sexta-feira, 23 de maio de 2008

Equador protesta por investigação colombiana contra deputada

A Assembléia Constituinte do Equador acusou na sexta-feira o governo da Colômbia de cometer uma agressão ao solicitar uma investigação contra uma deputada constituinte por suposta ligação com a guerrilha Farc, em mais um capítulo dos atritos entre os dois países.

O Ministério Público colombiano determinou na quinta-feira a abertura de inquérito contra 11 pessoas cujos nomes apareciam em computadores apreendidos com o falecido dirigente guerrilheiro Raúl Reyes. Entre essas pessoas está a constituinte María Augusta Calle.

Com o voto de 82 dos 130 constituintes, a Assembléia aprovou uma resolução que diz: "Repudiamos qualquer intervencionismo à soberania do Equador, que já não é territorial, mas também jurisdicional."

Bogotá e Quito mantém um atrito desde o começo de março, quando a Colômbia fez uma incursão militar em território equatoriano para atacar o acampamento das Farc onde estava Reyes.

Outro cidadão equatoriano também teve o nome envolvido nas investigações sobre os laptops de Reyes. Trata-se de Iván Larrea, irmão do ministro de Segurança Interna e Externa, Gustavo Larrea.

Três parlamentares colombianos, um parlamentar venezuelano e um acadêmico norte-americano também foram submetidos à investigação na Colômbia, onde o caso está sendo batizado como "farcpolítica."

A Constituinte equatoriana, que existe graças a uma promessa de campanha do presidente nacionalista Rafael Correa, afirmou que a investigação contra a parlamentar governista é parte dos esforços da Colômbia para buscar "um precedente que justifique a ação de 1o de março e futuras ações bélicas" contra o Equador. Reuters
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