sexta-feira, 11 de março de 2011

Tragédia no Japão: Mortos por terremoto devem passar de mil, diz governo

O ministério da Defesa do Japão informou nesta sexta-feira, 11, que o terremoto de magnitude 8,9 que atingiu o nordeste do país nesta madrugada deve ter deixado mais de mil mortos. Segundo a agência Kyodo, a cidade de Sendai, com 1 milhão de habitantes, foi a mais afetada pelo tremor, sentido em diversos pontos do país.

Apenas na cidade de Minamisoma, no distrito de Fukushima, 1,8 mil casas foram destruídas. Balanço da polícia contabiliza 384 mortos, 947 feridos e 707 desaparecidos. Em Sendai, ao menos 200 mortos foram encontrados afogados após o tsunami.

O governo japonês declarou estado de emergência na usina nuclear de Fukushima e outras três centrais atômicas foram fechadas. Ao menos 2 mil pessoas foram retiradas de áreas próximas após as autoridades não terem conseguido resfriar o combustível nuclear. Segundo os oficiais responsáveis, no entanto, não há vazamento radioativo, e a situação já está sob controle.

Fábricas e refinarias foram fechadas e milhões de pessoas estão sem energia elétrica. Há cerca de 80 incêndios provocados pelo terremoto, um deles em uma refinaria. O aeroporto de Narita, o maior do país, chegou a ser fechado, mas já foi reaberto. O tremor também paralisou em todo o país os serviços do "shinkansen", o trem-bala japonês, segundo a companhia ferroviária JR East. Um trem com passageiros desapareceu na área afetada pelo tremor.

Apesar de ter ocorrido a quase 400 quilômetros de distância de Tóquio, o tremor também foi sentido na capital, onde 4 milhões de casas e prédios ficaram sem energia elétrica. O serviço telefônico também foi cortado em boa parte do país. Um dique se rompeu em Fukushima e o volume e a força da água devastaram as construções da região, segundo a imprensa japonesa.

O primeiro-ministro Naoto Kan disse a políticos que eles precisam "salvar o país" após o desastre. "O terremoto causou diversos danos em vastas áreas do norte do Japão", afirmou. Cerca de 8 mil militares foram enviados pelo governo à região afetada. De acordo com o Ministro de Exteriores, Takeaki Matsumoto, afirmou que o Executivo do país pediu ajuda aos EUA para que enviem seu efetivo no país para a área do sismo.

Foi o maior terremoto no Japão desde que começaram a ser registrados, há 140 anos e o sétimo pior da história. O tremor principal aconteceu às 2h46 de Brasília, com epicentro a 130 quilômetros de Sendai, na ilha de Honshu, e com profundidade de 24,4 quilômetros, na mesma região onde há dois dias ocorreu um terremoto de 7,3 graus que não deixou vítimas. Estadão Online


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Terremoto de 8,9 graus atinge Japão e provoca tsunami

Cenas de tsunami atingindo a Costa japonesa

Forte tremor sacudiu edifícios em Tóquio; epicentro está a 130 quilômetros de Sendai, nas Ilhas Honshu com profundidade de 24,4 quilômetros

O terremoto que atingiu nesta sexta-feira, 11, a costa nordeste do Japão alcançou magnitude de 8,9 graus na escala Richter, segundo o Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS), embora as autoridades japonesas o tenham avaliado em 7,9 graus.

O potente tremor, que sacudiu edifícios em Tóquio, foi seguido por duas réplicas, ambas de 6,4 graus, informou o USGS em seu site. Segundo as autoridades japonesas, 23 pessoas morreram devido ao terremoto, que ainda deixou vários feridos e gerou um alerta de tsunami que o Centro do Pacífico estendeu à Rússia e às ilhas Marianas.

O tremor principal aconteceu às 2h46 de Brasília, com epicentro a 130 quilômetros de Sendal, nas ilhas Honshu, e com profundidade de 24,4 quilômetros, na mesma região onde há dois dias ocorreu um terremoto de 7,3 graus que não deixou vítimas.

A Polícia de Miyagi, uma das províncias afetadas, informou que há "vários feridos" na região devido ao terremoto, segundo a agência local Kyodo.

A emissora de TV local NHK transmitiu imagens que mostram colunas de fumaça saindo de edifícios na ilha de Odaiba, na baía de Tóquio.

