quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Não ordeno despesas", diz Lupi


O ministro Carlos Lupi convocou a imprensa para esclarecer críticas relacionadas à liberação de recursos do Ministério do Trabalho para prefeituras, por meio de convênios. Ele se defendeu dizendo que as autorizações não são assinadas por ele, e sim por auxiliares em diversas secretarias do ministério. "Em nenhum momento eu ordeno despesas, não sou ordenador de despesas".

Lupi, que já havia se manifestado sobre essa questão mais de uma vez, disse estar sendo vítima de uma "campanha muito bem articulada para difamar uma imagem pública cultivada ao longo de 30 anos", em referência a reportagens publicadas recentemente questionando os convênios.

A primeira delas, no último dia 17, informava que o governo pretendia analisar a conduta do ministro na assinatura de um contrato de cerca de R$ 15 milhões com o Instituto de Educação e Pesquisa Data Brasil, uma organização supostamente ligada ao PDT.

Sobre isso, Lupi alegou a reportagem do jornal O Globo o acusou de favorecer duas prefeituras do PDT com o convênio, mas não citou que outras seis prefeituras de outros partidos também seriam beneficiadas.

Ele afirmou também que o convênio ainda nem está em prática porque a primeira parcela é liberada para que as instituições se preparem com infra-estrutura, mão-de-obra etc. "Ainda não existe [o convênio], isso é premonição da maldade". O ministro disse também que o convênio foi cancelado a pedido da própria Data Brasil em função das denúncias, e que os recursos foram bloqueados. Outros dois convênios, segundo ele, foram cancelados nos últimos dias, mas apenas porque não houve contrapartida das instituições.

Partidários do PDT, inclusive deputados e representantes de sindicatos, estiveram presentes para manifestar apoio à permanência do ministro no cargo, aplaudindo suas declarações.

A permanência de Lupi foi questionada recentemente pela Comissão de Ética Pública da Presidência, por acumular os cargos de ministro e presidente do PDT. Ontem, a comissão manifestou vontade de ouvir esclarecimentos dele sobre denúncias de irregularidade em sua administração. Hoje, ele afirmou que vai se explicar ao novo presidente do órgão, Sepúlveda Pertence, quando for notificado. Agência Brasil

Comentário: Caco!
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