durante cerimônia de inauguração de um hospital em Duque de Caxias, também no Rio, o presidente lembrou que a economia ficou estagnada durante um longo período, o que prejudicou os jovens. "Passamos 20 anos em que a economia brasileira não crescia, a construção civil só desempregava, a indústria só desempregava, foram 20 anos. Vinte anos é uma geração inteira que se perdeu neste país", disse. "Esses jovens de 30 anos que a gente vê presos - e que, se cometeram crime, têm que ser presos mesmo - são o resultado do abandono a que foram submetidos pelas políticas públicas dos governos. Qual era a oportunidade que eles tinham?", questionou o presidente.

No Cefet, Lula também elogiou também a parceria entre seu governo e o governo do Rio de Janeiro. "Quando dois governantes colocam na cabeça que foram eleitos para governar e não para brigar tudo fica mais fácil. É como passar manteiga no pão quando a manteiga está mole", disse o presidente ao elogiar o governador Sérgio Cabral e o seu vice, Luis Fernando Pezão. Estadão Online


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Bush declara Texas área federal de desastre

O presidente americano George W. Bush declarou oficialmente o Texas como uma área federal de desastre, liberando milhões de dólares em ajuda do governo para as vítimas do furacão Ike. O furacão chegou ao Estado do Texas, nos Estados Unidos, com ventos de 175 quilômetros por hora, inundando a região costeira, arrancando o telhado das casas e deixando milhões de pessoas sem eletricidade.

Equipes de resgate na cidade de Galveston, que fica na região costeira e por onde o Ike entrou no Estado americano, estão verificando a situação de milhares de pessoas que permaneceram no local apesar das ordens de evacuação.

O furacão Ike foi rebaixado para categoria de tempestade tropical e também danificou a cidade de Houston, a quarta maior dos Estados Unidos. Falando em Washington, Bush afirmou que o Ike é uma "enorme tempestade que está causando muitos danos. Não apenas no Texas, mas em partes da Louisiana".

"A tempestade ainda não passou. Sei que muitas pessoas temem por suas vidas. Algumas pessoas não deixaram suas casas quando receberam os pedidos (de evacuação da área)."

"Recebi informações sobre as equipes de resgate lá. Eles estão prontos para agir assim que as condições permitirem", afirmou o presidente.

Estima-se que mais de 3,5 milhões de pessoas tenham ficado sem energia no Texas. Mais de um milhão abandonaram a costa do Estado, mas 23 mil residentes ignoraram as recomendações de evacuação.

Refinarias

Um correspondente da BBC em Houston descreveu como os ventos fortes causados pelo Ike arrancaram vidros de muitos dos prédios da cidade. A produção foi suspensa em 14 refinarias de petróleo e 28 usinas de processamento de gás natural que estão no caminho previsto para a passagem do Ike.

O secretário para Segurança Interna dos EUA, Michael Chertoff, afirmou que recebeu informações a respeito de algumas mortes causadas pelo Ike, mas ainda não tinha confirmação. "Haverá muita chuva e a chuva vai continuar causando problemas de inundações", disse ele em Washington. "O impacto... não foi tão ruim como as piores expectativas, mas ainda é considerável."

Mortes

Em sua passagem pelo Caribe, o furacão Ike causou a morte de 70 pessoas - 66 só no Haiti, e o restante em Cuba. A Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que o custo da reparação dos danos fique entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões. O Haiti sofreu quatro tempestades tropicais em apenas três semanas, deixando um total de 550 mortos.

A ONU apelou por mais de US$ 100 milhões para ajudar o povo haitiano. O coordenador de ajuda de emergência da ONU, John Holmes, disse que cerca de 10% da população haitiana necessita de ajuda, e muitas pessoas não possuem nem alimentos e nem abrigo. BBC Brasil


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Opinião: Marketagem, popularidade e classe mérdia fabricadas

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Jorge Serrão

A mídia amestrada ou abestada é o principal agente de influência para garantir a manutenção do atual modelo econômico globalizante (colonial-exportador, dependente e baseado em endividamentos crescentes). Por trás da ação dos meios de comunicação de massa se esconde um bem articulado esquema de marketagem política. A estratégia consiste em mostrar que, no Brasil, tudo está no melhor dos mundos possíveis, embora o mundo possível do capitalismo viva uma de suas mais graves crises cíclicas. Como o Brasil é estratégico para o futuro do globalitarismo, o poder real mundial quer mantê-lo “blindado”. Até quando viveremos este conto de fadas?

Embora tal processo de comunicação seja óbvio e ululante, praticamente passa despercebido da maioria dos “formadores de opinião”. Na verdade, a maioria parece cooptada pelo discurso que forma um “consenso” generalizado sobre um suposto “bem sucedido modelo econômico”. A grande maioria ajuda a “vender e revender” a idéia de que “tudo vai bem e melhorando”. O problema é de tradução da realidade. Contaminados por conceitos e mecanismos equivocados sobre economia – os dogmas da religião monetarista contaminam os cérebros dos brasileiros há décadas -, a imprensa e os economistas que ela elege como “especialistas” desenham o paraíso econômico tupiniquim.

A colaboração externa para essa cínica estratégia de marketagem é explícita. A Oligarquia Financeira Transnacional e seus veículos de mídia amestrados não perdem tempo. Ontem, a revista britânica The Economist destacou o crescimento da classe média no Brasil, “que hoje ultrapassa metade da população”. A reportagem tinha um jeitinho de “jabá” (termo técnico-jocoso para designar uma “matéria-paga”). Por quem? Os ingleses citam dados da Fundação Getúlio Vargas e proclamam: "O Brasil, antes notório por seus extremos, é agora um país de classe média. Esta escalada social é vista, principalmente, nos centros urbanos do país, revertendo duas décadas de estagnação econômica iniciada nos anos 80".

A Economist destaca que a recente disponibilidade de crédito para a população, facilitado pela queda nas taxas de juros, ajudou a aumentar o poder de compra desta nova classe média. Os ingleses propagandeiam: "Junto com a transferência de renda para famílias pobres, isso ajuda a explicar o fenômeno - o que não ocorre com o desenvolvimento econômico e social da Índia ou da China. Com o crescimento da classe média brasileira, a desigualdade diminuiu no País". A revista porta-voz da City de Londres aponta duas principais razões para o crescimento da classe média: a melhora no nível de educação, com os alunos permanecendo nas escolas por mais tempo do que no início dos anos 90, e a migração de empregos do mercado informal para a economia formal.

Mas o ponto alto da reportagem da The Economist é quando se refere ao fenômeno Luiz Inácio Lula da Silva – cujos marketeiros trabalham para transformar no maior Presidente da História do Brasil. A revista pergunta: "Mas que impacto esta classe média mais numerosa vai ter sobre a política?". E marketeia uma resposta bem ensaiada: "De acordo com Mauro Paulino, do Datafolha, a popularidade pessoal de Lula e seus programas sociais de governo mexeram nessa equação. 'Aqueles que subiram das classes C e D e experimentaram a ajuda do governo neste caminho, devem ficar com o PT', diz ele.". No final, os ingleses ainda fazem piada no estilo sem graça deles: "Mas permanece irônico que essa grande transformação social, conquistada em parte pela maior abertura comercial com o resto do mundo, pode acabar fortalecendo um partido que, até recentemente, era a favor da autarquia".

O papo furado inglês coincide (ahahahahahah, coincide?) com a repercussão em todos os telejornais da recente pesquisa Datafolha proclamando que “a aprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva bateu novo recorde, com 64% dos brasileiros considerando o governo ótimo ou bom”. As “reportagens” ou “notas” repercutindo a importante notícia insistem que “aprovação de Lula, que já era a melhor entre todos os presidentes eleitos desde a redemocratização com a eleição de Fernando Collor de Mello (1990-1992), subiu 9 pontos percentuais em relação aos 55% registrados na pesquisa anterior do Datafolha, realizada em março”.

O Datafolha ouviu 2.981 pessoas maiores de 16 anos em 212 municípios do País. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou menos. De acordo com a pesquisa, realizada entre os dias 8 e 11 de setembro e publicada ontem pelo jornal "Folha de S. Paulo", 28% consideraram o governo regular, e 8% ruim ou péssimo - queda de 3 pontos em relação à pesquisa anterior. Lula foi considerado ótimo ou bom em todas as regiões do país - 65% no Norte e Centro-Oeste, 75% no Nordeste, 60% no Sul e 57% no Sudeste - e também entre as diferentes faixas de renda e escolaridade avaliadas. Especificamente no Sudeste, segundo a pesquisa, Lula pela primeira vez obteve apoio da maioria dos pesquisados nas regiões metropolitanas que têm curso superior e entre os que vivem em famílias com renda familiar mensal maior que 10 salários mínimos.

No embalo de pesquisas e matérias pré-fabricadas e recomendadas, a marketagem em favor da imagem do chefão Lula não pára. Ontem, nossa majestade batráquioetílica brindou em alto estilo porque ganhou um lugar na galeria de Presidentes da República que já praticaram a contradição histórica de visitar o Palácio Rio Negro, em Petrópolis, uma das sedes do nosso Império desmoronado em 15 de novembro de 1889. Uma pintura a óleo do presidente Lula, com moldura dourada, foi pendurada a partir de ontem na parede do palácio. Lula ganhou ainda abotoaduras douradas e um conjunto de louças com estampas dos pontos turísticos de Petrópolis. Foi a primeira vez em onze anos que um presidente visita o Rio Negro. Acostumado aos esquemas palacianos, Lula e a primeira-dama Marisa Letícia curtirão, ontem e hoje, as mordomias do lugar.

Lula é o Rei. Lula parece invencível. Mas não é. Ninguém é. Mas a markategem faz parecer. Inclusive a propaganda mal feita pelos adversários eleitorais. Vide a inserção comercial gratuita do PSDB ontem à noite, nas televisões em São Paulo: um rapaz negro, cabelinho rastafari, eleitor do Geraldo Alckmin, atacava a Marta, mas vinha com a conversa fiada na conclusão do seu discurso: “Com o Lula tudo bem... O problema é o PT...”. Ou seja, até os supostos adversários de Lula reforçam a imagem de liderança inabalável de Lula. Caíram na armadilha da marketagem oficial do Bolcheviquepropagandaminister? Ou não são oposição a coisa nenhuma? Burrice ou conivência conveniente?