A Agência Meteorológica do Japão emitiu um alerta de alto risco de tsunamis, com ondas de até seis metros em Miyagi e de até três metros em Iwate, onde os habitantes que se encontram perto do litoral foram orientados a se dirigir para terrenos elevados.

A mesma recomendação foi lançada nas províncias de Fukushima, Ibaraki e Aomori, além da costa da província de Chiba, contígua a Tóquio.

Na capital japonesa, o terremoto, um dos mais fortes dos últimos anos, disparou os alarmes dos edifícios e fez com que as pessoas saíssem assustadas às ruas, ao tempo que interrompeu as linhas de telefonia celular.

O tremor também paralisou em todo o país os serviços do "shinkansen", o trem-bala japonês, segundo a companhia ferroviária JR East.

O Japão, situado no "anel de fogo do Pacífico", sofre frequentes terremotos, que raramente causam vítimas devido às rígidas normas de construção vigentes no país.

Após o terremoto que ocorreu há dois dias, a Agência Meteorológica japonesa advertira que durante uma semana poderia haver réplicas, embora tenha sido estimado que a intensidade máxima seria de 4, pela escala japonesa. Estadão Online

Veja também:
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quinta-feira, 10 de março de 2011

Então tá: Definida a empresa que fará a ponte de Laguna para o término da duplicação da BR-101

A ponte estaiada da Cabeçuda: Só acredito quando essa onça passar por cima da minha cabeça

Considerada uma das obras mais complexas para o término da duplicação da BR-101 Sul em Santa Catarina, a ponte sobre o canal de Laranjeiras, em Laguna, será construída pelo consórcio Camargo Corrêa/M.Martins/Construbase.

O grupo de empresas venceu a licitação ao apresentar proposta de R$ 597,2 milhões —o valor máximo não poderia ultrapassar R$ 605,4 milhões.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) revelou na quarta-feira, por meio de sua assessoria de imprensa em Santa Catarina, que a expectativa é começar a obra até o final deste semestre. O prazo para a conclusão da ponte, na comunidade de Cabeçudas, é de três anos.

O resultado da concorrência pública foi publicado no dia 3 deste mês, no Diário Oficial da União. O consórcio Camargo Corrêa/M.Martins/Construbase levou vantagem sobre a proposta do consórcio Nova Ponte (formada pelas empresas OAS e Norberto Odebrecht), que foi de R$ 601,2 milhões, e da construtora Queiroz Galvão, de R$ 602,4 milhões.

A ponte será estaiada — ligando cabos a duas torres — e terá 2,8 quilômetros, quatro pistas e acostamento. Segundo o Dnit encerra-se nesta quinta-feira o prazo para que as outras empresas entrem com recurso. Se não houver questionamentos, será aberto prazo de 30 dias para a parte burocrática da contratação. O Dnit acredita que o consórcio vencedor comece o estaqueamento antes de julho.

Nova concorrência para a fiscalização

Para as obras será necessária a contratação de outra empresa que fará a fiscalização. Isso também sairá em concorrência pública. Mas, conforme o Dnit, esse processo não travará o começo da construção da ponte.

O trecho para a obra de Laguna está dividido em dois lotes. O da ponte é o lote 2. O lote 1 é o da duplicação de 5,1 quilômetros e construção de três viadutos, uma passarela e duas passagens para animais.

Até agora, apenas o resultado da habilitação à concorrência do lote 1 foi conhecido. Das 17 inscritas, o Consórcio Gaissler/Tengel e as empresas, Blokos e Bolognesi Engenharia foram desclassificados.

A última entrou com recurso, que ainda não foi julgado. A próxima etapa será a data para a abertura das propostas, que não podem superar o valor de R$ 71 milhões.

O Dnit informou que o começo do lote 2 não dependerá do lote 1. A ponte em Cabeçudas é obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e tem recursos garantidos. Além de ser necessário para a conclusão da duplicação, o investimento é tido como de importância para o incremento turístico da região Sul — principalmente pela valorização da arquitetura da travessia.

Mas para a duplicação ficar pronta em 2014, como prometeu a presidente Dilma Rousseff, será necessário tempo bom e que não haja novos imprevistos. Menos otimista um estudo da Fiesc diz que a duplicação não acaba antes de 2015.

 

O projeto de Laguna será dividido em quatro etapas. Primeiro será feita a fundação no solo embaixo da ponte. As escavações terão 2,5 metros de diâmetro e serão protegidas por camisas metálicas. A mais profunda de todas ficará a 75,8 metros de profundidade.

