sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Bonito pra nossa cara: Lula nega extradição ao assassino Battisti e governo ainda critica Itália

altNo Corrieri Della Sera: 'O "não" de Lula à extradição de Battisti'. Beslusconi - 'A história ainda não terminou'

O Palácio do Planalto anunciou na manhã desta sexta-feira, por meio de nota, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu negar a extradição do terrorista italiano Cesare Battisti, preso no Brasil há quatro anos.

A nota diz que Lula seguiu parecer da AGU (Advocacia Geral da União), segundo quem a decisão segue todas as cláusulas do tratado de extradição firmado entre Brasil e Itália.

"Conforme se depreende do próprio tratado, esse tipo de juízo não constitui afronta de um Estado ao outro", diz o documento, assinado pela assessoria de imprensa do Planalto.

A argumentação jurídica utilizada pelo governo Lula para manter Battisti no país está presente no tratado de extradição, de sete páginas, firmado entre Brasil e Itália no final dos anos 80.

Por ele, concede-se o refúgio quando "a parte requerida tiver razões ponderáveis para supor que a pessoa reclamada será submetida a atos de perseguição e discriminação por motivo de raça, religião, sexo, nacionalidade, língua, opinião política, condição social ou pessoal, ou que sua situação possa ser agravada por um dos elementos antes mencionados".

O argumento é semelhante ao usado pelo então ministro da Justiça, Tarso Genro, em janeiro de 2009, quando o governo brasileiro concedeu o refúgio. O ato foi questionado e revertido no final daquele mesmo ano pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

A Itália vai recorrer da decisão, conforme disse à Folha o advogado Nabor Bulhões, que representa o governo italiano.

O Supremo também vai rever a decisão divulgada hoje pelo presidente Lula, conforme já adiantou o presidente da Corte, Cezar Peluso. Por causa das férias do Judiciário, a revisão deve ocorrer somente em fevereiro.

O ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) rebateu as críticas do governo italiano e disse que o Brasil não teme retaliações.

"O governo brasileiro manifesta sua profunda estranheza com os termos da nota do presidente do Conselho dos Ministros da Itália, em particular com a impertinente referência pessoal ao presidente da República", diz a nota.

Após se reunir com Peluso, no Palácio do Planalto, Lula adiou para seu último dia de governo, o anúncio de sua decisão.

Battisti está preso no Brasil há quatro anos por decisão do mesmo Supremo, que acolheu pedido da Itália. Ele foi condenado à prisão perpétua pela Justiça de seu país por quatro homicídios ocorridos entre 1978 e 1979, quando integrava organizações da extrema esquerda. Ele nega os crimes e diz ser perseguido político.

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, disse ontem que classificará como "inaceitável" a decisão pela permanência. Folha Online

Leia mais:

Itália chama embaixador para consulta
Defesa da Itália afirma que Lula cometeu crime de responsabilidade ao manter Battisti
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Venha visitar Florianópolis no verão. Você nunca mais vai esquecer

altVia Expressa Sul: Movimento em direção ao Sul da Ilha (Foto: Alvarélio Kurossu)

altRodovia SC-401: Movimento em direção ao Norte da Ilha (Foto: André Pessetti)


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Por um dia!

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Luiz Inácio Lula da Silva acaba hoje - tem mais uma solenidadezinha para a pantomima da despedida e só! Depois é passado. Se a sua eleição foi celebrada como o advento, tenta-se fazer de sua despedida um rito sacrificial, embora exultante, como se ele estivesse caminhando para uma imerecida imolação, mesmo sendo sucedido na Presidência por um nome do seu grupo político. A sua cascata lacrimosa - e como ele chora fácil, não? - é só uma nota patética no rito corriqueiro das democracias: os governantes eleitos exercem por um tempo o mandato e depois deixam o poder, seguindo o que vai estabelecido nas leis. O circo que se arma dá a entender que ele está nos fazendo uma generosa concessão. E não está! Ao contrário: a democracia, na qual ele nunca acreditou muito, é que foi generosa com ele.

É claro que o Brasil teve alguns avanços. Lula estava lá para isto mesmo: tentar melhorar o que não ia bem. É essa a função dos governos, ou não precisaríamos deles. Afinal, se o objetivo não fosse aumentar o bem-estar coletivo e garantir o pleno exercício das liberdades públicas e individuais, serviriam para quê? Só para tungar a carteira dos contribuintes? Nem Lula nem governante nenhum têm o direito de nos cobrar por aquilo que nós lhes demos. Eles não nos dão nada! Para ser mais exato, tiram. Aceitamos, como uma das regras do jogo, conceder-lhes algumas licenças em nome da ordem necessária para viver em sociedade. Só isso!

Lula se vai. Não há nada de especial nisso. Na manhã seguinte, como diria o poeta, os galos continuarão a tecer as manhãs - consta que eles só pararam de cantar quando morreu Papa Doc, o ditador do Haiti. Não creio que devotem o mesmo silêncio reverencial a Papa Lula! O petista terá cumprido oito anos de um governo que fez pouco caso das leis, das instituições e do decoro, e tal ação deletéria nada teve a ver com suas eventuais qualidades. A virtude não deriva do vício; o bem não descende do mal.

A democracia, que garante amanhã a posse de Dilma Rousseff, teve no PT - e particularmente em Lula - um adversário importante em momentos cruciais da história do Brasil. Esse é o partido que não participou do colégio eleitoral que pôs fim ao regime militar; que se negou a homologar a Constituição de 1988; que se recusou a dar sustentação ao governo de Itamar Franco; que sabotou - e cabe a palavra -  todas as tentativas de reformar o país empreendidas por FHC e que, agora, se esforça para censurar a imprensa.

A sorte foi, sem dúvida, generosa com Lula caso se considere a sua ação efetiva para a consolidação da democracia política. Seus hagiógrafos tendem a superestimar a sua atuação como líder sindical, ignorando a sua histórica irresponsabilidade no que respeita aos marcos institucionais, que são aqueles que ficam e que compõem o molde no qual a sociedade articula as suas diferenças.

Neste último dia de Lula, meu brinde vai para a democracia, que sobreviveu às ações deletérias de um líder e de um partido que se esforçam de modo metódico para solapá-la em nome de suas particularíssimas noções de Justiça.

Vai, Lula! Os que preservam a democracia o saúdam!