Melhor que responder é rir da piada muito bem publicada por Josias de Sousa em seu blog. “Sua Excelência saía do banho. Estava enrolado em uma toalha. Deu de cara com uma das camareiras do Palácio da Alvorada. Súbito, descolando-se de sua cintura, a toalha foi ao chão. A camareira deu um salto: ´Ohhhh! Meu Deus!´. E o presidente: ´Sim, sim, claro. Mas pode me chamar de Lula´. A Pesquisa que acaba de sair do forno do Datafolha acomoda o brasileiro na posição da camareira da anedota.

Até quando seremos tementes ao “falso deus” da piada tupiniquim? É fadada ao amargo fracasso da História toda a oposição que não consegue formular e apresentar publicamente um Projeto de Nação, como alternativa ao capimunismo hoje ensaiado por aqui, na bem sucedida parceria entre a Oligarquia Financeira Transnacional (leia-se banqueiros e grandes corporações globais), seus socialistas fabianos e a turma do Foro de São Paulo. O Deus de verdade, que uns chamam de Grande Arquiteto do Universo, já deve estar de saco cheio de tanta inação e incompetência política, facilitando que o mal reine quase absoluto neste arremedo de república brasileira.

O mérito divino não é de Lula – embora o eterno sindicalista de resultados saiba muito bem cumprir o seu papel de personagem da novelinha global. O demérito infernal é dos patriotas – que não conseguem apontar um outro caminho para o Brasil que seja entendido facilmente pela suposta maioria pragmática que hoje “endeusa” o chefão Lula com os louros da popularidade. Lula não é invencível. Mas parece que ganha o jogo político por WO. Os adversários não entram em campo para valer, com garra para vencer.

Ou se pratica um discurso a favor do Brasil – e não contra o Lula -, ou a farra do Boi vai continuar além de 2010, com sério risco de retorno triunfal em 2014, na rabeira da Copa do Mundo de Futebol da Fifa. A bola política está com os patriotas que amam o Brasil de verdade. Ou vão deixar que Lula a leve todo dia para o seu campinho no Palácio Celestial? Alerta Total


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Opinião do Estadão: Mais tensão entre os Poderes

Ao enviar à presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) um ofício comunicando que não cumprirá a decisão da Corte, que deu o prazo de 18 meses para que o Congresso votasse uma lei complementar sobre desmembramento e emancipação de municípios, o presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), além de passar por cima das regras de funcionamento das instituições no Estado de Direito, e da própria Constituição em vigor, criou mais um foco de tensão entre os Poderes.

A decisão do STF foi tomada em 2006, durante o julgamento de um recurso impetrado pela Assembléia Legislativa de Mato Grosso reclamando da demora do Congresso para votar lei complementar, que é prevista pelo parágrafo 4º do artigo 18 da Constituição de 88. Incluído no capítulo da organização político-administrativa do Estado, o dispositivo trata da criação, fusão e desmembramento de municípios para o que exige estudos de viabilidade fiscal e consulta prévia à população envolvida. Em 1996, a Emenda Constitucional (EC) nº 15 determinou que novos municípios só poderiam ser criados após a entrada em vigor dessa lei complementar.

Como o Congresso não a votou até hoje, algumas Assembléias passaram a legislar sobre a matéria. Contudo, o Ministério Público Federal (MPF) questionou esse tipo de iniciativa, alegando que, pelo princípio da hierarquia das leis, as Constituições estaduais não podem contrariar a Constituição Federal.

A tese foi acolhida pelo STF e a Assembléia Legislativa de Mato Grosso recorreu. Ao julgar o recurso, em 2006, a Suprema Corte determinou que o Congresso regulamentasse a criação de municípios até outubro de 2008. Pelo parágrafo LXXI do artigo 5º da Constituição, que trata dos direitos e garantias fundamentais, o STF pode tomar essa decisão "sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à cidadania". O problema é que, entre a EC nº 15, de 1996, e a decisão do Supremo, tomada em 2006, foram criados 57 municípios.

Por isso, eles estão vivendo uma situação de surrealismo jurídico. Pela EC nº 15, esses municípios não poderiam ter sido criados. Mas, pela decisão do STF, eles poderiam ser regularizados desde que o Congresso votasse até outubro próximo a lei complementar prevista pelo parágrafo 4º do artigo 18 da Constituição. Como esse prazo está vencendo e Chinaglia disse que não cumprirá a ordem do Supremo, dentro de semanas esses municípios podem perder existência legal, o que os obrigará a passar por um complicado processo de reversão de seu status jurídico.

Acontece que a maioria desses municípios já tem instituições consolidadas. Eles recebem regularmente da União as cotas do Fundo de Participação dos Municípios, mantêm um corpo de servidores selecionados por concurso e os órgãos públicos locais são responsáveis pela prestação de serviços essenciais de educação e saúde à comunidade. Em outras palavras, eles não têm mais condições de ser revertidos à condição de simples distritos.

Tentando justificar sua atitude, Chinaglia alega que não foi devidamente notificado pelo STF. Pela Constituição, contudo, quem deve receber a notificação não é ele, mas o presidente do Senado, que também preside o Congresso. A notificação foi entregue ao senador Renan Calheiros, na época em que, envolvido em denúncias, lutava para se manter na presidência do Senado. E seu substituto, o senador Garibaldi Alves, confessa que, por "desinteligência da burocracia", não foi informado da notificação.

Como se vê, o problema decorre da omissão política e da inépcia administrativa do Legislativo. Após ter comunicado que não cumprirá a ordem do STF, Chinaglia vem dizendo que a Corte não terá coragem de extinguir 57 municípios, alegando que "não se anulam fatos". Em resposta, o ministro Gilmar Mendes deixou claro que, se a lei complementar não for aprovada até outubro, "os municípios desaparecem".

Não é difícil ver quem tem razão nesse confronto. Enquanto o Congresso parece ter abdicado da função legisladora, gerando insegurança jurídica e deflagrando tensões institucionais, o STF continua adotando medidas para fazer cumprir direitos previstos na Carta de 88.


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sexta-feira, 12 de setembro de 2008

SC: cinco morrem em colisão com carreta

 

Cinco pessoas morreram nesta manhã em uma colisão envolvendo uma carreta e um carro na BR-282, próximo à cidade de Vargem Bonita, localizada a cerca de 400 km ao oeste de Florianópolis.

Segundo informações divulgadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), chovia muito forte no momento do acidente. Um veículo Gol, com placas de Criciúma, pertencente à empresa de eventos Palco Sul, teria perdido o controle e atravessado a pista na altura do km 429. O veículo acabou atingido por um caminhão com placas de Joinville, que trafegava em sentido contrário.

Os cinco ocupantes do carro morreram na hora: Fábio Alves de Carvalho, 22 anos, Vanderson Müller de Sales, 23 anos, Claudenir da Silva, 35 anos e outras duas vítimas não identificadas. Eles eram funcionários de uma empresa de eventos e seguiam em direção à Chapecó, para montagem de equipamentos para um show da cantora baiana Ivete Sangalo.

Com o impacto, o carro acabou ficando debaixo da carreta. Os soldados do Corpo de Bombeiros Voluntários de Irani levaram cerca de duas horas para retirar os corpos das ferragens. "Chovia muito e precisamos usar um guincho para retirar a carreta e depois serrar o carro", afirmou o soldado Joel. "Trabalhamos duas horas debaixo de uma chuva muito forte".

Os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal de Joaçaba, que pretende realizar a identificação das outras duas vítimas. A empresa Palco Sul, sediada em Tubarão, sul de Santa Catarina, ainda não informou o nome dos outros ocupantes do carro.

Mais um morto na BR 282

Um outro acidente na BR 282 matou o motorista de um caminhão nesta sexta-feira. De acordo com a PRF, Sebastião Neves, 33 anos, caiu com um caminhão no rio Arroio Inferno, próximo à cidade de Campos Novos, por volta das 5h30.

A queda ocorreu a cerca de 70 quilômetros do local da tragédia com cinco vítimas. Também chovia forte no momento da queda, mas a PRF trabalha com a hipótese de que a vítima tenha dormido ao volante. Redação Terra


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Opinião: Crise externa preocupa Lula e seus sindicalistas de fundos de pensão porque pode atrapalhar fusão da Oi com a BrT

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Jorge Serrão

O chefão Lula e seus sindicalistas que comandam os cofres abarrotados dos fundos de pensão de estatais ficaram preocupados, além do normal, com a crise de crédito, liquidez e solvência no mercado internacional. Os problemas econômicos, a partir dos EUA, podem afetar um dos mais cobiçados negócios da turma do Palácio do Planalto: a fusão da Oi com a Brasil Telecom. A operação, que depende da aprovação da Anatel e do Conselho de Defesa Econômica, é o principal motivo da onda de grampos telefônicos contra os poderosos de plantão.

A Previ, que é o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil devidamente controlado pelos sindicalistas petistas, será uma das principais acionistas da nova gigante de telecomunicações no Brasil. A Previ já é sócia da Brasil Telecom e de tantos outros empreendimentos com a privataria promovida desde a Era FHC – que os petistas nunca contestaram de verdade. Até porque seus dirigentes são “sócios-gerentes” das operações.

Agora, os sindicalistas petistas e a turma do desgoverno torcem para o negócio não melar, por pressões de concorrentes da Oi e dos banqueiros estrangeiros, principalmente os controladores da Telefônica de Espanha. A Oi já encontra dificuldades para captar recursos no mercado externo para financiar a junção com a Brasil Telecom. A briga promete rounds de extrema deslealdade econômica e política.

Quem tem grande interesse no negócio, além da turma do desgoverno, é o Citibank. O banco norte-americano, que tem participação na Brasil Telecom (e que briga com o banqueiro Daniel Valente Dantas, do Opportunity) precisa fazer caixa o mais depressa possível. O Citi se desfaz de US$ 400 bilhões em ativos em todo o mundo. O Opportunity também tem pressa na fusão Oi-BrT. O mercado já calcula que o banco de investimentos perdeu R$ 3,2 bilhões desde a Operação Satyagraha. Oficialmente, o banco admite que o prejuízo beira R$ 2 milhões. Alerta Total


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SC: cinco morrem em colisão com carreta

Cinco pessoas morreram nesta manhã em uma colisão envolvendo uma carreta e um carro na BR-282, próximo à cidade de Vargem Bonita, localizada a cerca de 400 km ao oeste de Florianópolis.

Segundo informações divulgadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), chovia muito forte no momento do acidente. Um veículo Gol, com placas de Criciúma, pertencente à empresa de eventos Palco Sul, teria perdido o controle e atravessado a pista na altura do km 429. O veículo acabou atingido por um caminhão com placas de Joinville, que trafegava em sentido contrário.

