sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Opinião: Crise externa preocupa Lula e seus sindicalistas de fundos de pensão porque pode atrapalhar fusão da Oi com a BrT

BROI_tramoia

Jorge Serrão

O chefão Lula e seus sindicalistas que comandam os cofres abarrotados dos fundos de pensão de estatais ficaram preocupados, além do normal, com a crise de crédito, liquidez e solvência no mercado internacional. Os problemas econômicos, a partir dos EUA, podem afetar um dos mais cobiçados negócios da turma do Palácio do Planalto: a fusão da Oi com a Brasil Telecom. A operação, que depende da aprovação da Anatel e do Conselho de Defesa Econômica, é o principal motivo da onda de grampos telefônicos contra os poderosos de plantão.

A Previ, que é o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil devidamente controlado pelos sindicalistas petistas, será uma das principais acionistas da nova gigante de telecomunicações no Brasil. A Previ já é sócia da Brasil Telecom e de tantos outros empreendimentos com a privataria promovida desde a Era FHC – que os petistas nunca contestaram de verdade. Até porque seus dirigentes são “sócios-gerentes” das operações.

Agora, os sindicalistas petistas e a turma do desgoverno torcem para o negócio não melar, por pressões de concorrentes da Oi e dos banqueiros estrangeiros, principalmente os controladores da Telefônica de Espanha. A Oi já encontra dificuldades para captar recursos no mercado externo para financiar a junção com a Brasil Telecom. A briga promete rounds de extrema deslealdade econômica e política.

Quem tem grande interesse no negócio, além da turma do desgoverno, é o Citibank. O banco norte-americano, que tem participação na Brasil Telecom (e que briga com o banqueiro Daniel Valente Dantas, do Opportunity) precisa fazer caixa o mais depressa possível. O Citi se desfaz de US$ 400 bilhões em ativos em todo o mundo. O Opportunity também tem pressa na fusão Oi-BrT. O mercado já calcula que o banco de investimentos perdeu R$ 3,2 bilhões desde a Operação Satyagraha. Oficialmente, o banco admite que o prejuízo beira R$ 2 milhões. Alerta Total


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