sexta-feira, 9 de maio de 2008

"A serviço de quem o funcionário vazou o dossiê?", indaga Heráclito

Ao classificar como "muito grave" a identificação do secretário de Controle Interno da Casa Civil, José Aparecido Pires, como responsável pelo vazamento de informações sobre gastos do governo Fernando Henrique Cardoso, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) questionou as motivações para a divulgação dos dados. Conforme notícias divulgadas pela imprensa, as investigações, feitas pela sindicância interna da Casa Civil, detectaram troca de e-mails entre José Aparecido e um assessor do Senado ligado ao senador Alvaro Dias (PSDB-PR).

- É preciso saber a serviço de quem o funcionário da Casa Civil vazou o dossiê e quais os vazadores que estão em volta. Que motivos moveram um histórico militante do PT a vazar as informações? - questionou.

Para Heráclito, o fato indica tratar-se de guerra interna no Partido dos Trabalhadores, sendo o vazamento de informações o resultado de "fogo amigo e o governo tem que procurar o responsável pelo lança-chamas".

- O governo deve fazer uma reflexão sobre os recentes fatos, que são muito graves. Negar a existência de um dossiê sobre o governo Fernando Henrique Cardoso é abraçar-se a uma mentira - frisou.

Ao fazer referência a recentes escândalos envolvendo o governo federal, como o caso de desvios de recursos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Heráclito identificou na origem das denúncias "interesses financeiros inconfessáveis" e apontou o envolvimento de organizações não-governamentais, fundos de pensão e estatais.

Na opinião do senador, o lançamento informal da candidatura da ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República, seria "o motor dos vazamentos". Heráclito criticou o depoimento da ministra à Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI) do Senado.

- A vinda da Dilma foi um fracasso. Ela mentiu sobre o dossiê e omitiu informações. O PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] é obra de ficção, se resumindo a estudos em andamento e obras por fazer. De concreto, quase nada - afirmou. Agência Senado
Share/Save/Bookmark

Nenhum comentário: