O Ministério Público Federal confirmou na tarde desta quinta-feira que foi decretada a prisão do ex-deputado estadual Álvaro Lins. Cassado na noite de terça-feira por quebra de decoro parlamentar, Lins entregou mais cedo o carro oficial da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj). O ex-deputado foi denunciado pelo MP na operação Segurança Pública S/A por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, facilitação de contrabando e corrupção passiva.
A Polícia Federal esteve no apartamento de Lins, em Copacabana, mas ele não foi encontrado e já é considerado foragido. De acordo com o RJTV, da Rede Globo, o advogado do ex-deputado afirmou que ele está internado em uma casa de saúde, com sintomas de depressão, mas deve se apresentar nesta sexta-feira.
O suplente de Lins tomou posse na Alerj na manhã desta quinta-feira. Renato Jesus (PMDB) assinou o termo de posse na Secretaria da Mesa Diretora. O deputado, no entanto, ainda está sem gabinete. Ele aguarda que funcionários de Lins concluam a retirada dos objetos do ex-deputado para que possa ocupá-lo.
Renato Jesus ainda também aguarda a exoneração dos comissionados de Lins para que sua equipe possa ser contratada. Deve sair, ainda nesta quinta, no Diário Oficial do Legislativo, 41 exonerações e dispensas de pessoas que exerciam cargos em comissão e funções gratificadas no gabinete do deputado cassado Álvaro Lins. Entre elas estão dois delegados - Marco Aurélio de Paula Ribeiro e Danielle Bullus Araújo.
Com 55 anos, ele vai para o seu quinto mandato legislativo. Em Belford Roxo, ele é conhecido como "o homem da alimentação". O deputado disse que não distribui mais alimentos a preços de custo, mas ainda é proprietário de uma panificação. Nas últimas eleições, Renato de Jesus obteve 37 mil votos, a maioria em Belford Roxo, Caxias, Niterói e São Gonçalo. Ele contou que voltava de Rio das Ostras, na terça, quando recebeu telefonemas de amigos sobre a cassação de Lins:
- Não tinha expectativa e nem estava acompanhando o caso desconversou.
Lins vai responder a mais um processo administrativo, na Corregedoria Geral Unificada (CGU). O procedimento foi instaurado para apurar a suposta participação do ex-chefe de Polícia Civil em fraudes no concurso para inspetor realizado durante sua gestão. Ele também é citado em outra investigação por suposta ligação com a máfia dos caça-níqueis. Os dois processos estão em fase de instrução e podem resultar na exoneração do delegado. Extra Online
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