Os cinco ocupantes do carro morreram na hora: Fábio Alves de Carvalho, 22 anos, Vanderson Müller de Sales, 23 anos, Claudenir da Silva, 35 anos e outras duas vítimas não identificadas. Eles eram funcionários de uma empresa de eventos e seguiam em direção à Chapecó, para montagem de equipamentos para um show da cantora baiana Ivete Sangalo.

Com o impacto, o carro acabou ficando debaixo da carreta. Os soldados do Corpo de Bombeiros Voluntários de Irani levaram cerca de duas horas para retirar os corpos das ferragens. "Chovia muito e precisamos usar um guincho para retirar a carreta e depois serrar o carro", afirmou o soldado Joel. "Trabalhamos duas horas debaixo de uma chuva muito forte".

Os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal de Joaçaba, que pretende realizar a identificação das outras duas vítimas. A empresa Palco Sul, sediada em Tubarão, sul de Santa Catarina, ainda não informou o nome dos outros ocupantes do carro.

Mais um morto na BR 282

Um outro acidente na BR 282 matou o motorista de um caminhão nesta sexta-feira. De acordo com a PRF, Sebastião Neves, 33 anos, caiu com um caminhão no rio Arroio Inferno, próximo à cidade de Campos Novos, por volta das 5h30.

A queda ocorreu a cerca de 70 quilômetros do local da tragédia com cinco vítimas. Também chovia forte no momento da queda, mas a PRF trabalha com a hipótese de que a vítima tenha dormido ao volante. Redação Terra


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Pessoa boa



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Firefox vai adotar sistema para "navegar escondido"

Depois de os navegadores Internet Explorer e Chrome implementarem o sistema de navegação privativa, que esconde os rastros de acesso à rede, o Firefox também deve adotar a ferramenta. O sistema deve ser incluído na versão 3.1 do navegador.

No sistema de navegação privativa, que muitos consideram uma funcionalidade para acesso a sites pornográficos sem deixar vestígios, as páginas pesquisadas pelo internauta não entram no histórico, os cookies não são armazenados, nem as palavras digitadas em formulários.

O Internet Explorer 8 tem o sistema em sua segunda versão de testes (beta 2), assim como o navegador Chrome, lançado pelo Google na semana passada. Isso forçou a Fundação Mozilla a também adotar a ferramenta.

Em um site para programadores o chefe de desenvolvimento do Firefox, Mike Connor, afirma que o objetivo é que os usuários não possam ser rastreados quando fazem "coisas privadas". Deve haver uma separação clara entre a parte pública e privada do navegador. A informação foi divulgada pelo site computerworld.com.

Segundo os criadores desse tipo de recurso, a idéia é manter a privacidade na internet e melhorar a segurança para acesso a sites como de bancos. Entretanto, o sistema também pode ser utilizado por crianças e adolescentes para esconder dos responsáveis as suas ações na rede. Folha Online


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Me engana que eu gosto - CBF estuda intervenção no trabalho do técnico Dunga

Depois do vexame da seleção no Engenhão, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, vai aproveitar os próximos dias para avaliar o trabalho de Dunga no comando do time nacional.

O dirigente ficou irritado com a apatia da equipe em campo no empate contra a Bolívia, por 0 a 0, e cogita colocar uma espécie de interventor na comissão técnica da seleção.

Sem criatividade e lenta, a equipe não conseguiu superar os bolivianos, que atuaram com dez jogadores desde o início do segundo tempo, no Rio. A Bolívia ocupa a lanterna das eliminatórias e não pontuava fora de casa havia sete anos.

Apesar da situação confortável da seleção na tabela, Teixeira acredita que o time de Dunga não pode permanecer tão irregular na competição e estuda mudanças no comando técnico no restante das eliminatórias.

Com o empate no Engenhão, a equipe está em segundo lugar nas eliminatórias, com 13 pontos, atrás apenas do Paraguai, com 17 pontos. Mesmo assim, o time ainda não conseguiu vencer os dois jogos que disputou em cada mês no torneio.

Além da campanha inconstante nas eliminatórias, o time comandado por Dunga fracassou nos Jogos de Pequim, no mês passado. Com Ronaldinho, convocado por Teixeira, em campo, a equipe olímpica ficou com o bronze e não teve nenhuma atuação empolgante no torneio realizado na China.

O dirigente avalia que um treinador experiente poderá ajudar Dunga até o Mundial da África do Sul, que será disputado em 2010. Antes de assumir o cargo após o Mundial de 2006, o capitão da seleção no Mundial dos EUA em 1994 nunca tinha trabalhado como técnico.

Para dar mais força aos partidários da intervenção na CBF, o principal auxiliar de Dunga na CBF é o ex-lateral Jorginho, que tem pouco experiência como treinador. Ele apenas comandou o América, quando o time foi vice-campeão da Taça Guanabara em 2006.

Por isso, Teixeira estuda a possibilidade de incluir um treinador experiente na comissão de Dunga. Ele já foi aconselhado por amigos a tomar tal atitude, mas o dirigente quer aguardar pelo menos uma semana. O nome do profissional ainda não está fechado.

A nomeação de um interventor no trabalho da comissão técnica da seleção não será novidade na administração de Ricardo Teixeira. Ele já interveio em outras oportunidades. Em 1998, nomeou Zico às vésperas do embarque da seleção de Zagallo para a França.

Em 2002, nas conturbadas eliminatórias para o Mundial de 2002, o presidente da CBF nomeou Antônio Lopes como "seu representante" na comissão técnica que tinha Emerson Leão como comandante.

Nos dois casos, o trabalho dos interventores não deu muito resultado. Eles ficaram praticamente isolados.

Quarta-feira, no Engenhão, Dunga disse que não pediria demissão e debitou o péssimo desempenho da equipe da ansiedade dos jogadores.

No final da partida, como já acontecera em outras oportunidades, o treinador foi hostilizado pelo torcedores. Além dos gritos de "burro", Dunga teve que ouvir a torcida pedir sua saída do cargo. Folha Online


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Lula decide pelo afastamento definitivo de Lacerda da Abin

A revelação de que havia 52 agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na Operação Satiagraha, da Polícia Federal, selou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de retirar definitivamente o delegado Paulo Lacerda do comando da agência. Lacerda foi afastado temporariamente no dia 1º, depois da divulgação do grampo de uma conversa telefônica entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

Com Lacerda, outros três integrantes da cúpula da Abin foram afastados: o vice José Milton Campana, o chefe do Departamento de Contra-Inteligência, Paulo Maurício Fortunato Pinto, e o assessor especial da presidência, Renato Porciúncula. O Estado apurou que, como Lacerda, nenhum dos três voltará ao posto que ocupava na Abin. O Palácio do Planalto está certo de que, além da polêmica das maletas de fazer varreduras e grampos - levantada pelo ministro Nelson Jobim (Defesa), na reunião da Coordenação Política, na semana passada -, a Operação Satiagraha era uma investigação mais de Lacerda do que do delegado que a comandava, Protógenes Queiroz. Afinal, enquanto a PF mobilizou 23 profissionais, entre delegados, agentes, escrivães e peritos, a Abin liberou 52 agentes para trabalhar com Protógenes.

Os problemas políticos gerados pela Operação Satiagraha não afetarão, porém, o general Jorge Felix, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e o ministro da Justiça, Tarso Genro. Quando estourou o escândalo, Felix chegou a pôr o cargo à disposição, mas Lula descartou a possibilidade de sua saída. O diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, também estaria a salvo, apesar de ter revelado falta de controle sobre o que se passa no órgão que comanda.

Além de Lacerda, as atenções do governo estão centradas em Protógenes. Por ter convocado Francisco Ambrósio do Nascimento para a Operação Satiagraha - um ex-agente do Serviço Nacional de Informações (SNI), órgão de inteligência do regime militar -, o Planalto considera ?liquidada? a carreira do delegado.

Embora se queixe de falta de apoio da direção da PF, Protógenes teve a seu dispor, nos dez meses em que comandou a Satiagraha, uma equipe de tamanho considerável. Levantamento que a PF está fazendo, a pedido do Ministério Público, mostra que os recursos, equipamentos e pessoal mobilizado colocam a Satiagraha entre as cinco maiores ações dos últimos três anos.

Isso inclui as três maiores operações do período: a Navalha, que prendeu 47 pessoas em maio de 2007 acusadas de fraude em licitações, corrupção e desvio de dinheiro público; a Furacão, que investigou um megaesquema de venda de liminares em favor de casas de bingos e caça-níqueis, e a Dilúvio, que desarticulou um esquema gigantesco de fraudes no comércio exterior. Nas três, foram mobilizados, na fase investigativa, entre 21 e 30 policiais. Agência Estado


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Opinião do Estadão: Praga difícil de erradicar

Três semanas depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter expedido a Súmula Vinculante nº 13, proibindo os dirigentes de todas as instâncias dos Três Poderes de contratar parentes até o terceiro grau para ocupar cargos de confiança, de comissão e de função gratificada na administração pública direta e indireta, ainda há grandes resistências ao cumprimento da determinação.

Dada a extensão do entranhamento desse costume em todos os níveis da administração pública, essa resistência já era esperada. O que causa surpresa é a desfaçatez com que muitos prefeitos, governadores, deputados e senadores tentam disfarçar, do ponto de vista jurídico-formal, o descumprimento da Súmula que o STF baixou com o objetivo de moralizar a máquina governamental.

Na Câmara dos Deputados e em várias Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais, há parlamentares que continuaram recorrendo ao chamado "nepotismo cruzado", estratégia pela qual um parlamentar emprega em seu gabinete o parente de um colega e vice-versa. O expediente é expressamente proibido pela determinação do STF. Nas poucas Casas Legislativas cujos dirigentes se revelaram mais rigorosos na aplicação da Súmula Vinculante nº 13, as demissões de pais, irmãos, filhos, netos, primos e cunhados vêm sendo realizadas a conta-gotas.

No Senado, diante da demora de alguns parlamentares em exonerar parentes, a Mesa Diretora lavou as mãos. Em vez de cobrar as demissões, ela resolveu deixar a responsabilidade de cumprir a Constituição a cargo de cada senador. Além disso, a Mesa não fixou um prazo para que providências sejam tomadas. Os boletins da Casa mostram que só o primeiro-secretário, senador Efraim Moraes (DEM-PB), já apadrinhou 23 pessoas, 13 de sua família e 10 ligadas a aliados na Paraíba, indicando-as para cargos de comissão e função gratificada. Várias delas nunca foram vistas nos escritórios do senador em Brasília e em João Pessoa. Alguns senadores vêm tentando transferir parentes para os gabinetes das lideranças partidárias e do direitor-geral do Senado, alegando que a Súmula do STF não se aplica àqueles cargos de confiança. "Esperamos que cada senador cumpra a ordem, por isso não discutimos possíveis punições", diz o 2º vice-presidente do Senado, Álvaro Dias (PSDB-PR).

