segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Treta na Câmara de Florianópolis: João da Bega diz que contará como aconteceu o pedido de R$ 230 mil

20_12_2020_joao_da_bega_candidato_a_presidente_da_camara_de_florianopolis_derrotadoTreta na Câmara de Florianópolis: João da Bega foi o primeiro a denunciar suposto esquema (Foto: Hermínio Nunes)

Pivô das denúncias de compra de votos de vereadores na eleição para a presidência da Câmara de Florianópolis, o vereador João da Bega (PMDB), candidato que foi derrotado, promete contar tudo "como realmente aconteceu" na resposta por escrito à notificação do Conselho de Ética que recebeu na sexta-feira.

O vereador não quis antecipar o conteúdo da resposta, mas afirmou que a denúncia atinge apenas um dos nove colegas que garantiram a vitória de Jaime Tonello (DEM) na sessão da terça-feira passada.

— Não é nomes, é nome. Eu não acusei os vereadores. Eu disse que um vereador, ao conversar comigo para fazer parte da chapa, me pediu uma determinada quantia que eu já falei — disse João da Bega, em referência ao vídeo em que aparece acusando um vereador de ter pedido o valor de R$ 230 mil para apoiá-lo.

Ele preferiu não comentar as declarações do prefeito Dário Berger (PMDB) ao DC, que acusou os vereadores Asael Pereira (PSB), Ricardo Vieira (PCdoB) e Marcos Aurélio Espíndola, o Badeko (PPS), de participarem do esquema.

— O prefeito falou que foi o Asael e tal. Isso é problema do prefeito, não é meu. Eu vou citar o nome do vereador que realmente aconteceu isso — disse Bega, que prometeu entregar as explicações antes de completar o prazo de cinco dias úteis.

Além do peemedebista, terão que se explicar ao Conselho de Ética dois dos vereadores acusados pelo prefeito: Asael Pereira e Ricardo Vieira. Os dois não foram localizados, ontem, pela reportagem para comentar o teor das respostas que vão enviar, mas têm negado as acusações.

Apesar de ter sido citado pelo prefeito, Badeko não foi incluído nessa primeira lista elaborada pelo conselho. A justificativa é de que os requerimentos enviados ao Conselho não incluem o nome dele.

As respostas à notificação devem ser enviadas até sexta-feira. A partir daí, o vereador Renato Geske (PR), presidente do conselho, tem dez dias úteis para elaborar um parecer e decidir se abre uma investigação formal sobre o caso.

Geske garante que o recesso parlamentar não vai atrapalhar a apuração das denúncias sobre compra de votos no processo eleitoral da Câmara.

— Isso não tem problema. Enquanto tiver pauta, o trabalho continua na comissão — diz o vereador.

Assista o vídeo sobre desabafo de João da Bega

Segunda gravação onde cita Gean Loureiro

Entrevista do prefeito Dário Berger à Rádio CBN/Diário, no dia 15/12/2010

Fonte da notícia: Diário Catarinense Online – Sonora: Rádio CBN/Diário


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