Reinaldo Azevedo


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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Nova identidade é lançada e 2 milhões terão documento na 1ª etapa

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Será lançado nesta quinta-feira, 30, em Brasília, o Registro de Identidade Civil (RIC), o novo documento de identidade dos brasileiros, que deve substituir o atual RG. As primeiras cidades a participarem do projeto piloto serão Brasília, Rio de Janeiro, Salvador, Hidrolândia, em Goiás, Ilha de Itamaracá, em Pernambuco, Nísia Floresta, no Rio Grande do Norte, e Rio Sono, em Tocantins. Nesta primeira etapa, 2 milhões de brasileiros serão selecionados para receber o RIC.

A Carteira de Identidade continuará válida pelo menos até que todos os cidadãos brasileiros tenham sido recadastrados, segundo informações do Ministério da Justiça. A implantação do RIC ocorrerá em um período de 9 anos com etapas graduais de implantação.

O novo documento conta com diversos mecanismos de segurança, além de um chip, onde estarão armazenadas as impressões digitais do titular e informações como sexo, nacionalidade, data de nascimento, foto, filiação, naturalidade, assinatura, órgão emissor, local de expedição, data de expedição, data de validade do cartão e dados referentes a outros documentos, como título de eleitor e CPF.

Segundo o Ministério da Justiça, com o RIC, cada cidadão passa a ter um número único baseado em suas impressões digitais do Cadastro Nacional de Registro de Identificação Civil, que estará integrado com as bases de dados dos órgãos de identificação dos estados e do Distrito Federal.

Os cartões RIC emitidos em 2011 serão custeados pelo Ministério da Justiça e não terão custo para o cidadão ou para os institutos de identificação. O investimento no primeiro ano será de cerca de R$ 90 milhões. Para os próximos anos, o Comitê Gestor do RIC vai definir a origem dos recursos que vão custear as emissões, sendo possível, inclusive, parcerias público-privadas e financiamento internacional. Estadão Online


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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

É doente mental: Lula diz que é bom terminar mandato e ver EUA em crise

altLula falando as bobagens de sempre, na Bahia: Como é bom começar o ano sem ouvir e ver esse mentiroso na imprensa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deixa a Presidência no sábado, afirmou que é bom terminar o mandato vendo os Estados Unidos e a Europa em crise, enquanto o Brasil conseguiu superá-la.

"Foi gostoso passar pela Presidência da República e terminar o mandato vendo os Estados Unidos em crise, vendo a Europa em crise, vendo o Japão em crise, quando eles sabiam tudo para resolver os problemas da crise brasileira, da crise da Bolívia, da crise da Rússia, da crise do México", afirmou Lula nesta quarta-feira na Bahia, em sua última viagem oficial como presidente.

Segundo Lula, foi importante provar que na crise não foi nenhum doutor, nenhum americano e nenhum inglês, mas um torneiro mecânico, pernambucano, presidente do Brasil que soube lidar com a crise junto à sua equipe econômica.

"É por isso que a crise demorou mais para chegar aqui e foi embora depressa", afirmou em discurso durante cerimônia do programa habitacional do governo federal "Minha Casa, Minha Vida".

Mais uma vez, o presidente não evitou o tom de despedida e se emocionou ao lembrar de sua trajetória e das conquistas de seus oito anos de governo, como tem feito nos últimos eventos públicos que participou.

Lula disse que se sente muito satisfeito com a criação dos 15 milhões de empregos com carteira assinada nesses oito anos e com o fato de que mais de 20 milhões de brasileiros saíram da miséria.

"Eu estou mais alegre hoje do que quando tomei posse, quando tomei posse eu estava nervoso e apreensivo (para ver) se eu ia dar conta do recado. Hoje estou tranquilo, porque demos conta do recado", disse Lula a jornalistas após a cerimônia. Folha Online

Foto: Ricardo Stuckert – PR


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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Florianópolis: Mudou pouco

altFlorianópolis: Engarrafamentos em direção do Sul da Ilha já se tornaram rotina em qualquer época do ano. No verão...

Enaltecida em prosa em verso, tema de filmes e de músicas famosas, a Praia de Copacabana marcou com o show de Roberto Carlos, contribuição para melhorar a imagem da Cidade Maravilhosa. Pois a Avenida Atlântica, que já passou por várias obras de urbanização, está melhor e mais bonita. Os quiosques foram reformados e a orla está sendo mais humanizada. Confortáveis banheiros ali foram instalados, com espaço para chuveiros e até para fraldários.

O ano está terminando e as praias de Florianópolis continuam sem esta mínima infra-estrutura. E aí não há distinção entre os balneários da elite, como Jurerê Internacional ou Praia Brava, e os mais populares, como Ingleses, Canasvieiras, no norte, Pântano do Sul e Campeche no sul. Ganha um apartamento na Beira Mar quem encontrar chuveiros públicos ou banheiros para uso dos banhistas nas praias. A temporada chegou e não se tem notícia de serviços para dar mais conforto à população e aos turistas.

As capitais do nordeste podem não ter praias tão bonitas quanto as do litoral catarinense, mas vencem disparado qualquer comparação sobre a urbanização das áreas mais freqüentadas. A Praia de Iracema, em Fortaleza, é um canteiro de obras. Com ajuda de Lula, está ficando coisa de cinema. A Praia do Futuro há muito é notícia internacional pelos “botecos” com arquitetura simples, mas de muito bom gosto, serviços qualificados, mesinhas e cadeiras na areia, água doce à vontade para o pós-banho. Privado e público. A Praia de Pajuçara, em Maceió, está um encanto, com cenário deslumbrante e toda infra-estrutura. Entrecortada de quiosques bonitos e limpos, chuveiros e banheiros, restaurantes, bares e hotéis, tudo inserido num cenário com os coqueiros irregulares suspensos no ar e formando paisagens artísticas inesquecíveis. Recife tem a Praia da Boa Viagem, cujo prefeito, também do PT, urbanizou e humanizou com toda infra-estrutura. E Salvador, e Natal e…

Terminais

Em Santa Catarina surgiram algumas iniciativas elogiáveis de prefeituras, isoladamente. Balneário Camboriú é pioneira na qualificação de sua Avenida Atlântica. Itajaí saiu na frente com seu píer que este ano está bombando com navios de cruzeiro. São Francisco do Sul inaugurou seu terminal, gerando mais empregos. Porto Belo deve inaugurar seu terminal dentro de 60 dias, (projeto da Santur). Valoriza a arquitetura açoriana e revitaliza o centro histórico. Na Ilha, já faltou água no Sambaqui e luz na Cachoeira. O trânsito travou durante três horas no leste na madrugada de Natal. O que melhorou mesmo foi a qualidade dos hotéis, dos bares, cafeterias, lojas e restaurantes. No geral, o que dependeu do poder público, foi uma lástima.

Moacir Pereira


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Opinião do Estadão: ''Segredo'' de Justiça

altAri Pargendler, presidente do STJ: É réu em processo por crime de injúria em ação aberta por Marcos Paulo dos Santos

Desde que assumiu a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), há sete meses, o ministro Cezar Peluso tem invocado a tese da preservação da honra e da intimidade para justificar a adoção de medidas polêmicas, que favorecem autoridades processadas pelos mais variados motivos - de abuso de prerrogativas funcionais à corrupção, passando por peculato e estelionato. A decisão mais recente do ministro Peluso foi determinar a substituição dos nomes das autoridades pelas iniciais, nas capas dos inquéritos e dos processos que aguardam julgamento no STF. Na prática, o efeito da medida - que está em vigor desde o final de agosto - é a tramitação dos processos em caráter confidencial, uma vez que é quase impossível saber, somente pelas iniciais dos nomes, quem são as autoridades que estão sob investigação.

Até agora, esse procedimento era utilizado nas ações judiciais que tramitam com cláusula de sigilo, envolvendo crianças e adolescentes e nos casos em que há quebra de sigilo fiscal, bancário ou telefônico. Segundo o presidente do STF, as ações devem ser conduzidas "reservadamente", uma vez que causam danos à imagem das autoridades. "A regra é essa. Não se pode fazer divulgação desnecessária", afirmou.

altUma das pessoas favorecidas por essa medida foi o presidente do Superior Tribunal de Justiça, Ari Pargendler, que responde a um processo por crime de injúria. A ação foi aberta em outubro por um ex-estagiário da Corte, Marcos Paulo dos Santos. Ele alega ter sido agredido moralmente - e posteriormente demitido - por ter cruzado a linha amarela na fila de um caixa eletrônico do qual Pargendler retirava dinheiro.

Os advogados do ministro pediram que a ação tramitasse com cláusula de sigilo, para evitar constrangimento para o presidente de um tribunal superior. Como, por princípio, as ações judiciais são públicas, o pedido causou perplexidade no STF e foi rejeitado de modo enfático. "Nada justifica a tramitação, em regime de sigilo, de qualquer procedimento que tenha curso em juízo. Deve prevalecer a cláusula da publicidade", disse o relator Celso de Mello, decano do STF. "É uma pretensão indevida. Será que vai haver todo esse cuidado para os cidadãos comuns? A regra é a publicidade. É preciso que haja o lançamento dos nomes por extenso para que a sociedade acompanhe o andamento dos processos ", afirmou o ministro Marco Aurélio Mello.

Por causa de iniciativas corporativas em favor de autoridades, Peluso já sofreu importantes derrotas, nos sete meses em que está à frente do STF. Em maio, no início da sessão de julgamento do ministro Paulo Medina, do STJ, que acabou condenado por envolvimento na venda de liminares a donos de máquinas caça-níqueis, Peluso propôs que a sessão fosse fechada, para preservar a imagem do réu. A proposta foi rejeitada pelo plenário.

Meses depois, Peluso se opôs à remessa para o Conselho Nacional de Justiça de processos administrativos contra magistrados. Alegando que eles não poderiam ficar expostos a constrangimentos causados pelo que chama de "divulgação desnecessária do sistema judicial", o presidente do STF defendeu - igualmente sem sucesso - que os processos ficassem circunscritos às corregedorias dos tribunais de segunda instância, que são conhecidas por sua pouca eficiência e corporativismo. Na defesa de tratamento diferenciado para a magistratura, Peluso também já bateu boca com um integrante do CNJ, em maio - e, segundo os jornais da semana passada, estaria em rota de colisão com a ministra Eliana Calmon, que assumiu há três meses a Corregedoria Nacional de Justiça.

O que está por trás da maioria dos processos abertos contra autoridades é o interesse público. Ocultar a identidade dos acusados, sob a justificativa de que é necessário preservar sua honra e intimidade, é negar a transparência que deve prevalecer nas relações entre governantes e governados. Em casos assim, vale lembrar Louis Brandeis, um os mais importantes ministros que passaram pela Suprema Corte dos Estados Unidos: "A luz do sol é o melhor desinfetante."

Quem quiser ver o andamento do processo em que Ari Pargendler figura como réu, clique aqui.


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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Como baixar vídeos da Globo.com

Siga o roteiro abaixo para baixar vídeos da Globo.com.

Antes de mais nada, faça o download do programa aTube Catcher nesse link. A versão disponível será sempre a mais recente, já que o programa (grátis) é atualizado com frequência. Na instalação escolha o idioma de sua preferência.

Vá na página de vídeos da Globo.com (http://video.globo.com/) escolha o vídeo que você deseja baixar e clique nele para executar (não adianta tentar querer baixar os vídeos de páginas específicas da Globo - GloboEsporte, G1, GloboNews, etc. - que você não vai conseguir). Os vídeos têm que ser baixados na página que mencionei, que é a que contém todos os vídeos da Globo que estão disponíveis na internet.

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1. Copie e cole a URL (endereço) do vídeo escolhido e aberto no seu navegador.

2. Se tiver alguma dificuldade para copiar e colar o endereço, escolha a opção 2 [Entre a URL completa do vídeo] que abrirá uma tela como abaixo. Escolha o navegador que está aberto com o vídeo da Globo.com, selecione o arquivo e clique em Escolher este link. Automaticamente o programa vai inserir o link do vídeo a ser baixado.

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3. Escolha a pasta de destino para salvar o vídeo que será baixado.

4. Aqui é a parte mais importante: Como Perfil de saída escolha a opção MP4 Video 1200kbps. Pode escolher também MP4 High Definition 1080p (1920x1080) 3600 kbps (mais qualidade = mais pesado). Se você optar por outro formato o vídeo poderá ficar achatado e a visualização/áudio prejudicados.

5. Clique em baixar. Após a conversão, seu vídeo será salvo na pasta que escolheu.

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As orientações foram testadas e foi essa a forma mais fácil que encontrei para realizar o processo de baixar vídeos da Globo.com. Importante ainda ressaltar que os vídeos devem ser utilizados somente para seu entretenimento já que o uso para outras finalidades não é autorizado.

Atenção: O autor do post não se responsabiliza pelo uso comercial dos vídeos nem responderá a comentários sobre dúvidas a respeito desse tutorial.