Mais acintosa ainda foi a estratégia utilizada pelo governador do Paraná, Roberto Requião, que emprega três parentes. No mesmo dia em que o Supremo baixou a Súmula Vinculante, Requião assinou o Decreto 3.302, nomeando a mulher, Maristela, que é diretora do Museu Oscar Niemeyer (MON), para o cargo de "secretária especial", sem pasta definida. E, dias depois, nomeou seu irmão Eduardo, que até então era diretor da Superitendência de Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, para o cargo de secretário estadual de Transportes. Ao justificar a medida, o chefe da Casa Civil do governo paranaense, Rafael Iatauro, afirmou que a Súmula Vinculante nº 13 não se aplica a esse tipo de cargo, que é de natureza política. Iatauro disse ainda que João Arruda, o sobrinho de Requião que é diretor da Companhia de Habitação do Paraná, não deverá ser afastado, por ter sido indicado para o cargo pelo Conselho de Administração da empresa, na qual o governo estadual tem direito a dois assentos.

O mesmo expediente também foi utilizado no Rio de Janeiro pelo prefeito Cesar Maia, com o objetivo de favorecer a irmã, Ana Maria, que ocupava um cargo de confiança na Secretaria Especial de Eventos. Maia, que já emprega a cunhada Carmem, como presidente da Fundação Planetário, a sobrinha Anita, como presidente da RioZoo, e o sobrinho Carlos, como subsecretário de assuntos administrativos, nomeou Ana Maria como titular da Secretaria Especial de Eventos. Ao assinar a nomeação, o próprio prefeito confirmou que a manobra se destinava a contornar a determinação do Supremo. "Ela (a irmã) continua a fazer o que sempre fez, ganhando o mesmo que ganhava."

As artimanhas dos políticos para contornar a decisão da mais alta Corte da Justiça mostram como é difícil erradicar a praga do nepotismo. Cabe ao Ministério Público ficar atento, para coibir a chicana de governantes e parlamentares.


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Garibaldi diz que decisão do STF em relação a CPI da Câmara cria precedente perigoso

O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, criticou, nesta quinta-feira (11), o Supremo Tribunal Federal (STF) por ter negado o acesso da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Escutas Clandestinas, da Câmara dos Deputados, aos dados sigilosos das operações Chacal e Satiagraha da Polícia Federal. A CPI pretendia ter acesso a informações dos discos rígidos do Banco Opportunity, de Daniel Dantas.

- Como cidadão e como presidente do Senado, não posso deixar de dizer que esse é um precedente perigoso. Nós, os presidentes da Câmara e do Senado, temos que nos unir e procurar um entendimento com o Supremo, como fizemos na CPI dos Bingos, para que a CPI não veja todos os seus pedidos negados- disse.

O presidente ressaltou que não conhece detalhes dos trabalhos da CPI da Câmara, já que ela é exclusiva daquela Casa, mas observou que aquela comissão parlamentar de inquérito poderá ficar em uma situação vexatória se lhe forem negados os instrumentos necessários para prosseguir a investigação.

Em sua avaliação, o não atendimento pela Justiça de solicitações das CPIs - instrumentos da minoria - "pode se tornar um fato lastimável e perigoso para a democracia". Agência Senado


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Chávez expulsa embaixador dos Estados Unidos

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, seguiu decisão do governo da Bolívia nesta quinta-feira e também ordenou a expulsão do embaixador dos Estados Unidos de seu país. O diplomata Patrick Duddy tem um prazo de 72 horas para deixar a Venezuela.
Chávez, que ordenou ainda a saída de seu corpo diplomático de Washington, disse que tomava a decisão em apoio ao governo de Evo Morales, um de seus principais aliados na América do Sul.

"Para que a Bolívia saiba que não está sozinha. Tem 72 horas, a partir deste momento, o embaixador ianque em Caracas para sair da Venezuela, em solidariedade à Bolívia e ao povo da Bolívia", afirmou Chávez em um ato de campanha política no Estado de Carabobo.
Horas antes, o governo boliviano anunciava prazo semelhante para que o embaixador dos Estados Unidos na Bolívia, Philip Goldberg, deixe o país.

Morales enfrenta há três dias uma das piores crises de seu governo, com uma escalada da violência realizada por grupos separatistas opositores, considerados a elite boliviana.

"Já basta de tanta merda de vocês (...) aqui há um povo digno, ianques de merda", disse Chávez.

No ínicio do mês, Chávez já havia ameaçado expulsar o embaixador americano por criticar a política de combate ao narcotráfico do governo venezuelano.

''(Há) milhões de nós dispostos a brigar pela Bolívia", acrescentou diante de milhares de simpatizantes que o ovacionavam com o coro: "Assim, assim, assim que se governa".

Sem petróleo

O mandatário venezuelano voltou a ameaçar cortar o abastecimento de petróleo dos Estados Unidos se Washington atacar seu país e afirmou que só restabelecerá os canais diplomáticos com o governo americano quando este país tiver outro presidente.

Mais cedo, Chávez ameaçou intervir na Bolívia e apoiar um movimento armado boliviano para "restituir o governo" caso a oposição derrube Morales ou "tente matar" o mandatário boliviano.

O presidente venezuelano acusou também o governo dos Estados Unidos de estar por trás de um plano de golpe de Estado que, supostamente, estava sendo planejado por oficiais das Forças Armadas venezuelanas, e que foi "revelado" na noite desta quarta-feira em um programa do canal oficial VTV.

A revelação das gravações telefônicas com o plano para a tomada do Palácio de Governo e um suposto assassinato de Chávez foi o tema central das discussões entre os venezuelanos nesta quinta-feira e pautou quase que a totalidade da programação do canal oficial.

No início da noite desta quinta-feira, milhares de simpatizantes do governo se concentraram do lado de fora do Palácio de Miraflores, em uma manifestação convocada pelo partido do governo, PSUV, para "rechaçar as tentativas golpistas" e expressar apoio ao presidente.

Em 2002, um golpe de Estado organizado pela oposição empresarial e apoiado pelos meios de comunicação fracassou. Com manifestações populares e com o apoio de militares constitucionalistas, Chávez regressou ao poder em 48 horas. BBC Brasil


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quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Asqueroso: Brasil descarta reconhecer governo imposto por golpe na Bolívia

O governo brasileiro não vai reconhecer um governo que assuma o poder na Bolívia por meio de um golpe de Estado, disse nesta quinta-feira o assessor para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia.

"O Brasil não reconhecerá o governo que queira substituir um governo democraticamente constituído", disse Garcia, admitindo a preocupação do governo brasileiro com a crise boliviana.

Esta semana, a oposição intensificou os protestos em cinco dos nove departamentos (Estados) da Bolívia e os choques com a polícia deixaram quatro mortos. Um incêndio no gasoduto do consórcio Transierra - da qual fazem parte a Petrobras, a Andina-Repsol e a francesa Total -, causou uma redução de 10% no envio de gás ao mercado brasileiro.

Segundo o assessor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone com o presidente da Bolívia, Evo Morales, sobre a crise política que provocou ataques de manifestantes a um gasoduto, ameaçando o fornecimento de gás para o Brasil.

Lula também manteve contatos com os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Argentina, Cristina Kirchner, e há a expectativa de uma conversa ainda nesta quinta-feira com Michelle Bachelet, do Chile.

Segundo o assessor, o Grupo de Países Amigos da Bolívia (Brasil, Colômbia e Argentina), pode enviar seus diplomatas a La Paz para tentar intermediar as negociações entre o governo de Evo Morales e a oposição. Garcia também informou que a Força Aérea brasileira está preparada para levar imediatamente o secretário-executivo do ministério das Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães, para a Bolívia.

"Quando há situação de agravamento, as pessoas podem sofrer duas tentações. Levar o enfrentamento às últimas conseqüências. Essa é a pior solução. E a outra possibilidade é que, as partes entendam que só há um caminho, o da negociação", ponderou.

"Atos terroristas"

Marco Aurélio Garcia classificou de "terroristas" os ataques às instalações para o transporte de gás para o Brasil. "Compreendo que atos terroristas, como foram os atentados às instalações de gás, dificultam esse diálogo, mas mantemos a esperança que esse diálogo possa ser restabelecido em determinado momento", afirmou.

"Não estou caracterizando a oposição boliviana como terrorista. São atos terroristas e espero que sejam condenados pelos prefeitos da Media Luna, região em conflito com o governo central. Esses atos são intoleráveis", acrescentou.

No entanto, o assessor para assuntos internacionais da presidência descartou ajuda militar para a Bolívia e negou que o tema tenha sido tratado com Morales. "Ajuda militar não está sendo analisada pelo governo brasileiro, mas apenas medidas de natureza diplomática", garantiu Garcia.

Segundo ele, o presidente Morales disse que as Forças Armadas da Bolívia foram deslocadas para proteger as instalações de gás, mas há a preocupação de confronto com os manifestantes. Garcia disse ainda que Morales mostrou-se pessimista na conversa com o presidente Lula em relação à retomada do diálogo com a oposição. Agência Estado


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Isso vai dar côsa: Estados Unidos retaliam Morales e expulsam embaixador da Bolívia no país

gustavo_guzman Em retaliação ao presidente Evo Morales, o governo dos Estados Unidos decidiu hoje expulsar do país o embaixador da Bolívia no país, Gustavo Guzmán. A medida, alegou o Departamento de Estado norte-americano, seguiu os princípios diplomáticos internacionais, segundo os quais um país pode reagir a ações hostis de um país com medidas semelhantes.

“Em resposta a uma ação desmotivada e de acordo com a Convenção de Viena [acordo do século 19 que rege a diplomacia internacional], informamos oficialmente o governo da Bolívia da nossa decisão de declarar o embaixador boliviano nos Estados Unidos, Gustavo Guzmán, persona non grata”, informou o Departamento de Estado em nota.

Hoje (11), o governo brasileiro reiterou o apoio ao governo de Evo Morales. O assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, afirmou que o Brasil não irá tolerar "uma ruptura do ordenamento institucional boliviano".

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, defendeu uma intervenção na Bolívia em caso de golpe. Chávez disse que apoiará qualquer movimento armado, caso a oposição derrube o governo de Morales.