As estacas serão armadas com vergalhões de concreto e, depois, preenchidas com concreto. Serão quatro equipes trabalhando ao mesmo tempo, em pontos diferentes da ponte.

A segunda etapa da obra será a construção dos pilares de concreto. Numa terceira fase, será feita a colocação dos mastros, com 50 metros de altura em relação ao pavimento da ponte.

Em cada lado dos mastros serão instalados 15 cabos, totalizando 60, que terão a função de sustentar e dar equilíbrio à estrutura. Por último, a obra entra em fase de acabamento, quando são colocadas as proteções laterais, pavimentação e pintura de faixas. Diário Catarinense


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A rapinagem dos petralhas: Tribunal de Contas confirma fraude em licitação de R$ 6,2 mi da TV Brasil

Contrato feito no último dia de 2009 com a Tecnet, que tem em seu quadro de funcionários o filho do ex-ministro da Secretaria de Comunicação Franklin Martins, foi considerado irregular após auditoria; empresa mostrou atestado falso

Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) obtida pelo Estado aponta uma série de irregularidades, inclusive uso de documento falso e favorecimento, na licitação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), do governo federal, que contratou por R$ 6,2 milhões a Tecnet Comércio e Serviços Ltda. Cláudio Martins, filho do ex-ministro da Comunicação Social Franklin Martins, é funcionário da empresa. Segundo o TCU, a Tecnet não poderia disputar a licitação, nem a EBC deveria ter aceito a sua participação.

A auditoria foi concluída no dia 20 de janeiro deste ano pela Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da Informação (Sefti) do TCU. O Estado revelou no dia 22 de setembro de 2010 que a Tecnet havia sido contratada no dia 31 de dezembro de 2009 para cuidar do sistema de arquivos digitais da TV Brasil, administrada pela EBC, num processo de licitação com indícios de fraude.

A auditoria do TCU, aliás, menciona a reportagem e confirma, por exemplo, que a empresa Media Portal, única adversária da Tecnet na concorrência, auxiliou a EBC a preparar o edital público do pregão 85/2009.

Atestado falso

O resultado da auditoria, elaborado após a EBC ser ouvida, aponta que a Tecnet falsificou um atestado para comprovar que atendia aos requisitos da concorrência. "A declaração apresentada pela empresa Tecnet acerca do integral atendimento de seu sistema aos requisitos especificados no termo de referência do Pregão 85/2009 é falsa", diz o relatório. "Esse fato é de extrema gravidade", ressalta trecho do documento. Estadão Online

Leia mais:

EBC alega que contrato é regular; Tecnet diz não conhecer auditoria


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quarta-feira, 9 de março de 2011

Florianópolis: Se concluídas, obras no Sul da Ilha devem acabar com as filas na região

Não acaba nunca: Entrega do elevado do Trevo da Seta foi prometida para antes da temporada

Três obras que são o sonho de quem enfrenta os rotineiros engarrafamentos no Sul da Ilha, em Florianópolis: o elevado do Trevo da Seta, a construção da terceira pista da SC-405, no Rio Tavares, e a duplicação da avenida Diomício Freitas, que dá acesso à Ressacada e ao Aeroporto Hercílio Luz. Elas são a esperança de solução para muitos problemas de quem tem que enfrentar o tráfego na região.

Na semana que passou, o elevado sofreu mais uma prorrogação no prazo de conclusão, agora para maio. Mas a ampliação da SC-405 ficou mais perto após um acordo para pagamento de indenizações. Ainda às voltas com licenças ambientais e a própria obra de ampliação do aeroporto, a duplicação da Diomício Freitas é a que está mais longe de virar realidade.

— Com essas três obras, o trânsito no Sul da Ilha estará resolvido pelos próximos 30 anos — acredita o secretário municipal de Obras, Luiz Américo Medeiros.

Elevado do Trevo da Seta

Prometida para antes da temporada e prorrogada para o final de março, a data limite para o final das obras do elevado do Trevo da Seta foi estendida mais uma vez. Agora, o secretário municipal de Obras, Luiz Américo Medeiros, garante que até o dia 5 de maio estará concluída a nova via, que promete desafogar o trânsito no cruzamento entre as SC-405, em direção ao Rio Tavares, e o acesso ao Aeroporto Internacional Hercílio Luz.