Mais opções do programa

O aTube Catcher oferece ainda a possibilidade de converter vídeos de seu computador para o formato que quiser. Basta clicar na opção Vídeo Converter no menu, Adicionar (1) o vídeo, o Perfil de saída (2) e clicar em Converter (3) que ele fará isso com extrema facilidade e ótima qualidade. Detalhe: o programa não avisa quando o vídeo está pronto. Mostra a mensagem Encoding e a barra com o progresso da conversão (4). Se não aparecer nenhuma mensagem de erro, após chegar a 100%, seu vídeo estará pronto na pasta que você escolheu para salvá-lo.

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O programa oferece uma infinidade de facilidades que não testei. Para saber mais sobre o aTube Catcher, faça uma busca na internet e seja feliz.


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Fernando Henrique Cardoso: 'Eu mudei o Brasil!'

Fernando Henrique Cardoso participou do programa Manhattan Connection exibido pelo canal GNT no dia 26 de dezembro.

O ex-presidente fez um panorama do governo Lula e falou sobre redes sociais.

“Eu mudei o Brasil. Sem falsa modéstia. O Brasil era um antes da consolidação da economia e passou a ser outro. O Brasil foi muito melhor do que o que o presidente Lula pegou. O ano que ele pegou piorou por causa dele. Por causa do medo que o mercado tinha do que ele dizia que ia fazer. A Dilma vai pegar uma economia em bom momento mas vai pegar uma situação fiscal bastante difícil também”, adianta.

Mas o ex-presidente evita maiores comparações de seu governo com o de Lula. “Fiz um governo de mudanças profundas. O presidente Lula aproveitou a economia e os programas que criamos, para expandir. Mas acredito que muito foi mérito dele também”, comenta.

Quanto a Dilma Rousseff, o ex-presidente diz não entendê-la com perfeição. “A Dilma, às vezes, não termina um raciocínio. E eu não tenho imaginação suficiente para entender o que ela ia dizer”, brinca. Ao final do programa, é questionado sobre o livro que sugeriria a Dilma. Ele diz “A Democracia na América”, de Alexis De Tocqueville.  “Ela já deve ter lido. Eu espero”.

Previsões para economia do Brasil

Sobre as previsões que colocam a economia do Brasil em 5ª lugar, em 2016, o ex-presidente - que governou o Brasil de 1995 até 2003 - é realista. “Nós sabemos lidar com a economia. Não sabemos é lidar com as pessoas, com a segurança, com a justiça, com a saúde, com o meio ambiente... Essa preocupação se vamos ser uma das cinco maiores é desconversar o país. Nós já somos uma das 10 maiores economias do mundo. Vamos tentar ser uma das 10 melhores e não maiores”, opina FHC.

Aos 79 anos, o ex-presidente diz não ser adepto das redes sociais mas admite gostar muito de Blackberry e iPad. “Facebook e Twitter eu não uso. Estou fora desse jogo de prestígio. Já o Blackberry eu gosto muito. Já até escrevi um artigo nele”. Canal GNT


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domingo, 26 de dezembro de 2010

Lula e Sarney: Irmãos de alma

altLula: O sujeito mais sem caráter que já colocou os pés no Palácio do Planalto. Uma imagem vale por mil palavras

Mary Zaidan

Estamos entrando na última semana de 2010, ano que coroou de glórias o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas nem os sucessivos recordes de popularidade e o fenomenal feito de inventar e moldar sua sucessora fazem de Lula o maior vitorioso do ano. Há tempos, esse título pertence ao senador José Sarney, um ex-arqui-inimigo de Lula que se tornou “conselheiro” e “companheiro leal, correto”.

Sarney atravessou 2010 em céu de brigadeiro. Superou de vez o seu inferno astral. Safou-se das denúncias que chegaram a somar 11 processos na Comissão de Ética do Senado, todos arquivados sem análise de mérito ainda em 2009. Mesmo diante de fatos inequívocos, alguns com culpa assumida, como os atos secretos, as nomeações de parentes em escala geométrica, a composição salarial acima do teto e as irregularidades que acabaram por afundar a fundação que levava seu nome, Sarney continuou incólume.

Reelegeu sua filha ao governo do Maranhão, prorrogando por mais quatro anos o domínio absoluto que tem sobre um dos mais atrasados estados do país, 26º colocado no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU. E ainda driblou os reveses de seus aliados no Amapá, quando a Operação Mãos Limpa desvendou podres do ex-secretário de Justiça e Segurança Pública, Aldo Alves Ferreira, e prendeu o ex-governador Waldez Góes.

Mais do que isso. Sem qualquer alarde, provou quem de verdade tem o poder de mando.

Emplacou sem qualquer dificuldade dois ministros no governo Dilma. Edison Lobão nas Minas e Energia e, no Turismo, o deputado octogenário Pedro Novais, que enfiou nas contas da Câmara gastos feitos em uma farra coletiva em um motel próximo à capital maranhense. Uma história que até seria cômica se não fosse financiada com o dinheiro do contribuinte.

De quebra, Sarney conseguiu ainda afastar seu maior rival na disputa por um novo mandato como presidente do Senado, despachando Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) para o pepinoso Ministério da Previdência. E, ao que tudo indica, não perderá um milímetro sequer de espaço nas estatais que já domina, em especial no setor elétrico. Terá braços no BNDES, uma coisinha ali na Caixa, outra no Banco do Brasil e, com certeza, na Telebrás ressuscitada e na novíssima estatal do pré-sal.

Neste ano de ouro, Sarney nem precisava de tantos mimos adicionais de Lula, alguns de tal monta que o dono do Maranhão jamais imaginou receber. Lula, que recomendou um psiquiatra para o repórter que lhe perguntara sobre agrados à oligarquia Sarney, não cansa de babar-se em elogios. Chegou a chamar Sarney de “irmão de alma”.

Embora muito longe dos ditos de 1987 – “Adhemar de Barros e Maluf podem ser ladrão (sic), mas eles são trombadinhas perto do grande ladrão que é o governante da Nova República, perto dos assaltos que ele faz”; “Sarney é um impostor que chegou à presidência assaltando o poder”-, Lula tem mesmo laços cada vez mais fraternos com aquele que chamava de ladrão. E ambos fiaram-se neles para se proteger de denúncias que expunham ao público suas malversações.

Mas se hoje essa parece uma irmandade proveitosa, é certo que Sarney colherá mais vantagens dela, pois pouco ou quase nada tem a perder para a história. Já Lula cravou no peito uma mácula sem volta: aliou-se ao atraso, ao que há de pior no país. Fez o “ladrão” de “ irmão”.