Até o momento, os conflitos na Bolívia já deixaram oito mortos e 20 feridos.

Ontem (10), o presidente boliviano, Evo Morales, decidiu expulsar o embaixador norte-americano no país vizinho, Philip Goldberg. O chefe de Estado alegou que o diplomata atuava de forma antidemocrática e conspirava contra a unidade do país.

Ao anunciar a retirada do embaixador, Morales, afirmou ainda que a decisão representa uma homenagem à “luta histórica do povo boliviano contra o modelo neoliberal e contra toda forma de ingerência estrangeira”.

Hoje mais cedo, o Departamento de Estado tinha emitido comunicado em que considerava um erro grave a expulsão de Goldberg. O governo dos Estados Unidos alegou que o ato de Morales prejudicou as relações entre os dois países e terá impacto principalmente no auxílio fornecido pelos norte-americanos no combate ao tráfico de drogas e em projetos de desenvolvimento. Folha Online


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O que é trombose?

Trombose - ilustracao

Trombo (gr. Thrómbos) significa coágulo sangüíneo. Trombose é a formação ou desenvolvimento de um trombo.
A trombose pode ocorrer em uma veia situada na superfície corporal, logo abaixo da pele. Nessa localização é chamada de tromboflebite superficial ou simplesmente tromboflebite ou flebite.
Quando o trombo se forma em veias profundas, no interior dos músculos, caracteriza a trombose venosa profunda ou TVP.
Em qualquer localização, o trombo irá provocar uma inflamação na veia, podendo permanecer restrito ao local inicial de formação ou se estender ao longo da mesma, provocando sua obstrução parcial ou total.

Como se apresenta?

Nas veias superficiais, ocorre aumento de temperatura e dor na área afetada, além de vermelhidão e edema (inchaço).
Pode-se palpar um endurecimento no trajeto da veia sob a pele.
Nas veias profundas, o que mais chama a atenção é o edema e a dor, normalmente restritos a uma só perna. O edema pode se localizar apenas na panturrilha e pé ou estar mais exuberante na coxa, indicando que o trombo se localiza nas veias profundas dessa região ou mais acima da virilha.

Por que o sangue se coagula na veia?

Nosso corpo é dotado de mecanismos que mantém constante o seu equilíbrio. No sangue há fatores que favorecem a coagulação do sangue, chamados procoagulantes, e fatores que inibem a formação de coágulos, chamados anticoagulantes, responsáveis pela manutenção do sangue em estado líquido. Quando ocorre um desequilíbrio em favor dos procoagulantes, desencadeia a formação do trombo.
Os fatores que favorecem a coagulação são classificados em três grupos:
1 – Estase – é a estagnação do sangue dentro da veia. Isto ocorre durante a inatividade prolongada, tal como permanecer sentado por longo período de tempo (viagens de avião ou automóvel), pessoas acamadas, cirurgias prolongadas, dificuldade de deambulação, obesidade, etc.
2 – Traumatismo na veia – qualquer fator que provoque lesão na fina e lisa camada interna da veia, tais como trauma, introdução de medicação venosa, cateterismo, trombose anterior, infecções, etc., pode desencadear a trombose.
3 – Coagulação fácil ou Estado de hipercoagulabilidade – situação em que há um desequilíbrio em favor dos fatores procagulantes. Isto pode ocorrer durante a gravidez, nas cinco primeiras semanas do pós-parto, uso de anticoncepcionais orais, hormonioterapia, portadores de trombofilia (deficiência congênita dos fatores da coagulação), etc.

Diagnóstico

O médico pode diagnosticar uma tromboflebite superficial apenas baseado nos seus sintomas e examinando a veia afetada (sob a pele). No entanto, a TVP pode se apresentar com sintomas não tão exuberantes, dificultando seu diagnóstico. Para ter segurança, o médico pode solicitar exames especiais como o Eco Color Dopper ou a flebografia. Há quem solicite um exame de sangue para dosagem de uma substância, chamada Dímero D, que se apresenta em níveis elevados quando ocorre uma trombose aguda. Embora o teste do Dímero D seja muito sensível, não é muito conclusivo, visto que ele pode estar elevado em outras situações.

Complicações

A tromboflebite superficial raramente provoca sérias complicações; as veias atingidas podem, na maioria das vezes, ser retiradas com procedimento cirúrgico, eliminando as chances de complicar. No entanto, se a trombose é numa veia profunda, o risco de complicações é grande.

Complicações imediatas ou agudas – a mais temida é a embolia pulmonar. O coágulo da veia profunda se desloca, podendo migrar e ir até o pulmão, onde pode ocluir uma artéria e colocá-lo em risco de vida.
Complicações tardias – tudo se resume numa síndrome chamada Insuficiência Venosa Crônica (IVC), que se inicia com a destruição das válvulas existentes nas veias e que seriam responsáveis por direcionar o sangue para o coração. O sinal mais precoce da IVC é o edema, seguido do aumento de veias varicosas e alterações da cor da pele. Se o paciente não é submetido a um tratamento adequado, segue-se o endurecimento do tecido subcutâneo, presença de eczema e, por fim, a tão temida úlcera de estase ou úlcera varicosa.

Tratamento

O tratamento só deve ser instituído por um especialista. As informações aqui expostas têm como objetivo único lhe orientar para que procure um médico logo que notar qualquer dos sintomas acima relatados. Nunca se automedique.

Se a trombose é superficial, recomenda-se cuidados especiais, tais como aplicação de calor na área afetada, elevação das pernas e uso de antiinflamatórios não esteróides por um período de uma a duas semanas. Deve-se retornar ao especialista, a fim de avaliar a necessidade de tratamento cirúrgico.

Na TVP pode ser necessário manter-se internado durante os primeiros dias, a fim de fazer uso de anticoagulantes injetáveis (Heparinas). Estes previnem o crescimento do trombo e diminuem o risco de embolia pulmonar. Atualmente, pode-se evitar a hospitalização com o uso de heparinas de baixo peso molecular, injetados pelo próprio paciente no espaço subcutâneo da barriga. Depois do tratamento com Heparina, deve-se continuar com o uso de anticoagulantes orais (Warfarin) por um período de três a seis meses. Concomitante com esta medicação, o paciente deve fazer repouso com as pernas elevadas e fazer uso de meia elástica adequada à sua perna. Alguns medicamentos que interferem na ação dos anticoagulantes são proibidos neste período. O médico deve ser consultado sempre que julgar necessário fazer uso de outro tipo de medicação.
Existe procedimentos de exceção para coibir complicações, tais como: colocação de filtro de veia cava, remoção do coágulo (trombectomia) e angioplastia com stent (dispositivo aramado e recoberto com um tecido, o qual evita que a veia se feche novamente).

Prevenção

A principal providência é combater a estase venosa, isto é, fazer o sangue venoso circular, facilitando seu retorno ao coração.

Dentro do possível, atente para estas recomendações:
• Faça caminhadas regularmente.
• Nas situações em que necessite permanecer sentado por muito tempo, procure movimentar os pés como se estivesse pedalando uma máquina de costura.
• Quando estiver em pé parado, mova-se discretamente como se estivesse andando sem sair do lugar.
• Antes das viagens de longa distância, fale com seu médico sobre a possibilidade de usar alguma medicação preventiva.
• Quando permanecer acamado, faça movimentos com os pés e as pernas. Se necessário, solicite ajuda de alguém.
• Evite qualquer uma daquelas condições que favorecem a formação do coágulo dentro da veia, descritas anteriormente.
• Evite fumar e o sedentarismo.
• Controle seu peso.
• Se você necessita fazer uso de hormônios ou já foi acometido de trombose ou tem história familiar de tendência à trombose (trombofilia), consulte regularmente seu médico.
• Use meia elástica se seu tornozelo incha com freqüência.
• Nunca se automedique.

Fonte: Sociedade Brasibeila de Angiologia e Cirurgia Vascular


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Sete anos depois: Obama e McCain fazem trégua e homenageiam vítimas de 11 de Setembro

Em uma semana marcada por ataques e réplicas, os candidatos à Casa Branca, Barack Obama e John McCain, fizeram uma trégua em memória às vítimas dos atentados terroristas de 11 de Setembro e apareceram juntos pela primeira vez desde que foram oficialmente nomeados.

No sétimo ano da tragédia, que deixou quase 3.000 mortos, Obama apelou à renovação do "espírito de serviço e sentimento de objetivo comum" dos cidadãos e das equipes que trabalharam no resgate às vítimas.

Em declaração escrita, Obama disse que "no 11 de Setembro, os americanos de todo o país se uniram para estar com as famílias das vítimas, doar sangue, oferecer sua caridade e rezar pelo país".

Deixando os ataques políticos de lado, o democrata lembrou ainda que os "terroristas responsáveis pelo 11 de Setembro ainda estão soltos e devem ser levados à justiça". Obama defende um aumento das tropas de combate americanas no Afeganistão, onde, segundo ele, estão os verdadeiros responsáveis pelos atentados. Ele diz ainda que a Guerra do Iraque distraiu os americanos do objetivo central na guerra contra o terror.

"Devemos vencer as redes terroristas, defender a pátria americana, defender os valores americanos que tanto prezamos, buscam um novo momento de liberdade entre nós e todo o mundo", completou Obama, em comunicado.

O republicano McCain também aproveitou o momento para lembrar do heroísmo dos americanos. Desde Shanksville, Pensilvânia, onde caiu um doa aviões seqüestrados pelos terroristas, "nenhum americano deveria jamais duvidar do heroísmo que ocorreu sobre os céus deste campo em 11 de setembro de 2001".

"Pensava-se que os terroristas do vôo 93 da United [Airlines] poderiam tentar lançar o avião contra o Capitólio", lembrou McCain, sobre a tentativa frustada pelos americanos.

"Eles, e possivelmente eu, devemos nossas vidas aos passageiros que se armaram com o valor e o amor necessários para negar seu terrível triunfo a nossos depravados e odiosos inimigos", disse, em breve discurso próximo ao Marco Zero, onde ficavam as torres gêmeas do World Trade Center.

McCain --ex-piloto da Marinha e prisioneiro da Guerra do Vietnã (1964 a 1975)-- afirmou ainda ter sido "testemunha de atos de grande coragem e sacrifício por amor aos Estados Unidos, mas nenhum tão grande como o destas boas pessoas que compreenderam a gravidade do momento, entenderam a ameaça e decidiram lutar ao custo de suas vidas".

