
Do G1, em Brasília, com informação do Jornal Nacional
Timothy Mulholland disse ainda que apartamento não serve apenas como moradia. Ele contestou os gastos apresentados pelo Ministério Público.
O reitor da Universidade de Brasília (UnB) contestou os gastos de quase meio milhão de reais apresentados pelo Ministério Público sobre a decoração do apartamento dele. Ele afirmou que não vê problema legal, nem ético na despesa paga pela Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec).
Estudantes fizeram um protesto em frente ao prédio onde mora o reitor. Longe dali, no gabinete, na universidade, Timothy Mulholland deu a primeira entrevista depois que a imprensa divulgou detalhes sobre a decoração do apartamento dele paga pela Finatec. Alguns ítens chamaram a atenção, como um abridor de latas de R$ 190, um saca-rolhas de R$ 859, e três lixeiras com preços de quase mil reais.
O reitor Timothy Mulholland se defendeu. “A determinação que demos e que foi seguida até onde foi possível averiguar é que fosse comprado material durável e é claro que havia uma linha estética. Não se mobília uma casa de qualquer maneira. Tem linhas de estética para poder ter um conjunto harmonioso", disse.
Segundo o reitor, a mobília e decoração do apartamento custaram R$ 350 mil e o imóvel não serve apenas como moradia. É também um local de encontro com professores, cientistas e delegações estrangeiras, onde se trata de assuntos de interesse da universidade. Por isso a necessidade dessa estrutura. Ele disse que não há nenhum problema ético envolvendo isso.
“Não. Legal, nem ético. Aquilo foi feito propositadamente com a finalidade institucional e foi montado institucionalmente”, afirmou.
A Finatec, que pagou a decoração do apartamento do reitor, recebeu nos últimos seis anos R$ 23 milhões da UnB. O Ministério Público investiga essa relação. Na lista de 130 órgãos públicos, a UnB é a recordista no repasse de dinheiro para a fundação. O promotor Ricardo Antônio de Souza suspeita que professores da universidade que também trabalham para a Finatec recebem em dobro pelo mesmo trabalho.
“Através dos custos fica claro que há a possibilidade da duplicidade de pagamentos a docentes da UnB. Docentes que são pagos pela universidade para prestar esse serviço de dedicação exclusiva não podem prestar serviços sendo pagos por outra fonte intermediada pela Finatec”, disse.
O advogado da Finatec, Francisco Queiroz Neto, disse que o trabalho é feito fora do horário do expediente. “Todos os profissionais da UnB que prestam serviço eventualmente na Finatec fazem fora do horário do serviço. É pra fazer isso eles precisam de autorização do chefe do departamento a que eles estão vinculados e do próprio reitor".
Comentário meu: A sacanagem pode até ser legal, mas está faltando algum quesito nessa "alegoria". Se existe sujeito cara de páu, é esse. Tudo pela Educação. Dás um banho!

Um comentário:
Já viu como esse estrangeiro se tornou Reitor?Um de seus fãs ardorosos é o Paulo Paim "ah, se nós tivéssemos mais reitores como o senhor..."
Lia/floripa
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