— Deve ser concluído antes. É um prazo maior para não ter mais prorrogação. Um prazo mais cauteloso — afirma Medeiros.

A principal justificativa para mais uma prorrogação foram as chuvas constantes entre janeiro e fevereiro, que atrapalharam o cronograma de trabalho. O secretário também cita a necessidade de troca de posição de postes, já solicitada à Celesc. Outra desculpa é o próprio trânsito no local. Com as obras tornando os engarrafamentos ainda maiores, os operários precisam parar os trabalhos em alguns momentos para deixar o tráfego fluir. Apesar desse tipo de paliativo, o secretário admite que a situação do trânsito só vai melhorar com a conclusão da obra.

— Enquanto a obra não estiver pronta, não tem o que fazer.

Terceira pista da SC-405

No início da semana, o Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) e representantes da comunidade chegaram a um acordo sobre um antigo impasse que atrapalhava a construção da terceira pista da SC-405. Ficou definido que após o Carnaval serão pagos cerca de R$ 2 milhões para a desapropriação das áreas por onde a obra vai passar. Após o pagamento, o trabalho pode recomeçar. A construção da terceira pista está paralisada há dois anos.

— As obras vão ser reiniciadas em seguida. A ideia é fazer o mais rápido possível — garante o presidente do Deinfra, Paulo Meller.

A retomada pode ser feita ainda antes do final das obras do elevado do Trevo da Seta, já que as obras não tem relação. O projeto prevê a ampliação da pista nos 4,5 quilômetros entre os trevos da Seta e do Rio Tavares, junto ao Posto Galo. Nesse local, a prefeitura planeja construir outro elevado.

Em fevereiro, o Conselho Comunitário Fazenda do Rio Tavares chegou a fazer mobilizações pedindo alteração no projeto para a duplicação da via. Segundo o Deinfra, não é possível alterar o contrato já assinado para a construção da terceira pista, porque a obra já foi licitada e a empresa executora escolhida.

Duplicação do acesso ao aeroporto

Pelo cronograma original, a duplicação da avenida Diomício Freitas, que dá acesso ao Aeroporto Hercílio Luz, deveria estar em obras desde o início do ano. Vinculada ao processo de ampliação do aeroporto, a cargo da Infraero, a obra viária ainda não tem data para começar.

— Essa obra deve ser realizada paralelamente à ampliação do Aeroporto Hercílio Luz. Não faz sentindo começar antes — alega o presidente do Deinfra, Paulo Meller.

Mas não basta apenas a Infraero começar a fazer sua parte — o que está previsto para agosto. Ainda faltam parte das licenças ambientais necessárias para a duplicação. Segundo Meller, já existe autorização para a construção no trecho entre o estádio do Avaí e a área em que será construído o novo terminal de passageiros. É o segundo trecho, que vai do Trevo da Seta até o estádio do Avaí, que depende de negociações com o Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para a Fundação do Meio Ambiente (Fatma) liberar a licença prévia. A obra passaria pelo meio de mangues e da Reserva do Pirajubaé. Também existem pendências na compra de dois terrenos que pertencem à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e na desapropriação de imóveis por parte da prefeitura. DC Online

Foto: Felipe Aguillar/Agência RBS


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terça-feira, 8 de março de 2011

Opinião do Diário Catarinense: Mobilidade, já

Centro Administrativo do Governo de SC na Ilha: Por que não transferí-lo para área no Continente?

Os crônicos congestionamentos de trânsito, formando filas de veículos que se espraiam por dezenas de quilômetros, constituem um dos piores tormentos a que são submetidos os moradores das cidades de grande e médio porte do país. Além de ser obrigado a perder horas e horas deslocando-se de casa para o trabalho e vice-versa, o cidadão comum gasta, hoje, mais com transporte do que com alimentação, segundo recente levantamento do IBGE, que coloca o item em terceiro lugar na relação de gastos das famílias brasileiras. É neste quadro que avulta a importância da decisão tomada pelo governador Raimundo Colombo de mobilizar a administração estadual para buscar soluções, no curto e no médio prazo, para o grave problema de mobilidade urbana em Florianópolis e o seu entorno.

Com efeito, se as prefeituras dos municípios que compõem a região metropolitana precisam fazer suas partes, as principais definições hão de surgir de grandes decisões e de uma visão conjunta do problema, que é regional e, portanto, depende tanto de providências quanto de recursos estaduais. O governo já toca à frente algumas obras na Ilha de Santa Catarina. Mas é pouco, e não basta.

Chega de apenas nomear mais uma comissão ou contratar mais uma consultoria. Isto pouco ou nada resolveu até agora. Só empurrou o problema à frente “com a barriga”. O povo está farto de tudo isso. Quer soluções e as quer já. O governador entendeu o recado.


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segunda-feira, 7 de março de 2011

Mercadante derrapa no pedágio federal

Aloizio Mercadante: Doutor em nada, ladrão de idéias e de propostas, vagabundo, amigo do Sarnalho

Candidato ao governo de São Paulo, Aloízio Mercadante atravessou a campanha pendurado em duas bandeiras: a imediata extinção do sistema de progressão continuada e uma dramática redução das tarifas do pedágio. Segundo a discurseira no horário eleitoral, a metodologia adotada nas escolas públicas do Estado ─ o aluno é aprovado ou não quando termina o ciclo, não o ano escolar ─ “é um estímulo ao analfabetismo”. E o preço cobrado pelas concessionárias das rodovias paulistas não passa de “um assalto legalizado”.

As duas bandeiras foram reduzidas a farrapos pelo governo Dilma Rousseff. Em fevereiro, o MEC encampou o sistema de progressão continuada, com o nome de “suspensão da repetência”, ao determinar que nenhum aluno dos três primeiros anos do ciclo básico seja reprovado. “Reprovação não é um método de aprendizagem”, ensinou o ministro Fernando Haddad. “Abala a auto-estima da criança e atrapalha o seu sucesso escolar”. Deveria ter dito isso durante a campanha eleitoral, antes da derrota que valeu a Mercadante a nomeação para o Ministério de Ciência e Tecnologia.

O governo que consola órfãos das urnas com empregos no primeiro escalão deveria ter ordenado ao Herói da Rendição que passasse ao largo da questão do pedágio. Nesta segunda-feira, a manchete da Folha de S. Paulo constatou que o aumento das tarifas nas estradas federais privatizadas em 2007 superou amplamente a inflação oficial. Na rodovia Fernão Dias, que liga São Paulo a Belo Horizonte, por exemplo, o pedágio já subiu 30%. Na Régis Bittencourt (SP-Curitiba), o salto foi de 25%. Se fosse corrigido pela inflação, o índice ficaria em 19%.

Em fevereiro, quando soube da adoção do sistema instituído por Mário Covas, Mercadante deveria ter criticado publicamente a decisão e abandonado o gabinete. Nem miou. É o que fará agora. Importante é manter o emprego. E decerto anda muito ocupado com a coleta de provas para a teoria que enunciou num recente ensaio carnavalesco no Rio: o incêndio que destruiu os barracões de três escolas de samba foi provocado pelo aquecimento global.

Geraldo Alckmin é o pedágio, eu sou o caminho”, recitou Mercadante ao longo da campanha. Se resolvesse percorrê-lo, o eleitorado paulista conheceria o caminho mais curto para o desastre irreparável.

Augusto Nunes


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Opinião do Estadão: Ponto eletrônico

Carlos DIMEP Lupi, (PDT): Um dos ministros mais safados do Governo Lula/Dilma!

Por pressão das empresas e das centrais sindicais, o Ministério do Trabalho e Emprego adiou pela terceira vez a entrada em vigor do novo relógio de registro de ponto eletrônico. A medida foi imposta em agosto de 2009 pela Portaria 1.510, sob a alegação de que aumentaria a segurança na aferição do registro da jornada de trabalho nas empresas com mais de dez empregados, evitando com isso fraudes no pagamento de horas extras e nos descontos de faltas e atrasos. A portaria não abrange as empresas que têm registro manual ou mecânico, mas apenas as que utilizam o ponto eletrônico - cerca de 700 mil, segundo as estimativas oficiais.

Elas foram obrigadas a adquirir relógios de ponto capazes de emitir comprovantes em todas as entradas e saídas dos trabalhadores, inclusive na hora do almoço - e que podem servir de prova documental em futuros processos judiciais. A Portaria 1.510/09 também exige que os equipamentos contenham memória para o registro de toda a movimentação dos empregados, sem qualquer possibilidade de alteração, e que contenham dispositivos que permitam o acesso eletrônico às informações, por parte dos fiscais do trabalho.