"A única forma que temos de agradecê-los é tentarmos ser tão bons americanos quanto eles foram. Podemos não estar a sua altura, mas temos que honrar o esforço", disse.

Aparição

Os dois presidenciáveis apareceram juntos no Marco Zero de Nova York. Em pleno centro de Manhattan, os dois surgiram protegidos por um forte esquema de segurança. Eles ofereceram um tributo silencioso e uma coroa de flores em memória às vítimas.

McCain e Obama aparecerão juntos também em um fórum sobre serviço e compromisso público organizado pela Universidade de Columbia, no fim da tarde.

Além da trégua nos discursos, os dois presidenciáveis decidiram suspender todas as propagandas de televisão nas quais se atacam, um ato em respeito às vítimas do pior atentado da história dos EUA. Folha Online


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Opinião: Lula quer escalar Aldo na Defesa para atacar Jobim e garantir escalação de Dilma para sucessão presidencial

cacalhada

Jorge Serrão

O chefão Lula da Silva adiou a divulgação do novo Plano Nacional de Defesa porque planeja uma dança da cadeira nos ministérios, em função da sucessão de 2010. Lula tenta diminuir a influência de Nelson Jobim – que tenta se viabilizar como candidato presidencial pelo PMDB. A intenção de Lula tirá-lo do cargo de ministro da Defesa, o mais depressa possível e com algum desgaste. O novo titular da pasta, na cabeça do presidente, é o comunista Aldo Rebello.

Lula agiu estrategicamente ao liberar Tarso Genro para alimentar a crise dos grampos contra Jobim. Os dois saíram desgastados do episódio, e abriu-se mais espaço para a Favorita de Lula: Dilma Rousseff, que insiste na demissão do general Jorge Félix, chefe do Gabinete de Segurança Institucional. Lula agora articula a indicação de um vice do PMDB para a chapa de sua candidata Dilma Rousseff. Lula já falou do assunto com integrantes da cúpula pemedebista, ministros e governadores. Mas os caciques peemedebistas desconfiam do PT e já avisam que não se sentem obrigados a nada em 2010.

Na complicada escalação de seu time, Lula já sabe que quer Aldo na Defesa. Mas não sabe o que fazer com Jobim e com Tarso (dois gaúchos que se aturam e rivalizam pessoalmente deste os tempos da faculdade de Direito). Escalar Jobim para o mesmo cargo que ocupou na Era FHC seria prestigiá-lo demais. Neste caso, para onde mandaria Tarso? Assim que Lula desvendar tal dúvida, desencadeia mais uma dança das cadeiras em seu ministério. Alerta Total


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Heráclito anuncia reconvocação de Félix, Lacerda, Corrêa e Fortunato

Ao discursar nesta quinta-feira (11), o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) anunciou que vai reconvocar o ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Armando Félix, o diretor-geral da Agência Brasileira de Informações (Abin), Paulo Lacerda (temporariamente afastado), o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Luiz Fernando Corrêa, e o diretor de Contra-Inteligência da Abin, Paulo Maurício Fortunato Pinto (também afastado), para prestarem novo depoimento à Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso Nacional (CCAI).

Heráclito, que preside a CCAI, argumentou que algumas informações colhidas nos depoimentos dessas autoridades na terça-feira (9) foram "completamente diferentes" das declarações prestadas" na CPI das Escutas Telefônicas Clandestinas da Câmara dos Deputados.

- Diante da gravidade desse fato, não nos resta outro caminho a não ser reconvocar os mesmos cidadãos para prestarem esclarecimentos novamente naquela comissão. E marcamos essa convocação para a próxima quarta-feira (17) - avisou Heráclito, acrescentando que os depoimentos serão posteriormente enviados para a Presidência da República e para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolívia

Heráclito, que é também presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), aproveitou para declarar sua solidariedade ao povo boliviano, em virtude dos recentes conflitos naquele país.

- Que a democracia, que é um valor tão caro para nós sul-americanos, não seja, de maneira nenhuma, abalada ou colocada em risco: são os votos que faço como presidente da Comissão de Relações Exteriores, mas, acima de tudo, como senador da República e como cidadão brasileiro - disse Heráclito. Agência Senado


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Um tapa no escórno dum istepô desse: Dunga diz que fica na seleção

Treinador afirma que vai continuar trabalho e que Brasil nunca teve vida fácil nas eliminatórias. Conmebol diz que tetracampeão 'balança'

Mesmo sendo vaiado e hostilizado pelos torcedores que compareceram no Engenhão, nesta quarta-feira, e acompanharam o empate em 0 a 0 da seleção brasileira com a Bolívia, o técnico Dunga afirmou que não vai deixar o cargo de comandante do time canarinho. Para o treinador, a equipe vai continuar tendo dificuldades nas elminatórias para a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul.

- Vou continuar o meu trabalho, aquilo que foi combinado com o presidente, a postura da seleção brasileira. Vamos encontrar dificuldades, isso é normal. A seleção nunca teve vida fácil nas eliminatórias. Em 2001, na Copa do Mundo do Japão, o Brasil se classificou na última rodada. Em 93, o Brasil se classificou na última rodada. Então, não é esse mar de rosas. Às vezes, as pessoas pensam que o Brasil costuma passear nas eliminatórias. Nos jogos contra o Brasil, as equipes marcam muito, jogam totalmente atrás e vão dificultar o nosso trabalho - diz o treinador.

O treinador comentou a postura defensiva da Bolívia no confronto desta quarta-feira e afirmou que os atletas brasileiros não conseguiam dominar a bola de primeira para dar velocidade aos lances. Para ele, a ansiedade para repetir a atuação da vitória por 3 a 0 sobre o Chile atrapalhou os seus comandados.

- Cada partida tem a sua história. O time que joga contra o Brasil é assim. A Bolívia veio com uma proposta e não deu para darmos velocidade ao jogo. Isso dificultou muito. A ansiedade de querer fazer um bom jogo atrapalhou e começamos a lançar essa bola pelo meio. Isso atrapalhava muito, não deu para dar a velocidade que é habitual. A gente tinha que dar dois, três toque para dominar a bola. Isso complicou o nosso estilo de jogo.

Site da Conmebol critica

O site da Conmebol criticou a atuação da seleção diante da Bolívia na sua crônica sobre a partida. Robinho, Ronaldinho e, especialmente, Dunga são criticados.
- Robinho e Ronaldinho estiveram completamente desaparecidos. Ele (Dunga) voltou à corda bamba – escreve a publicação. GloboEsporte


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Se a moda pega no Brasil… - Cão é ouvido como 'testemunha' em caso de morte na França

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Um cão foi 'ouvido' como testemunha na investigação de uma misteriosa morte ocorrida há dois anos e meio em um subúrbio de Paris.

O animal foi trazido ao caso para reforçar a tese de que sua dona, uma mulher de 59 anos encontrada enforcada em seu apartamento em Nanterre, nas proximidades da capital francesa, foi vítima de um assassinato.

A tese, defendida pela família, contraria a posição da polícia, que não lançou uma investigação completa de assassinato por falta de evidências.

Para aportar elementos às investigações, o juiz Thomas Cassuto decidiu confrontar um possível suspeito com o cachorro, que se acredita ter sido a única 'testemunha ocular' do crime.

A 'acareação' foi realizada em julho passado com a ajuda de dois psicólogos veterinários, segundo informação veiculada na rádio France Info e reconfirmada pela mídia local.

Notas

Um funcionário do tribunal ficou responsável por tomar notas cuidadosas sobre o comportamento do cachorro ao longo de todo o período. Segundo a France Info e o canal de notícias LCI, o cão foi apresentado a dois suspeitos.

Entretanto, de acordo com o periódico satírico Le Canard Enchainé, o animal não teria demonstrado "reação significativa" senão em um determinado momento – quando se agitou próximo de um policial que cuidava do animal.

"Esse latido, certamente um tanto banal, não pode ser desconsiderado", afirmou um advogado à rádio Franco Info, em declarações reproduzidas no diário Le Figaro.

"Ele aporta (evidências) a uma linha de investigação longa e complexa, à qual várias outras evidências já foram recolhidas."

"Não seria portanto o determinante para condenar qualquer pessoa com base nessa confrontação", ele acrescentou.

A história mais diverte que convence magistrados escutados pela mídia francesa. "Quando nos damos conta da fragilidade de um testemunho humano, que pensar do testemunho canino?", questionou um à rádio France Info.

Já o presidente do sindicato dos magistrados disse ao canal de notícias LCI disse que um cão "não pode ser testemunha" em um processo. Ele qualificou a história de "inédita".

Outras fontes escutadas pela imprensa francesa lembraram que os dois anos e meio decorridos entre o incidente e os dias atuais correspondem a 17 anos na vida de um cachorro, o que fragilizaria ainda mais as possíveis memórias do cão sobre o evento.

O caso continua. BBC Brasil


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Opinião do Estadão: Escalada de violência na Bolívia

Há duas semanas, grupos que se opõem a Evo Morales bloqueiam estradas e ocupam prédios públicos. Chegaram a impedir que o helicóptero que transportava o presidente da Bolívia pousasse em várias cidades que ele pretendia visitar. Na segunda-feira, ocuparam os postos de alfândega e imigração nas fronteiras com o Brasil e a Argentina e tomaram vários escritórios da empresa estatal de petróleo e coletorias federais. Ontem, sabotaram gasodutos, provocando a interrupção parcial do fornecimento do combustível para o Brasil e total para a Argentina.

Nos cinco Departamentos (Estados) da “meia-lua” - Santa Cruz, Beni, Pando, Tarija e Chuquisaca - pratica-se o que chamam de “desobediência civil”, mas já assume ares de franca e violenta rebeldia contra o governo central. Foi essa a resposta do Conselho Nacional Democrático, que reúne as autoridades regionais e os dirigentes cívicos dos cinco Departamentos, ao decreto baixado pelo presidente Evo Morales, no final de agosto, convocando para o dia 7 de dezembro referendos para a aprovação da nova Constituição e para a substituição de dois governadores que foram destituídos no referendo de 10 de agosto.

Evo Morales interpretou mal os resultados daquela consulta popular. Com seu mandato confirmado por cerca de 67% dos eleitores, entendeu isso como um sinal de que a maioria da população apóia as drásticas mudanças institucionais que ele pretende fazer, dando autonomia aos povos indígenas - mas não aos Departamentos -, ampliando a intervenção do Estado na economia, instituindo a reeleição para a presidência e criando conselhos comunais que se sobrepõem aos sistemas legislativo e judiciário tradicionais.