Mary Zaidan é jornalista, trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência Lu Fernandes Comunicação e Imprensa


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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Treta na Câmara: Vereadores de Florianópolis suspeitos de venda de votos depõem à Polícia Civil

altO rolo continua: Jaime Tonello disse que apenas cumpriu uma obrigação legal ao depor da Deic (Foto: Daniel Conzi - DC)

A Polícia Civil começou nesta semana a tomar os depoimentos sobre o escândalo de suposta compra e venda de votos na eleição para a mesa diretora da Câmara de Florianópolis. Os vereadores João da Bega (PMDB) e Jaime Tonello (DEM) já foram ouvidos.

O delegado Adalberto Safanelli revelou que João da Bega acusou o vereador Ricardo Camargo Vieira (PCdoB) de pedir dinheiro em troca do voto. Até segunda-feira, quando deu o depoimento, o peemedebista não tinha dito nenhum nome e, ao ser procurado pela reportagem, ele não confirmou a afirmação.

— O que eu tiver que esclarecer vai ser feito no Conselho de Ética e para as autoridades. Não vou falar nenhum nome na imprensa — disse.

Segundo Safanelli, o depoimento durou três horas. João da Bega deu detalhes de como a negociação teria ocorrido e indicou testemunhas que teriam ouvido a tentativa de venda de voto. O delegado afirmou que essas pessoas serão chamadas no segundo momento da investigação.

O vereador Tonello, vencedor da eleição da mesa diretora, disse que não tem conhecimento de qualquer informação relacionada a venda de votos.

— Vim cumprir minha obrigação legal. Fui vitorioso num processo transparente e democrático e desconheço qualquer negociação envolvendo dinheiro — afirmou o parlamentar, depois de prestar o depoimento.

Tonello chegou à Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) às 16h desta terça e falou durante uma hora ao delegado. Nesta quarta, serão ouvidos os vereadores Asael Pereira (PSB), Marcos Aurélio Espíndola (PPS) e Ricardo Vieira.

Asael foi acusado pelo prefeito Dário Berger de pedir R$ 300 mil para votar em João da Bega. Espíndola, o Badeko, foi citado pelo prefeito na primeira entrevista mas teve seu nome retirado na coletiva de Dário, na segunda-feira.

De acordo com Safanelli, Dário também foi chamado e será ouvido no início de janeiro. Por ter foro privilegiado, o prefeito tem direito a escolher data e horário do depoimento.

O Ministério Público abriu inquérito para investigar o escândalo e espera informações da Polícia Civil para dar sequência ao caso. Na Câmara, o Conselho de Ética aguarda as manifestações por escrito de João da Bega, Asael e Vieira. Os três vereadores têm até segunda-feira da próxima semana para entregar as respostas.

Contraponto

O vereador Ricardo Vieira disse que ficou sabendo pela imprensa que João da Bega citou seu nome na negociação de voto. Vieira afirmou que seu advogado foi à Deic para pedir mais informações sobre o inquérito, mas não teve acesso ao depoimento de Bega. Vieira nega todas as acusações, garante que nunca falou sobre dinheiro na eleição da Câmara e afirma que vai processar os autores da denúncia. ClicRBS


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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Opinião do Estadão: ''A gente nunca pode dizer não''

Dilma Vana Rousseff é o nome que aparece no diploma emitido semana passada pela Justiça Eleitoral para certificar a sua eleição a presidente da República. Mas é como se o documento contivesse também, sobreposto, o nome de seu patrono Luiz Inácio Lula da Silva. Ninguém melhor do que ela há de saber que a fantástica popularidade do inventor de sua candidatura foi o que decidiu, muito mais do que qualquer outro fator ou soma de fatores, a sorte da sucessão.

Caso Dilma fosse acometida de um hipotético surto de amnésia, ou de um implausível acesso de soberba, lá estaria ele de prontidão para trazê-la de volta à realidade. Afinal, de própria voz ou por interposta pessoa, é o que já vem fazendo, embora até hoje a eleita não tenha perdido uma única oportunidade, nas suas manifestações públicas, de enaltecer o seu demiurgo. "Sei da responsabilidade de suceder a um governante da estatura do presidente Lula", disse ela, por exemplo, na breve fala da diplomação.

Sem contar os atos. Ele indicou expressamente ou aprovou a escolha de 12 dos 23 ministros de Dilma anunciados até o último fim de semana. Diante disso, o normal seria o presidente retribuir. Poderia dizer, talvez, que os seus muitos planos para o futuro excluem o regresso ao Planalto, tamanha a sua convicção de que a sucessora terminará o seu mandato com um saldo de realizações mais do que suficiente para credenciá-la a um segundo período de governo. Ou poderia simplesmente não responder a perguntas sobre o assunto. Não lhe faltariam palavras para driblá-las.

Em vez disso, sem a mais remota preocupação com a autoestima e a imagem política daquela a quem costuma se referir pelo carinhoso (ou, antes, condescendente) diminutivo Dilminha, Lula falou do cenário eleitoral de 2014 com uma insopitável naturalidade. Não foi um escorregão nem um gesto isolado. Domingo, o jornal O Globo publicou uma entrevista com o ainda chefe de gabinete do presidente e futuro secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, em que ele diz textualmente: "Num cenário de a Dilma fazer um governo bom, é evidente que ela vai à reeleição. Se houver dificuldades e ele (Lula) for a solução para a gente ter uma vitória, ele pode voltar."

A sintonia de Carvalho com o chefe pode ser avaliada pouco depois, quando a RedeTV! levou ao ar a figura do próprio Lula dizendo que "a gente nunca pode dizer não" (a uma recandidatura). Não pode, explicou, "porque eu sou vivo, sou presidente de honra de um partido, sou um político nato, construí uma relação política extraordinária". Muito vivo, apressou-se a moderar a assertiva de que, graças ao seu fabuloso patrimônio, ele sempre pode dizer sim, lembrando que "é muito difícil dar qualquer palpite agora".

Ainda assim, não resistiu a produzir de um mesmo fôlego a clássica emenda pior do que o soneto: "Vamos trabalhar para a Dilma fazer um bom governo e quando chegar a hora a gente vê o que vai acontecer." Esse Lula, que não se dá ao trabalho de manter as aparências para mostrar um simulacro de respeito pela afilhada, mas, longe disso, avisa que será o seu tutor no Planalto - e, conforme as circunstâncias, poderá desconvidá-la à reeleição - é o artigo original. A contrafação é o Lula que quer "tirar tudo da Presidência de dentro de mim" para "voltar a ser um cidadão mais próximo da normalidade possível".

