segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Reitor da UnB diz que não há problema 'legal' na decoração de apartamento


Do G1, em Brasília, com informação do Jornal Nacional
Timothy Mulholland disse ainda que apartamento não serve apenas como moradia. Ele contestou os gastos apresentados pelo Ministério Público.

O reitor da Universidade de Brasília (UnB) contestou os gastos de quase meio milhão de reais apresentados pelo Ministério Público sobre a decoração do apartamento dele. Ele afirmou que não vê problema legal, nem ético na despesa paga pela Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec).

Estudantes fizeram um protesto em frente ao prédio onde mora o reitor. Longe dali, no gabinete, na universidade, Timothy Mulholland deu a primeira entrevista depois que a imprensa divulgou detalhes sobre a decoração do apartamento dele paga pela Finatec. Alguns ítens chamaram a atenção, como um abridor de latas de R$ 190, um saca-rolhas de R$ 859, e três lixeiras com preços de quase mil reais.

O reitor Timothy Mulholland se defendeu. “A determinação que demos e que foi seguida até onde foi possível averiguar é que fosse comprado material durável e é claro que havia uma linha estética. Não se mobília uma casa de qualquer maneira. Tem linhas de estética para poder ter um conjunto harmonioso", disse.

Segundo o reitor, a mobília e decoração do apartamento custaram R$ 350 mil e o imóvel não serve apenas como moradia. É também um local de encontro com professores, cientistas e delegações estrangeiras, onde se trata de assuntos de interesse da universidade. Por isso a necessidade dessa estrutura. Ele disse que não há nenhum problema ético envolvendo isso.

“Não. Legal, nem ético. Aquilo foi feito propositadamente com a finalidade institucional e foi montado institucionalmente”, afirmou.

A Finatec, que pagou a decoração do apartamento do reitor, recebeu nos últimos seis anos R$ 23 milhões da UnB. O Ministério Público investiga essa relação. Na lista de 130 órgãos públicos, a UnB é a recordista no repasse de dinheiro para a fundação. O promotor Ricardo Antônio de Souza suspeita que professores da universidade que também trabalham para a Finatec recebem em dobro pelo mesmo trabalho.

“Através dos custos fica claro que há a possibilidade da duplicidade de pagamentos a docentes da UnB. Docentes que são pagos pela universidade para prestar esse serviço de dedicação exclusiva não podem prestar serviços sendo pagos por outra fonte intermediada pela Finatec”, disse.

O advogado da Finatec, Francisco Queiroz Neto, disse que o trabalho é feito fora do horário do expediente. “Todos os profissionais da UnB que prestam serviço eventualmente na Finatec fazem fora do horário do serviço. É pra fazer isso eles precisam de autorização do chefe do departamento a que eles estão vinculados e do próprio reitor".

Comentário meu: A sacanagem pode até ser legal, mas está faltando algum quesito nessa "alegoria". Se existe sujeito cara de páu, é esse. Tudo pela Educação. Dás um banho!
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Um comentário:

Anônimo disse...

Já viu como esse estrangeiro se tornou Reitor?Um de seus fãs ardorosos é o Paulo Paim "ah, se nós tivéssemos mais reitores como o senhor..."

Lia/floripa