Sentindo-se politicamente forte, repetiu o que fizera quando definiu a forma de aprovação da nova Constituição, votada num quartel, sem a presença da oposição: atropelou a Constituição e as leis vigentes. Em primeiro lugar, porque a Constituição determina que referendos só podem ser convocados pela Assembléia; em segundo, porque, por lei, só pode haver um referendo no ano e este já fora realizado.

Os governos dos seis dos nove Departamentos que se opõem a Evo Morales reagiram imediatamente, anunciando que em seus territórios não será realizado o referendo convocado pelo presidente. Como o Estado de Direito é uma ficção na Bolívia - os governadores de Beni, Pando, Tarija e Santa Cruz, por exemplo, realizaram referendos sobre a autonomia departamental ao arrepio da lei -, ninguém pensou em recorrer à Corte Suprema ou ao Tribunal Nacional Eleitoral. Os dirigentes do Conselho Nacional Democrático decidiram apoiar a decisão dos governadores da “meia-lua” e mobilizar a “resistência cívica”.

O presidente Evo Morales - que havia reconhecido que o decreto de convocação do referendo de dezembro, se não era legal, era legítimo - retaliou à sua maneira. Cortou os repasses aos Departamentos da parte que lhes cabe das receitas dos hidrocarbonetos. Esse “castigo” afetou as finanças tanto dos Departamentos produtores de petróleo e gás como dos mais pobres. Segundo as autoridades de Beni, por exemplo, na semana passada o Tesouro local não dispunha de mais de 20 mil bolivianos para atender a seus compromissos financeiros.
A sabotagem nos gasodutos e a ocupação das aduanas, dos escritórios da YPFB e das coletorias foram a resposta dos movimentos cívicos.

Nos últimos dois anos, na Bolívia não há lei a respeitar nem instituições que funcionem regularmente. O país está à mercê do arbítrio de um presidente que insiste em instituir uma forma de governo sui generis, baseado numa ideologia nacional-indigenista anacrônica e irresponsável, e um regime autoritário, à semelhança do que seu mentor Hugo Chávez vem praticando na Venezuela.
A oposição, por sua vez, não tendo instituições às quais apelar, está compreensivelmente reagindo nos termos em que Evo Morales colocou a disputa: com atos de arbítrio, a mobilização dos movimentos cívicos e políticas de fatos consumados.

A escalada é crescente, sem que haja, de parte a parte, disposição para negociar soluções de compromisso. O impasse caminha para um desfecho violento.


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É ele quem tá dizendo: Brasil esteve em 'coma' de 1980 a 2002, diz Lula

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (10), em Manaus (AM), na abertura da 4ª Feira Internacional da Amazônia, que desde o governo de Ernesto Geisel (1974-1979) não havia investimentos em infra-estrutura no Brasil.

Segundo Lula, Geisel "foi o último governo que investiu em infra-estrutura". "(...) A gente então ficou, de 1980 a 2002, atrofiado, como se estivesse em estado de coma, deitado em uma cama sem lembrar quem éramos, para onde íamos e da onde tínhamos vindo.".

O presidente destacou ainda, que quando o Geisel investiu em infra-estrutura, ele tomou muito dinheiro emprestado. "A gente se endividou. O Roberto Simonsen dizia para o Geisel: 'presidente não pode gastar tanto, isso vai custar caro'. Mas o dinheiro estava fácil", afirmou.

No entanto, segundo o presidente, seu governo estabeleceu "uma política de desenvolvimento sem endividamento externo". "Nós não estamos tomando dólares ou euros para fazer as nossas coisas. Nós estamos utilizando um potencial de investimento que o estado brasileiro construiu."

Até 2012 e 2014, conforme Lula, será investido R$ 1,4 trilhão em infra-estrutura no país. "Nunca aconteceu isso porque o Brasil nunca foi pensado na sua totalidade. O Brasil era pensado apenas em função das regiões que determinavam a ordem econômica do país."

Pré-sal

Em seu discurso, Lula disse ainda que o pré-sal "é a oportunidade para que, através da educação, a gente possa tirar esse país da pobreza secular a que ele foi submetido durante mais de um século". Para ele, o "Brasil encontrou o seu rumo".

Após o discurso, em entrevista, ao ser questionado sobre como recebeu o anúncio da confirmação das reservas de petróleo do poço de Iara, o presidente disse que é "uma coisa prazerosa, que significa que vamos garantir a nossa independência energética".
Segundo ele, os recursos provenientes da exploração de Iara vão permitir o desenvolvimento das indústrias naval e petrolífera e "gerar muito investimento em educação". Portal G1


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quarta-feira, 10 de setembro de 2008

EUA e Paquistão adotam guerra aérea na caça a Bin Laden, diz jornal

As buscas frustradas ao líder terrorista Osama bin Laden desde o 11 de Setembro de 2001, levaram os Estados Unidos e o Paquistão a rever a estratégia que estão aplicando na "guerra ao terror" e abordar novas técnicas, informou uma matéria do jornal "Washington Post" nesta quarta-feira.

Segundo a reportagem, as Forças Armadas dos dois países - que atuam em conjunto no combate ao Talebã no Afeganistão - decidiram intensificar os ataques usando os aviões espiões não-tripulados modelo Predator.

O número de ataques a míssil realizados por aeronaves como essa no Paquistão mais do que triplicaram este ano e autoridades paquistanesas reportaram 11 ataques, contra apenas 3 em 2007. "Os ataques são parte de um novo esforço dos EUA para destruir o comando central da Al Qaeda, que teve início no ano passado e ganhou incentivo extra com a aproximação do fim do mandato do presidente George W. Bush, segundo oficiais americanos e paquistaneses envolvidos nas operações", afirmou o jornal.

Desde dezembro de 2001, quando o Exército dos EUA enfrentaram militantes do Talebã em Tora Bora (Afeganistão) e Bin Laden escapou da CIA (a agência de inteligência americana), as autoridades dos dois países não conseguiram rastrear o paradeiro do chefe da Al Qaeda.

Autoridades americanas e paquistanesas afirmaram ao "Washington Post" que agora eles estão concentrando suas buscas em uma lista de outros líderes da organização terrorista, que foram mais localizados recentemente, "na expectativa de que suas pegadas possam levar a Bin Laden".

No entanto, como a CIA e as forças especiais americanas não podem operar livremente no Paquistão, a busca por Bin Laden e seus comandantes está cada vez mais se dando por ar. Os aviões Predator, equipados com câmeras que transmitem vídeos ao vivo via satélite, lançaram mísseis contra quatro alvos apenas em agosto. Desde janeiro, os ataques aéreos foram responsáveis pelas mortes de dois importantes líderes da Al Qaeda, pelos quais eram oferecidas recompensas de US$ 5 milhões de dólares.

Os méritos da abordagem aérea, porém, também são alvo crescente de debate nos EUA e Paquistão, já que o número de mortes de civis tem crescido justamente em conseqüência desses ataques. "Aumentar os ataques e errar são coisas diferentes", disse ao jornal um membro do Exército paquistanês, que preferiu não ter sua identidade revelada.

Caça a Bin Laden

Bin Laden, 51, era um dos principais terroristas procurado pelo governo dos EUA desde 1998, quando ele anunciou uma fatwa pregando ataques contra americanos e liderou atentados em duas embaixadas dos EUA na África.

Líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, autor dos atentados às torres do World Trade Center nos EUA em 11 de setembro de 2001

Sete anos depois dele ter arquitetado os ataques do 11 de Setembro, a inteligência americana acredita que Bin Laden use disfarces, esteja escondido na fronteira do Afeganistão com o Paquistão e evite o uso de aparelhos de comunicação que possam ajudar a rastrear sua localização.

O governo dos EUA oferece uma recompensa de US$ 25 milhões pela entrega de Bin Laden. No entanto, o chefe da Al Qaeda conta com apoio de líderes locais das regiões tribais fronteiriças do Afeganistão.

Seis dias depois de cerca de 3.000 pessoas terem morrido no 11 de Setembro, Bush prometeu capturar Osama bin Laden "vivo ou morto" e declarou "guerra mundial contra o terrorismo".

Outro grande obstáculo ao sucesso da Guerra no Afeganistão foi o início da Guerra no Iraque, em 2003. Com duas frentes de combate, os EUA tiveram de alocar recursos e reduziram sistematicamente sua presença no Afeganistão desde o início de 2002. Atualmente, 31 mil soldados americanos estão no país.

Batalhão extra

Nesta terça-feira, o presidente Bush anunciou sua última tacada estratégica para as tropas no Oriente Médio: a retirada gradual de 8.000 soldados do Iraque até fevereiro, de um total de 146 mil alocados no país, e uma brigada adicional de combate no Afeganistão.

Apesar de a violência no Iraque ter diminuído, a situação no Afeganistão se complicou gradualmente e o movimento talebã recobrou forças, principalmente no sul do país. De acordo com o anúncio de Bush, uma brigada que seria enviada ao Iraque em novembro mudará de destino e será deslocada ao Afeganistão, onde os EUA mantêm 31 mil homens atualmente.

"Os terroristas estão aumentando seus esforços na frente onde esta luta começou, a nação do Afeganistão", declarou Bush, que acrescentou que 'o sucesso no Afeganistão é básico para a segurança dos EUA e de nossos aliados'.

Os dois candidatos à Presidência dos Estados Unidos, o democrata Barack Obama e o republicano John McCain, criticaram nesta terça-feira (09) o plano do presidente americano, George W. Bush, de enviar um batalhão de reforço para a guerra no Afeganistão. Ambos consideraram a medida insuficiente.

"De acordo com o plano do presidente Bush, continuamos tendo quatro vezes mais soldados no Iraque do que no Afeganistão, e não possuímos um plano exaustivo para fazer frente à atuação da Al Qaeda no noroeste do Paquistão", destacou Obama.

O republicano McCain concordou e afirmou que são necessárias mais tropas no Afeganistão. Mas elogiou o anúncio de redução militar no Iraque, que segundo ele, "demonstra o sucesso de nossos esforços no país".

O aumento de soldados no Afeganistão será, de fato, pouco significativo. Dois batalhões americanos deixam o país em novembro e serão substituídos pela unidade extra que Bush citou em seu discurso, o que significa que o número de tropas no Afeganistão deverá, na realidade, se reduzir este ano. O envio do batalhão extra em janeiro irá representar um aumento líquido de tropas, mas de apenas 1.000 a 1.200 homens. Folha Online


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Morales manda embaixador dos EUA sair da Bolívia; Chávez dá apoio

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O presidente venezuelano, Hugo Chávez, apoiou o colega boliviano, Evo Morales, que declarou nesta quarta-feira "persona non grata" o embaixador dos EUA em La Paz, Philip Goldberg, acusando-o de promover junto à oposição os protestos contra seu governo, e pediu que ele retorne aos EUA "urgentemente".

"Sem medo de ninguém, sem medo do império. Hoje, diante de vocês, diante do povo boliviano, declaro o senhor Goldberg, embaixador dos EUA, 'persona non grata'", disse Morales em discurso durante um ato realizado no Palácio de Governo.

Chávez afirmou, algumas horas mais tarde, que o "império agressor e genocida" dos Estados Unidos aumentou sua conspiração contra a Bolívia com "o mesmo molde" que usou contra seu governo em 2002, quando foi derrubado durante dois dias.

"Da mesma forma que na Venezuela", as operações "contra a Bolívia são coordenadas pela embaixada dos Estados Unidos", afirmou Chávez em um ato militar transmitido em cadeia nacional obrigatória de rádio e televisão.

"A Bolívia resiste à agressão imperialista, de dentro e de fora", porque a oposição boliviana é que executa "as sabotagens que fazem parte da tentativa de acabar com o processo democrático" liderado por Evo Morales, afirmou.

Chávez disse que telefonaria para Morales "para buscar mais informações" sobre a questão, e repetiu que também na Venezuela "o império agressor e genocida pretende voltar a reaquecer o país, as ruas e lançar um golpe de Estado e matar o presidente".

"Temos certeza de que o mesmo acontecerá na Bolívia, que a Bolívia viverá e que a nova Bolívia triunfará", assegurou, e enviou "um abraço de solidariedade a Evo, ao povo e aos soldados da Bolívia".

"Que império genocida", afirmou Chávez, depois de lembrar um sem-fim de ações militares americanas no século passado e atual em diversas partes do mundo e de repetir que os Estados Unidos "são a maior ameaça do planeta hoje".

EUA respondem

O secretário de Estado adjunto dos EUA para a América Latina, Thomas Shannon, disse hoje também que o anúncio da expulsão do embaixador dos Estados Unidos na Bolívia é "lamentável".

Em declarações à agência Efe, Shannon disse que ainda estão sendo reunidas informação sobre este fato, mas, mesmo assim, considerou-o um "grande erro".

Shannon elogiou o trabalho do embaixador americano em La Paz, Philip Goldberg, e disse que sempre foi um "diplomata com um comportamento impecável".

Washington reagiu à notícia, qualificando de "infundadas" as acusações de Morales e destacando que não recebeu qualquer comunicado formal sobre a expulsão de Goldberg. Os Estados Unidos não foram informados pelos canais diplomáticos usuais da decisão de Morales de expulsar o embaixador americano, disse à imprensa Gordon Duguid, porta-voz do departamento de Estado.

"Estamos tentando confirmar" as informações da imprensa sobre este assunto, destacou, insistindo em que "as acusações contra Goldberg são infundadas". Folha Online


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Os nexos de Lula com as FARC

Luis Alberto Villamarín Pulido

Estavam demorando, o governo colombiano e os meios de comunicação, para destampar a panela apodrecida da relação do governo brasileiro com as FARC, não somente pelos reveladores correios eletrônicos encontrados nos PC’s de Reyes, como também por fatos concretos anteriores, como a contribuição de vários milhões de dólares das FARC em apoio ao Partido dos Trabalhadores (PT) durante a primeira eleição de Lula.

A diferença entre Lula e os bocudos da Venezuela, Equador e Nicarágua, é de estilo mas não de pensamento nem de propósitos. E, claro que a uma potência econômica como o Brasil, com um dos exércitos mais bem preparados e que carregam uma responsabilidade muito grande em defesa da soberania nacional e da segurança do hemisfério, a ditadura cubana não a pode manipular com a mesma facilidade com que dispõe de seus cachorros em Quito, Caracas, Manágua e La Paz. Porém, ao mesmo tempo, Lula está de acordo com o que pensam e fazem seus vizinhos co-partidários, mancomunados com Piedad Córdoba e o Partido Comunista Colombiano.

O fato de que apareçam tantos funcionários públicos da administração Lula nos correios de Reyes, e que em quase todos Reyes insista na importância das relações políticas das FARC com o mandatário brasileiro, é um claro sinal de que a situação é estrutural e não uma simples conjuntura. Sem dúvida, Lula (embora à sua maneira) faz parte do complô contra a Colômbia e no final o que contam são os resultados.

A isso se acrescenta que o terrorista Oliverio Medina não tenha sido extraditado e que, pelo contrário, se lhe tenha dado status de refugiado no Brasil, além de que este estivesse ansioso à espera do passaporte para visitar Reyes no Equador.

Ao mesmo tempo, a Coordenadora Continental Bolivariana (CCB), integrada pelos partidos comunistas de todo o hemisfério e alguns representantes do ETA basco e do comunismo espanhol, não fizeram outra coisa senão multiplicar o ódio anti-yanque, a relação do governo colombiano com os Estados Unidos, a necessidade de dar protagonismo e liderança regional ao Brasil, a construção da chamada Pátria Grande e o reconhecimento político às FARC.

Palavras mais, palavras menos, esses têm sido os mesmos delineamentos de Lula que, por meio de outras argúcias e com a tática de tirar a brasa com a mão alheia, consentiu desde a suposta distância que debaixo de seu nariz se desenvolva toda esta trama com a preconcebida desculpa de que, se algum dia as coisas se descobrirem, do mesmo modo que o vergonhoso mandatário colombiano Ernesto Samper, dirá que tudo foi feito pelas suas costas.

É evidente que neste momento o presidente Uribe tem a faca e o queijo na mão, pois possue as provas que comprometem vários governos, inclusive o de Lula, com os terroristas das FARC. O desafio imediato é o emprego estratégico dessa mesma informação, não só para derrotar as FARC no campo político, senão para salvar o hemisfério da crescente onda de “aventureiros” no poder e o risco de atraso estrutural da região, se cai no projeto totalitário comunista.

Não vamos padecer a vergonha cubana que depois de meio século de ditadura nem podem viajar para fora de seu país, nem usar a Internet nem possuir um telefone celular próprio. Afora isso, perder o direito à livre expressão, à propriedade privada e à livre locomoção.

A prova disso é que quando Correa começou a desenvolver a teatral manifestação de dignidade de vitrine, ordenada pela ditadura cubana a ele e aos demais paus mandados de Fidel Castro, fez um périplo pela Bolívia, Venezuela, Brasil e Manágua antes de ir à Cúpula do Rio. É claro que tal viagem não era só para pedir solidariedade, senão para uma série de reuniões de inimigos da Colômbia, com o objetivo de refinar a mentira e as tapeações com as quais pretendiam desviar a realidade e descartar a grave responsabilidade de suas alianças com as FARC.

Não se pode esquecer que Lula é um dos fundadores do Foro de São Paulo, reunião pró-subversiva que acolheu as FARC como movimento político, e que o mandatário brasileiro nunca se retratou disto. Tampouco se pode esquecer que Lula nunca quis aceitar que as FARC são terroristas e inclusive disse que não faz isso, para poder servir em uma eventual intermediação na paz que ninguém lhe solicitou. Chama a atenção que os correios encontrados no PC de Reyes refiram a insistência do governo brasileiro no Acordo Humanitário, quer dizer, todos estão de acordo; não são meras coincidências.

piedad-cordoba_farc Em outras palavras, é a mesma tese de Chávez e Correa, prevista para que os governantes “pátria ou morte” com Fidel Castro, dessem status de beligerância às FARC, assim que Chávez se reunisse com Tirofijo para protocolizar a doação de 300 milhões de dólares, mais uns barris de petróleo, com a finalidade de financiar a etapa da ofensiva final das FARC contra a Colômbia. Inclusive foi com essa mesma missão que as FARC liberaram Luis Eladio Pérez. E foi essa mesma a tese de Piedad Córdoba em suas intervenções ante auditórios no exterior.

O certo é que as relações de Lula da Silva e seu governo com as FARC, não podem ficar como uma revelação secundária publicada por uma revista de segunda categoria e nada mais. É necessário que o governo colombiano inicie sem mais demora a ofensiva diplomática internacional, para que o mundo inteiro tenha os elementos de juízo suficientes para entender a dimensão do complô contra a Colômbia, e para buscar apoio na luta contra o terrorismo.

De maneira paralela, é hora de que a Procuradoria Geral da Nação inicie as investigações formais contra todos os conspiradores e os peça em extradição pois, como se supõe, os países de origem não os vão entregar, então haveria um forte argumento para levar os casos à Corte Penal Internacional. Das águas turvas e das posições pusilânimes nunca se escreveu nada. O que está em jogo é a continuidade do sistema democrático na Colômbia e a segurança integral do hemisfério. Lula não é só inimigo da Colômbia. É um dissimulado.

Os reveladores achados da conexão Lula-FARC são um elemento-chave e concreto para a reeleição de Uribe, e a continuidade da luta para conseguir a estabilidade e a paz com justiça social no país. Por isso cabe lembrar uma frase de Trumman: “Os governos não caem pelos maus senão pelos fracos”.

Que a debilidade humana não vá tocar o Presidente Uribe. Que desate a ofensiva diplomática e jurídica contra os conspiradores. Os abraços de Lula, as caleidoscópicas mudanças de atitude de Chávez e Correa, e as mudanças bruscas de Ortega, não são outra coisa que o desdobramento de uma cartilha dirigida desde Havana e justificada pelos populistas franceses. A Colômbia está na mira dos terroristas e de seus corifeus. E esse objetivo não se pode retirar do foco.

Aqui não valem nem servem para nada as posições dos consuetudinários pacifistas acovardados que, como o pavão real, encolhem a plumagem ao primeiro ruído. Tampouco valem os cantos de sereia dos camaleões, ou as desculpas esfarrapadas de Lula. Todos os conspiradores são comunistas e partem do princípio de que há uma luta de classes, na qual a Colômbia é o inimigo ao qual têm que derrotar para impor a paz socialista. Quanto ao mais, é dar oportunidade...

E mais um detalhe: já é hora de o governo colombiano trazer à luz pública as revelações que por razões óbvias devem ter os PC de Reyes, com os lógicos nexos e direção estratégica de todo o complô por parte da ditadura cubana.

Luis Alberto Villamarín Pulido é analista de assuntos estratégicos e autor de várias obras importantes sobre terrorismo e tráfico de drogas, especialista em contraterrorismo urbano e rural, inteligência militar.

Midia sem Máscara


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