segunda-feira, 19 de maio de 2008

Mais uma do anão: Lula diz que leverá opositores da CPMF a creches

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, em uma cerimônia em comemoração do primeiro ano do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), o que chamou de "pequenês política" de alguns governantes e provocou os senadores que em dezembro do ano passado votaram pela derrubada da prorrogação da CPMF. "Quando a primeira creche estiver funcionando, vamos levar os ministros da área econômica e os senadores que votaram contra a CPMF, e eles vão perceber que é preciso mais dinheiro e vão ver o que a gente podia fazer com R$ 40 bilhões e não vamos poder fazer".

Ao assinar convênios para a viabilização de ônibus escolares para transportar crianças carentes, o presidente comentou: "o que vai ter de prefeito fazendo campanha nesses ônibus aqui", disse, sem concluir a frase. O presidente lembrou ainda, durante o discurso, que o papel do Brasil no cenário internacional mudou e a população está "mais inteligente, cobrando mais e mais perceptiva".

De acordo com o presidente, existem programas do governo que hoje não podem ser viabilizados porque não contam mais com os recursos previstos com a arrecadação da CPMF. "Estou há dois meses esperando para inaugurar com o Temporão (José Gomes Temporão, ministro da Saúde), o (Programa) Saúde na Escola. Mas, quando a gente é oposição a gente acha que pode oferecer tudo de boa qualidade e de graça".

Durante a comemoração do PDE, Lula chegou a classificar o programa Bolsa Família como a política social mais importante da "face da Terra". "O presidente não conhece nenhuma pessoa que recebe o benefício. Não sei se são pretas ou brancas, corinthianas ou palmeirenses, não quero saber", disse, afirmando que o objetivo do governo é "conseguir atingir a veia da sociedade brasileira".

Em discurso de improviso, o presidente comentou ainda que não faz distinção entre prefeitos da base aliada ou de oposição. Ele afirmou que continua trabalhando para atingir uma relação de "perfeição" segundo a qual os prefeitos não precisam viajar a Brasília para fazer as reivindicações. "O prefeito vão ser tratados como cidadãos de primeira classe e nunca como cachorros políticos". Redação Terra
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