segunda-feira, 5 de maio de 2008

Lula: 'Ninguém segura este país'

TERESINA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recorreu a uma frase-exaltação cunhada durante o regime militar - "Ninguém segura este país" - para comentar o grau de investimento concedido ao Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poor''s na última quarta-feira. Ao discursar para um público de cinco mil pessoas, Lula optou pela informalidade ao abordar o tema.

"Soube da notícia pela televisão. Eu nem sabia o que era e fui ligar para o Celso Amorim (ministro das Relações Exteriores): "O que é isso ?" Ele disse que era grau de investimento. Fiquei ainda mais confuso", brincou, em meio a risos e aplausos da multidão que o ouvia sob um sol intenso, no terceiro e último compromisso público de sua agenda na capital piauiense.

Lula voltou a avaliar como "um problema bom" a inflação dos alimentos ao comentar a alta da saca de feijão de R$ 60,00 para mais de R$ 200,00. O presidente repetiu o argumento que "os chineses, os indianos, o povo todo do Brasil, estão comendo mais" e, em seguida, arrematou: "Se falta alimentos, ótimo, vamos produzir mais alimentos no País; temos terra, água, sol."

Em uma fala otimista e entusiasmada, o presidente tocou na duração do mandato ao dizer que não é possível consertar em quatro, oito ou dez anos o desmazelo de séculos. Frisou ainda que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ainda não tem três anos e "é o maior investimento social do país".

O discurso de Lula foi feito durante a entrega de 280 casas para policiais construídas no Programa de Arrendamento Presidencial (PAR) da Caixa Econômica Federal, em solenidade que incluiu também o anúncio de bolsa de formação para policiais e liberação de recursos do PAC no montante de R$ 333 milhões. Agência Estado
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