As novas regras foram recebidas com duras críticas tanto de seus supostos beneficiários - os empregados - quanto dos empregadores. Os empresários da indústria e comércio alegaram que a eficácia da Portaria 1.510/09 é discutível, em termos de aumento do controle da jornada do trabalho. Eles também lembraram que a aquisição das novas máquinas - cujo preço varia de R$ 2,5 mil a R$ 6 mil - acarretaria custos adicionais para as empresas, que já enfrentam outros grandes obstáculos para aumentar sua eficiência e produtividade. Algumas entidades de classe afirmaram ainda que os únicos beneficiários da portaria baixada pelo ministro Carlos Lupi foram os fabricantes de equipamentos de registro de ponto - que, evidentemente, tiveram uma explosão de vendas - e as poucas empresas que comercializam software específico para controle do ponto eletrônico.

As centrais trabalhistas endossaram as críticas dos patrões. Elas disseram que o sistema de catracas em vigor é um mecanismo de controle eficiente e advertiram para os problemas que as novas regras poderiam criar nas grandes empresas - como filas nas trocas de turno e horários de almoço, causando incômodos para os trabalhadores. Líderes sindicais também lembraram que, pela Portaria 1.510/09, o empregado teria de guardar pelo menos quatro comprovantes diariamente (entrada, saída para almoço, retorno do almoço e saída) - isso se não fizer horas extras. Considerando-se a média de 23 dias úteis, seriam 92 comprovantes por mês - e mais de mil por ano.

Enquanto algumas empresas recorreram ao Poder Judiciário, questionando a legalidade da Portaria 1.510/09, outras acharam mais barato voltar a usar o registro de ponto mecânico, em plena era da informática. Diante da saraivada de críticas e do risco de derrotas nos tribunais, Lupi adiou por três vezes a entrada em vigor do novo relógio de registro de ponto eletrônico. E, no último adiamento, na semana passada, o ministro permitiu às empresas e aos sindicatos negociar a instalação de mecanismos alternativos para o controle de jornadas de trabalho.

Ou seja, depois de ter imposto uma medida burocrática, cara e desnecessária a cerca de 700 mil empresas, obrigando-as a adquirir novos relógios para controle eletrônico de ponto, o ministro do Trabalho deu o dito por não dito. Ao flexibilizar dessa maneira o alcance da Portaria 1.510/09, ele está buscando uma saída para neutralizar as contundentes críticas que vem sofrendo de entidades empresariais e de centrais sindicais.

Mesmo após seu recuo, empresas e empregadores continuaram pedindo a revogação sumária da Portaria 1.510/09. Este episódio faz lembrar uma medida imposta em 1999, obrigando todo veículo a ter um kit de primeiros socorros. Por ser absurda, a medida acabou sendo suspensa - mas gerou vultosos lucros para os fabricantes de gaze e esparadrapo.


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domingo, 6 de março de 2011

Santa Catarina: Bloco da Pracinha reúne mais de 100 mil em Laguna

Bloco da Pracinha, em Laguna: Uma cidade totalmente sem estrutura recebendo esse mundaréu de gente. Carnaval?

Quando o Bloco da Pracinha, o mais tradicional bloco do Carnaval de rua de Laguna, no Sul do Estado, saiu da Praça Souza França na tarde deste domingo em direção a Praia do Mar Grosso, mais de 20 mil pessoas seguiram os três trios-elétricos, mas não demorou muito e cerca de 100 mil foliões entraram em cena.

A festa na “pracinha” mais famosa de Laguna começou logo depois do meio-dia, quando os primeiros foliões chegaram para colorir a área com as fantasias das mais variadas. Homens, mulheres e crianças abusaram e esnobaram com a criatividade na confecção e produção das roupas para participar do carnaval.

Bicicletas, reboques automotivos e carros velhos foram adaptados e coloridos para fazer parte da folia ou simplesmente para guardar a cerveja gelada. Espuma artificial e água jorravam por todos os lados vez por outra e ajudavam a amenizar o calor.

Enquanto esperavam pela chegada dos trios-elétricos do bloco, milhares de foliões, fantasiados ou não, faziam a maior festa nas ruas João Pinho e Senador Galotti, já na praia do Mar Grosso.

Em toda a extensão dessas vias veículos com potentes sistemas de som animavam a multidão com samba, sertanejo universitário, música eletrônica, pagode, forró, vanerão e, é claro, as tradicionais e imortais marchinhas de carnaval. ClicRBS


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