
Com citações poéticas, Ayres Britto disse que chega à presidência do TSE em "verdadeiro estado de graça", pois recebe o cargo do ministro Marco Aurélio Mello, "um presidente organizado, incomumente operoso e de inteligência fulgurante".
O ministro disse que já está na hora de a Justiça Eleitoral "fazer ver ao Congresso Nacional que o financiamento público das campanhas eleitorais é medida sem a qual o suicídio da decência é ainda a mais doce das soluções".
Ayres Britto ressaltou que a postura da Corte Eleitoral nunca usurpou a função legislativa, uma vez que os temas tratados estão na Constituição. "O que nos tem possibilitado, a nós magistrados, entre tantas outras medidas de saneamento dos costumes políticos brasileiros, cobrar fidelidade dos candidatos eleitos a seus partidos e à própria compostura ideológica do país", afirmou.
Em seu discurso, o ministro também fez uma série de questionamentos sobre a ação da Corte Eleitoral e o desempenho dos políticos. Em um dos questionamentos, Ayres Britto criticou a forma com que os suplentes de senadores assumem o cargo em caso de afastamento ou morte do titular, uma vez que os suplentes não recebem votos.
Ayres Britto também criticou o quociente eleitoral - forma com que são eleitos os candidatos a cargos proporcionais: vereadores e deputados. Para o ministro, a regra exclui candidatos mais votados e o eleitor vê seu voto "cair no colo" de um terceiro candidato ou de um partido estranho à sua inclinação ideológica e simpatia pessoal. Folha On Line

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