quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Em nota, deputado Itagiba se manifesta sobre denúncia de vereador

Acusado pelo vereador Josinaldo Francisco da Cruz, o Nadinho, de se eleger com apoio de uma milícia de Rio das Pedras, na região de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, o deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), presidente da CPI dos grampos, distribuiu nota hoje (9) sobre a denúncia.

Nadinho é suspeito de ser o chefe de uma milícia que atua no Rio da Pedras. Ele também é o principal acusado do assassinato do inspetor Félix Tostes, ocorrido em 22 de fevereiro do ano passado. Ele fez a acusação contra Itagiba, ex-secretário de Segurança Pública do RJ, ao depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias, instalada pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.

Abaixo, a íntegra da nota distribuída pela assessoria de imprensa do deputado Itagiba:

1 - Na sua gestão como secretário de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, foi instaurado, em 2005, na Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), um dos primeiros inquéritos destinados a identificar, desarticular e prender integrantes de milícias, o que, ainda no governo anterior, resultaria nos casos inaugurais de indiciamentos e prisões de dezenas de policiais envolvidos nesse tipo de atividade criminosa.

2 - No cargo de secretário de Segurança Pública, instalou, em 2005, em atendimento à solicitação feita pela Associação de Moradores de Rio das Pedras, o primeiro Posto de Policiamento Comunitário da Polícia Militar naquela comunidade.

3 - Em sua campanha para o cargo de deputado federal, em 2006, adotou os lemas “Comunidade não tem dono”, “Policial não pode ser bandido” e “Criminoso foi feito para ser preso”, expressos em seu material de divulgação e manifestados, anteriormente, quando secretário, em diversas entrevistas à imprensa.

4 - O resultado de sua eleição demonstrou, conforme os números consolidados pelo Tribunal Regional Eleitoral, uma distribuição equilibrada dos votos em toda a capital, na qual se concentraram 49.521 dos 70.057 recebidos em todo o estado. Ele obteve 10.930 na zona oeste; 15.000 na zona norte, Leopoldina e Linha Central; 10.620 na zona oeste 1; 10.294 na zona oeste 2 e 2.324 na Ilha do Governador e no centro.

5 - As investigações abertas, por sua determinação, quando secretário, para apurar o duplo envolvimento de policiais com as milícias e as máfias dos caça-níqueis resultaram na obtenção dos indícios que, repassados à Polícia Federal, para que aquela instituição os aprofundasse com isenção, haja vista os indicativos que apontavam para a cúpula da Chefia de Polícia Civil do RJ, culminaram, após quatro anos de intensa investigação, na denúncia e no encarceramento de vários policiais civis e militares do estado.

Agência Brasil


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