Se lhe perguntassem quem garante que ele não dará o dito pelo não dito - e se ele fosse responder com a verdade sobre a vontade de poder que tem dentro de si -, só lhe restaria responder "La garantía soy yo". Porque, a julgar por seu comportamento desde as eleições, é pura lábia de vendedor de produtos pirateados ele prometer que ensinará "como um ex-presidente tem que se portar". Lula, que ensinou na campanha como um presidente não tem que se portar, já trata de preparar o terreno para 2014.

De outro modo não se explica por que, no ocaso de seu governo, mandou gastar R$ 20 milhões em peças publicitárias para 325 jornais, revistas e emissoras de rádio e TV, celebrando os seus feitos. Não será surpresa se ele ainda vier a ter um programa radiofônico semanal chamado Café com o ex-presidente.


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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

FHC foi o acorde dissonante na ópera do absurdo que Lula recomeçou

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De volta ao Brasil de sempre, resignaram-se há oito anos as paredes do gabinete presidencial depois de uma ligeira contemplação do novo inquilino. Desde 1960, quando Juscelino Kubitschek inaugurou o Palácio do Planalto, a grande sala no terceiro andar já abrigou napoleões de hospício, generais de exército da salvação, perfeitas cavalgaduras, messias de gafieira, gatunos patológicos, vigaristas provincianos e outros exotismos da fauna brasileira. Por que não um Luiz Inácio Lula da Silva?

Quem conhece a saga republicana sabe que a ascensão ao poder de um ex-operário metalúrgico só restabeleceu a rotina da anormalidade que vigora, com curtíssimos intervalos, desde o inquilinato de Jânio Quadros. Na galeria dos retratos dos presidentes, Lula está à vontade ao lado dos vizinhos de parede. Sente-se em casa. A discurseira delirante e ininterrupta está em perfeita afinação com a ópera do absurdo. O acorde dissonante é Fernando Henrique Cardoso. Um confirma a regra. O outro é a exceção.

O migrante nordestino que chegou à Presidência sem escalas em bancos escolares tem tudo a ver com o país dos 14 milhões de analfabetos, dos 50 milhões que não compreendem o que acabaram de ler nem conseguem somar dois mais dois, da imensidão de miseráveis embrutecidos pela ignorância endêmica e condenados a uma vida não vivida. Esse mundo é indulgente com intuitivos que falam sem parar sobre assuntos que ignoram. E é hostil a homens que pensam e agem com sensatez. É um mundo que demora a alcançar em sua exata dimensão a lucidez do sociólogo nascido no Rio que tinha escrito muitos livros quando se instalou no Planalto.

O Brasil de Lula tem a cara primitiva de sempre. O Brasil  de FHC provou que a erradicação do atraso não é impossível. Pareceu até civilizado no primeiro dia de 2003, quando se completou um processo sucessório exemplarmente democrático. Durante a campanha eleitoral, o presidente fez o contrário do que faria o sucessor. Embora apoiasse José Serra, não mobilizou a máquina administrativa em favor do candidato, não abandonou o emprego para animar palanques e consultou os principais concorrentes antes de tomar decisões cujos efeitos ultrapassariam os limites do mandato prestes a terminar.

Nem Ruth Cardoso foi poupada

Consumada a vitória do adversário, FHC pilotou o período de transição e ajudou a conter a fuga de investidores inquietos com a folha corrida do PT. O Brasil de janeiro de 2003 tinha poucas semelhanças com o que Itamar Franco encontrou depois do despejo de Fernando Collor. Em 1994, o ministro da Fazenda de Itamar comandou a montagem do Plano Real. Nos oito anos seguintes, fez o suficiente para entregar a Lula um Brasil alforriado da inflação e da irresponsabilidade fiscal, modernizado pela privatização de mamutes estatais deficitários e livre de tentações autoritárias.

“Aqui você deixa um amigo”, disse o sucessor com a faixa presidencial já enfeitando o peito. Foi a primeira das mentiras, vigarices, trapaças e traições que alvejariam, nos oito anos seguintes, a assombração que está para o SuperLula como a kriptonita para o Super-Homem. Criminosamente solidário com José Sarney, a quem chamava de ladrão, obscenamente amável com Fernando Collor, a quem chamava de corrupto, o ressentido incurável, incapaz de absorver as duas derrotas no primeiro turno e conformar-se com a inferioridade intelectual, guardou o estoque inteiro de truculências e patifarias para tentar destruir um antigo aliado, um adversário leal e um homem honrado.

Lula nunca pronuncia o nome do antecessor, evita até identificá-lo pelas iniciais. Delega as agressões frontais a grandes e pequenos canalhas, que explicitam o que o chefe insinua. Há sempre os sarneys, dirceus, jucás, berzoinis, collors, dutras, renans, mercadantes, tarsos, gilbertinhos, dilmas e erenices prontos para a execução do trabalho sujo que não poupou sequer Ruth Cardoso, vítima do papelório infame forjado em 2008 na fábrica de dossiês da Casa Civil. A cada avanço dos farsantes correspondeu uma rendição sem luta do PSDB, do PPS e do DEM. FHC não é atacado pelos defeitos que tem ou pelos erros que cometeu, mas pelas qualidades que exibe e pelas façanhas que protagonizou.

Ele merecia adversários menos boçais e aliados mais corajosos. Há algo de muito errado com a oposição oficial quando um grande presidente, para ressuscitar verdades reiteradamente assassinadas desde 2003, tem de defender sozinho um patrimônio político-administrativo que deveria ser festejado pelos partidos que o apoiaram. Há algo de muito estranho com um PSDB que não ouve o que diz seu presidente de honra. Nem lê o que escreve, como atesta a releitura de dois artigos publicados no Estadão.

O ponto fora da curva

Em outubro de 2008, FHC avisou que a democracia brasileira estava ameaçada pelo “autoritarismo popular” do chefe de governo, que poderia descambar numa espécie de subperonismo amparado nas centrais sindicais, em movimentos ditos sociais e nas massas robotizadas. “Para onde vamos?”, perguntava o título do primeiro artigo. A Argentina de Juan Domingo Perón foi para os braços de Isabelita e acabou no colo de militares hidrófobos. O Brasil de Lula foi para Dilma Rousseff. É cedo para saber  onde acabará.

Em fevereiro, com 968 palavras, FHC enterrou no jazigo das malandragens eleitoreiras a fantasia costurada durante sete anos. “Para ganhar sua guerra imaginária, o presidente distorce o ocorrido no governo do antecessor, autoglorifica-se na comparação, nega o que de bom foi feito e apossa-se de tudo que dele herdou como se dele sempre tivesse sido”, resumiu. Depois de ensinar que o Brasil existia antes de Lula e existirá depois dele, recomendou que se apanhasse a luva atirada pelo sucessor: “Se o lulismo quiser comparar, sem mentir e sem descontextualizar, a briga é boa. Nada a temer”.

Em vez de seguir o conselho e sugerir a Lula que topasse um debate com Fernando Henrique, José Serra reincidiu no crime praticado em 2002 — com agravantes. Além de esconder o líder que aumentou a distância entre o país e a era das cavernas, apareceu no horário eleitoral ao lado de Lula, convertido num Zé decidido a prosseguir a obra do Silva. Aloysio Nunes Ferreira fez o contrário. Tinha 3% das intenções de voto quando transformou FHC em principal avalista da candidatura. Elegeu-se senador com a maior votação da História. Saudado por sorrisos, cumprimentos e aplausos quando caminha nas ruas de São Paulo, FHC nunca foi hostilizado em público. Depois da vaia no Maracanã, Lula não voltou a dar as caras fora do circuito das plateias amestradas.

Desde o dia da eleição, FHC tem exortado o PSDB a transformar-se num partido de verdade, com um programa que adapte à realidade brasileira a essência da social-democracia, combata sem hesitações a corrupção institucionalizada e, sobretudo, aprenda que o papel da oposição é opor-se, como ele próprio tem feito há oito anos. “Por enquanto, o único partido que temos é o PT”, repetiu há dias. “Sem uma linha política clara a seguir, o PSDB continuará a agir segundo as circunstâncias e a perder tempo com questões pontuais”. Pode perder de vez também o respeito e a confiança do eleitorado oposicionista, adverte a reação provocada pela Carta de Maceió. O teor vergonhoso do documento comprova que os governadores tucanos não captaram o recado do patriarca.

Na trajetória desenhada pelos presidentes da República, FHC é o ponto fora da curva. Pode ser esse o seu destino, sugere a paisagem deste fim de 2010. Assegurada a vaga na História, poupado da obsessão pelo poder, ainda assim não recusa o combate, não faz acordos, não capitula. Em respeito à própria biografia, e por entender que a nação merece algo melhor, continua a apontar a nudez do pequeno monarca. Oito anos mais velho, ficou oito anos mais novo: nenhum líder político é tão parecido com a oposição real, rejuvenescida e revigorada neste outubro por 44 milhões de votos, quanto Fernando Henrique Cardoso.

Augusto Nunes


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Treta na Câmara de Florianópolis: João da Bega diz que contará como aconteceu o pedido de R$ 230 mil

20_12_2020_joao_da_bega_candidato_a_presidente_da_camara_de_florianopolis_derrotadoTreta na Câmara de Florianópolis: João da Bega foi o primeiro a denunciar suposto esquema (Foto: Hermínio Nunes)

Pivô das denúncias de compra de votos de vereadores na eleição para a presidência da Câmara de Florianópolis, o vereador João da Bega (PMDB), candidato que foi derrotado, promete contar tudo "como realmente aconteceu" na resposta por escrito à notificação do Conselho de Ética que recebeu na sexta-feira.

O vereador não quis antecipar o conteúdo da resposta, mas afirmou que a denúncia atinge apenas um dos nove colegas que garantiram a vitória de Jaime Tonello (DEM) na sessão da terça-feira passada.

— Não é nomes, é nome. Eu não acusei os vereadores. Eu disse que um vereador, ao conversar comigo para fazer parte da chapa, me pediu uma determinada quantia que eu já falei — disse João da Bega, em referência ao vídeo em que aparece acusando um vereador de ter pedido o valor de R$ 230 mil para apoiá-lo.

Ele preferiu não comentar as declarações do prefeito Dário Berger (PMDB) ao DC, que acusou os vereadores Asael Pereira (PSB), Ricardo Vieira (PCdoB) e Marcos Aurélio Espíndola, o Badeko (PPS), de participarem do esquema.

— O prefeito falou que foi o Asael e tal. Isso é problema do prefeito, não é meu. Eu vou citar o nome do vereador que realmente aconteceu isso — disse Bega, que prometeu entregar as explicações antes de completar o prazo de cinco dias úteis.

Além do peemedebista, terão que se explicar ao Conselho de Ética dois dos vereadores acusados pelo prefeito: Asael Pereira e Ricardo Vieira. Os dois não foram localizados, ontem, pela reportagem para comentar o teor das respostas que vão enviar, mas têm negado as acusações.

Apesar de ter sido citado pelo prefeito, Badeko não foi incluído nessa primeira lista elaborada pelo conselho. A justificativa é de que os requerimentos enviados ao Conselho não incluem o nome dele.

As respostas à notificação devem ser enviadas até sexta-feira. A partir daí, o vereador Renato Geske (PR), presidente do conselho, tem dez dias úteis para elaborar um parecer e decidir se abre uma investigação formal sobre o caso.

Geske garante que o recesso parlamentar não vai atrapalhar a apuração das denúncias sobre compra de votos no processo eleitoral da Câmara.

— Isso não tem problema. Enquanto tiver pauta, o trabalho continua na comissão — diz o vereador.

Assista o vídeo sobre desabafo de João da Bega

Segunda gravação onde cita Gean Loureiro

Entrevista do prefeito Dário Berger à Rádio CBN/Diário, no dia 15/12/2010

Fonte da notícia: Diário Catarinense Online – Sonora: Rádio CBN/Diário


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domingo, 19 de dezembro de 2010

Santa Catarina: Rodovias já registram 13 mortes neste fim de semana

altSempre a imprudência: Motociclista morreu em acidente na Via Expressa em Florianópolis (Foto: Alan Pedro - DC)

Os números são de feriadão, mas é apenas mais um fim de semana: de sexta-feira até o fim de tarde deste domingo, 13 pessoas morreram em acidentes de trânsito em Santa Catarina. Quatro acidentes envolveram motos e resultaram na morte de quatro motociclistas e um caroneiro.

Na manhã deste domingo o motociclista Rodrigo Alves Frias, de 31 anos, não resistiu aos ferimentos após bater em uma árvore por volta de 8h, na Via Expressa (BR-282), em Florianópolis.

Já na sexta-feira, três pessoas morreram em uma batida envolvendo dois carros e um caminhão, na BR-282 em Bom Retiro, na Serra catarinense, por volta das 20h30min. Uma criança de 8 anos, Thalissa de Melo Silveira, que estava no Polo, perdeu a vida. O condutor do Palio, não identificado, e o passageiro Gilson Carlos Moraes, 31, também morreram.

