quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Chávez se reunirá com presidente russo na quinta-feira

chavez_Medvedev

A reunião entre os presidentes venezuelano, Hugo Chávez, e russo, Dimitri Medvedev, acontecerá na quinta-feira (25) no sul da Rússia, perto da fronteira com o Azerbaijão, afirmou nesta terça-feira o presidente sul-americano.

"Irei me reunir com o presidente Medvedev no sul da Rússia, perto da fronteira com o Azerbaijão, onde ocorrerão manobras militares. Vamos nos encontrar para trocar idéias", afirmou Chávez em declarações por telefone à rede estatal de televisão venezuelana.

Chávez se encontra na China desde segunda-feira e seguirá viajem para a Rússia amanhã, em um tour internacional que também inclui França e Portugal.

A visita de Chávez à Rússia acontece logo depois de uma frota de navios russos ter partido de sua base no Ártico com destino à Venezuela, onde realizará manobras conjuntas em um exercício militar sem precedentes desde o fim da Guerra Fria.

Sobre esse assunto, Chávez afirmou que a partida da frota russa ao Caribe não representa "um anúncio de guerra, mas sim de paz". "Cada um toma suas medidas de proteção (contra os Estados Unidos)", afirmou o presidente venezuelano.

Exercício militar

A Frota do Norte inclui a nau capitânia, o cruzador lança-mísseis de propulsão nuclear Pedro, o Grande, o destróier Almirante Chabanenko e navios de escolta, segundo a marinha russa.

A frota militar russa deverá chegar às águas territoriais da Venezuela em novembro ou dezembro. Essas manobras, inéditas no Caribe desde o fim da Guerra Fria, serão realizadas em uma região próxima aos Estados Unidos - considerada há um século como zona de influência americana - e no momento em que as relações entre Moscou e Washington estão abaladas pela intervenção russa na Geórgia, no início de agosto.

O Exército russo invadiu a Geórgia para defender os separatistas pró-russos da Província da Ossétia do Sul, que havia auto-declarado independência nos anos 1990 e cujo controle os militares georgianos tentavam retomar. Os conflitos duraram quase um mês e a ofensiva Rússia foi alvo de ampla condenação no Ocidente.

Em setembro, dois bombardeiros russos TU-160 permaneceram por uma semana na Venezuela para realizar "vôos de treinamento", no que Chávez chamou de "advertência" aos Estados Unidos. Folha Online


Share/Save/Bookmark

Nenhum comentário: