Polícia Federal também pretende descobrir qual a motivação do documento, para saber se houve crime
A Polícia Federal não deu por encerrado o episódio do dossiê sobre gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso com a divulgação do laudo do Instituto de Tecnologia da Informação (ITI), que aponta o secretário de Controle Interno da Casa Civil, José Aparecido Nunes Pires, como autor do vazamento dos dados. O objetivo da PF agora é descobrir quem mandou fazer o dossiê e com que motivação, para estabelecer se houve crime.
Nessa hipótese, os autores do dossiê podem ser indiciados por prevaricação. O delegado Sérgio Menezes, encarregado da investigação, anexou ontem o laudo do ITI ao inquérito e fechou com o juiz José Airton de Aguiar, da 12ª Vara da Justiça Federal, o calendário de novas diligências. Airton decretou segredo de justiça no inquérito, que tem 60 dias para ser concluído. Os depoimentos começam na próxima segunda-feira, 12.
Os primeiros intimados a depor são Aparecido, apontado no laudo como autor do vazamento e o assessor do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), André Eduardo da Silva Fernandes, para quem ele teria mandado o dossiê, por meio eletrônico, numa troca de e-mails nos dias 19 e 20 de fevereiro passado.
A PF já ouviu o senador, que confirmou ter recebido o dossiê por intermédio do assessor. Como os dados acabaram divulgados, Dias e seu assessor correm o risco de serem indiciados por vazamento de informação sigilosa, caso a justiça conclua que as informações eram protegidas por sigilo legal.
Nessa hipótese, terá de ser pedida autorização ao Supremo Tribunal Federal (STF), uma vez que o senador tem direito a foro especial. Dias tem dito que não cometeu qualquer ilegalidade e que, se houve crime, ele está na elaboração do dossiê com fins espúrios. Agência Estado
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(*) Lêda Lacerda Muitas vezes, quem nunca passou por uma dessas
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Há 6 horas
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