O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nesta terça-feira que já existem várias propostas "concretíssimas" de apoio brasileiro ao desenvolvimento do Paraguai. Amorim citou a construção de uma linha de transmissão de energia elétrica da Usina Hidrelétrica de Itaipu até Assunção, capital paraguaia.
Amorim afirmou que algumas obras no Brasil também podem beneficiar os paraguaios. Um exemplo seria a construção da ferrovia, ligando as duas cidades paranaenses de Cascavel e Foz do Iguaçu, na fronteira paraguaia, com Cidade do Leste, que pode facilitar o escoamento da produção agrícola do país vizinho. Ele lembrou ainda a proposta de construção de uma segunda ponte ligando os dois países.
Amorim também não descartou a possibilidade de investimentos diretos de empresas brasileiras. "Pode haver um maior incentivo para que indústrias brasileiras, em um marco jurídico adequado e seguro, possam investir no Paraguai, inclusive em indústrias que utilizam mais energia elétrica e que façam com que o Paraguai se sinta, ele de fato está, mas que ele se sinta utilizando a energia que Itaipu está gerando", afirmou o chanceler brasileiro.
Ele reiterou a posição de que a essência do Tratado de Itaipu não pode ser modificada. "Creio eu que há maneiras de encontrar soluções para o que sejam reivindicações justas e realistas, sem alterar o Tratado", disse.
De acordo com o ministro, ainda não foi recebida nenhuma proposta formal de modificação do Anexo C do Tratado de Itaipu, que trata das questões financeiras. "Vamos com calma, vamos esperar", pediu.
"Eu acho que é preciso pensar um conjunto de coisas que ajudem o Paraguai", afirmou. E completou que soluções devem ser encontradas por meio de negociações e não com "rompantes arrogantes", que possam prejudicar os países vizinhos. Agência Brasil
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