- Ela fez muito bem em mentir durante a ditadura e eu quero ter certeza de que ela não mentiu perante uma comissão do Senado Federal - disse o senador.
Para Arthur Virgílio, o dossiê está na ordem do dia e é preciso que a ministra venha ao Senado, como havia se comprometido, para falar o tempo necessário para tirar todas as dúvidas que pairam sobre o assunto.
Segundo o senador, em seu depoimento na Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI), na última quarta-feira (7), Dilma entrou em contradição e não esgotou esse assunto. Para Arthur Virgílio, Dilma não teria falado a verdade na CI, pois disse que não havia um dossiê e sim um banco de dados. Na opinião do senador, trata-se sim de um dossiê, pois um banco de dados contém informações em ordem cronológica e não dá destaques a personagens específicos. Nesse caso, ponderou ele, a ordem cronológica foi alterada e ressaltaram-se os gastos pessoais da ex-primeira dama, Ruth Cardoso.
Além disso, observou Arthur Virgílio, o suposto dossiê foi vazado por um membro do grupo da secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, que teria trabalhado durante o período de carnaval, na elaboração do dossiê. Esse membro do grupo, José Aparecido Nunes Pires, já teria concedido entrevista na última quinta-feira (8), sugerindo a hipótese de que "coisas podem ter sido plantadas".
- Não há hipótese de uma verdade não vir à tona na democracia. O senhor Pires já disse ontem: eles podem ter plantado coisas. Eles quem? Quem são eles? Alguém quem? Não venham me dizer que foi Fernando Henrique Cardoso. Vamos ser verossímeis, coerentes, conseqüentes. O senhor Pires vai aceitar o papel de bode expiatório do dossiê? Acho que não vai e não deve. E, ainda que ele queira aceitar, o nível de investigação que atingiu a imprensa brasileira derrubará qualquer falácia - afirmou Arthur Virgílio.
O senador lembrou ter dito à própria ministra que sua secretaria Erenice Guerra estava por um fio.
Arthur Virgílio disse que sua assessoria está estudando também a hipótese jurídica de acusação da ministra por crime de responsabilidade por não ter repassado a ele dados sobre gastos com cartões corporativos, o que ele teria direito como senador. Agência Senado

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