A oposição boliviana condicionou um acordo com o governo a mudanças na nova Constituição, aprovada ano passado sem a presença dos oposicionistas, de acordo com Informações da BBC Brasil. O senador do principal partido de oposição na Bolívia, o Podemos, Wálter Guiteras, afirmou que o governo quer discutir apenas o capítulo das autonomias e a oposição quer rever outros nove pontos que consideram “essenciais”. “Não é suficiente, como o governo pretende, discutir apenas o capítulo das autonomias”, disse Guiteras.
Essa nova exigência da oposição surgiu hoje (25) logo depois do reinício das negociações entre oposição e governo, suspensas na segunda-feira (22), quando o presidente boliviano Evo Morales foi a Nova York, Estados Unidos, para participar da reunião da Assembléia Geral das Nações Unidas e também de uma reunião da União das Nações da América do Sul (Unasul).
Entre os pontos que a oposição quer estão as autonomias indígenas, a revisão dos capítulos referentes ao tamanho da terra – que seria ficaria entre 5 e 10 mil hectares –, e a reeleição presidencial.
A nova constituição ainda precisa ser aprovada no Senado boliviano, onde a maioria dos parlamentares é de partidos da oposição. "Não podemos aprovar um pacote constitucional sem discutir seu conteúdo", afirmou o porta-voz dos governadores da oposição, Mario Cossío.
Só depois de a proposta aprovada no Senado é que o referendo poderá ser feito. Só, então, a população vai analisar o novo texto constitucional. Evo Morales declarou esta semana que o Congresso boliviano tem até o dia 15 de outubro para aprovar a nova Constituição e para convocar o referendo. Agência Brasil
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