O sábado foi o pior dia, registrando nove acidentes com vítimas fatais. Além disso, um ônibus da empresa Pluma que ia de Curitiba para Porto Alegre tombou pela manhã no km 358, da BR-101 em Sangão, no Sul de Santa Catarina. Dos 53 passageiros, 20 ficaram feridos. O motorista Jairo José Silvério teria perdido o controle do veículo por causa do intenso nevoeiro.

Nove mortes no sábado

Roanito Rodrigues Danielli, 19 anos, morreu em um acidente no km 493,1, da BR-282, em Xanxerê, no Oeste catarinense. Ele dirigia uma picape GMC 3.500HD, quando bateu de frente em uma Scania às 5h30min.

Everton da Silva Vieira, de 30 anos, morreu após perder o controle da moto CB 300 cilindradas e bater em um ponto de ônibus, no km 1,6, da SC-410 em Governador Celso Ramos, por volta das 2h. Em Paulo Lopes, também na Grande Florianópolis, Pedro Vieira, de 45 anos, e Marcelo Lisboa Lumertz, 39 anos, que estavam em um Fiat Palio Weekend, bateram de frente com um caminhão e morreram. O acidente aconteceu por volta da meia-noite, no km 254 da BR-101.

Ás 21h40min, um acidente no km 50,8, da BR-116 em Papanduva, no Planalto Norte, matou o motociclista Ademir Gilberto de Paula, de 31 anos. Ele bateu de frente em um Astra. No início da noite, Antonio Carlos Medeiros Jr, de 24 anos, morreu após bater a Parati que dirigia em um barranco no km 163,9 da rodovia SC-438, em Orleans, no Sul.

Rosangela Nascimento, de 30 anos, e Marilda Abelino Moltibeler, de 34 anos, morreram em um acidente no km 61,3, da rodovia SC-411, em São João Batista, na Grande Florianópolis. Elas estavam em uma moto que bateu de frente em um Fiat Palio às 20h10min.

E uma criança de 12 anos, não identificada pela Polícia Rodoviária Federal, morreu atropelada na BR-101 em Biguaçu, na Grande Florianópolis. Ela foi atingida por um Celta por volta das 15h, no km 196. ClicRBS


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sábado, 18 de dezembro de 2010

Legião Urbana - Ao vivo


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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Cazuza ao vivo


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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Ney Matogrosso ao vivo


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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Arnaldo Antunes - Ao vivo


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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Titãs - Ao vivo


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domingo, 12 de dezembro de 2010

Jota Quest - Ao vivo


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Opinião do Estadão: Quem fala muito...

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Há dois aforismos muito populares que se aplicam aos falastrões: "Quem diz o que quer ouve o que não quer" e "Quem fala muito dá bom dia a cavalo", ou seja, acaba dizendo bobagem. Pois o presidente retirante - que na ânsia de não perder nenhum dos poucos minutos de poder formal que lhe restam anda falando mais do que nunca antes - nos últimos dias se tem esmerado em ilustrar aquelas pérolas da sabedoria popular. Dois episódios foram particularmente exemplares. O primeiro, na quarta-feira, na solenidade de posse do novo presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Benjamin Zymler. O segundo, no dia seguinte, durante o ato de apresentação do balanço de quatro anos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).


Lula foi ao TCU acompanhado da presidente eleita, Dilma Rousseff. Nenhum dos dois discursou nem falou com os jornalistas. Mas Lula passou pelo constrangimento de ter que ouvir, no discurso de posse do ministro Zymler, uma clara resposta a suas frequentes reclamações e críticas à ação fiscalizadora daquele tribunal: "O aperfeiçoamento das auditorias passou a ser a marca registrada do TCU junto à sociedade. Não há por que retroceder nesse campo. Pelo contrário, torna-se imprescindível a contínua melhoria dessa atividade." Aludindo ao que classificou de percepção generalizada de que o TCU tem sido "duro" em sua ação fiscalizadora - alusão da qual é impossível dissociar os queixumes do presidente da República -, Zymler enfatizou: "E tem de ser duro. Isso significa algum tipo de problema pontual, mas a perspectiva de longo prazo é a de melhoria de gestão no próprio governo." Assim, depois de tanto e por tanto tempo dizer o que queria sobre o TCU, Lula acabou tendo que ouvir o que não queria.

Na quinta-feira, durante mais um dos atos públicos programados em sua carregada agenda de despedidas da chefia do governo, dessa vez com o objetivo de fazer a apresentação de um balanço das realizações do PAC, Lula enveredou por mais uma de suas habituais digressões para debochar, por um lado, da diplomacia americana e, por outro, dos jornalistas e todos os que defendem a liberdade de imprensa. Diante de uma solícita e animada plateia composta por ministros, parlamentares e funcionários dos vários escalões do Executivo, Lula escancarou o deboche ao referir-se à WikiLeaks e à prisão de seu diretor, o australiano Julian Assange, "o rapaz que estava desembaraçando a diplomacia americana". Num dia em que não parecia, como se vê, particularmente inspirado em matéria de clareza de expressão, o presidente atacou, em tom irônico, estimulado pela cumplicidade dos ouvintes: "O rapaz (Julian Assange) foi preso e não estou vendo nenhum protesto contra (sic) a liberdade de expressão." É claro que Lula queria dizer "protesto pela liberdade de expressão", mas acabou repetindo o ato falho, pelo menos mais duas vezes. E ainda deu um jeito de encaixar um valioso conselho a Dilma Rousseff, referindo-se às trocas de mensagens entre diplomatas americanos divulgadas pelo WikiLeaks: "A Dilma tem que saber e falar para o ministro dela que, se (os diplomatas) não tiverem o que escrever, não escrevam bobagem, passem em branco a mensagem."

Ironias e deboches à parte, o argumento usado por Lula para alfinetar a imprensa e o governo norte-americano é formalmente inconsistente. Apesar de todo o óbvio interesse dos Estados Unidos e demais países envolvidos em colocar um ponto final na divulgação de documentos diplomáticos, a prisão de Julian Assange em Londres não teve, pelo menos como causa imediata, nada a ver com liberdade de expressão. Ele se entregou espontaneamente à polícia inglesa depois que a Interpol expediu contra ele um pedido de prisão, motivado por acusações de estupro e abuso sexual feitas, na Suécia, por duas cidadãs daquele país.

Quanto à liberdade de expressão, não corre o menor risco nos Estados Unidos, como ficou claro no caso dos famosos "Papéis do Pentágono", em 1971, muito mais lesivo aos interesses americanos e até a segurança dos EUA do que o atual, mas ainda assim garantido pela Suprema Corte americana. Risco ela corre até hoje no Brasil de Lula e do seu ministro Franklin Martins.


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