Em uma semana marcada por ataques e réplicas, os candidatos à Casa Branca, Barack Obama e John McCain, fizeram uma trégua em memória às vítimas dos atentados terroristas de 11 de Setembro e apareceram juntos pela primeira vez desde que foram oficialmente nomeados.
No sétimo ano da tragédia, que deixou quase 3.000 mortos, Obama apelou à renovação do "espírito de serviço e sentimento de objetivo comum" dos cidadãos e das equipes que trabalharam no resgate às vítimas.
Em declaração escrita, Obama disse que "no 11 de Setembro, os americanos de todo o país se uniram para estar com as famílias das vítimas, doar sangue, oferecer sua caridade e rezar pelo país".
Deixando os ataques políticos de lado, o democrata lembrou ainda que os "terroristas responsáveis pelo 11 de Setembro ainda estão soltos e devem ser levados à justiça". Obama defende um aumento das tropas de combate americanas no Afeganistão, onde, segundo ele, estão os verdadeiros responsáveis pelos atentados. Ele diz ainda que a Guerra do Iraque distraiu os americanos do objetivo central na guerra contra o terror.
"Devemos vencer as redes terroristas, defender a pátria americana, defender os valores americanos que tanto prezamos, buscam um novo momento de liberdade entre nós e todo o mundo", completou Obama, em comunicado.
O republicano McCain também aproveitou o momento para lembrar do heroísmo dos americanos. Desde Shanksville, Pensilvânia, onde caiu um doa aviões seqüestrados pelos terroristas, "nenhum americano deveria jamais duvidar do heroísmo que ocorreu sobre os céus deste campo em 11 de setembro de 2001".
"Pensava-se que os terroristas do vôo 93 da United [Airlines] poderiam tentar lançar o avião contra o Capitólio", lembrou McCain, sobre a tentativa frustada pelos americanos.
"Eles, e possivelmente eu, devemos nossas vidas aos passageiros que se armaram com o valor e o amor necessários para negar seu terrível triunfo a nossos depravados e odiosos inimigos", disse, em breve discurso próximo ao Marco Zero, onde ficavam as torres gêmeas do World Trade Center.
McCain --ex-piloto da Marinha e prisioneiro da Guerra do Vietnã (1964 a 1975)-- afirmou ainda ter sido "testemunha de atos de grande coragem e sacrifício por amor aos Estados Unidos, mas nenhum tão grande como o destas boas pessoas que compreenderam a gravidade do momento, entenderam a ameaça e decidiram lutar ao custo de suas vidas".
"A única forma que temos de agradecê-los é tentarmos ser tão bons americanos quanto eles foram. Podemos não estar a sua altura, mas temos que honrar o esforço", disse.
Aparição
Os dois presidenciáveis apareceram juntos no Marco Zero de Nova York. Em pleno centro de Manhattan, os dois surgiram protegidos por um forte esquema de segurança. Eles ofereceram um tributo silencioso e uma coroa de flores em memória às vítimas.
McCain e Obama aparecerão juntos também em um fórum sobre serviço e compromisso público organizado pela Universidade de Columbia, no fim da tarde.
Além da trégua nos discursos, os dois presidenciáveis decidiram suspender todas as propagandas de televisão nas quais se atacam, um ato em respeito às vítimas do pior atentado da história dos EUA. Folha Online
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