terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Dilma afirma que governo vai avaliar "legalmente" situação de ministro Lupi


O governo pretende avaliar “legalmente” e com prudência a situação do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, antes de decidir se o afasta ou não do cargo, informou hoje (26) a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

Em dezembro do ano passado, a Comissão de Ética Pública da Presidência da República recomendou o afastamento de Lupi por conflito de interesses uma vez que ele também ocupa a presidência do PDT. Agora, a comissão analisa novas denúncias de irregularidades na administração do ministro.

“O governo não pretende ser pautado no que se refere à avaliação de um ministro. É uma questão muito séria para que uma crítica aqui e outra ali seja objeto de uma medida tão drástica como a demissão de um ministro. Tem que tratar isso com menos fígado e mais racionalidade”, disse Dilma a jornalistas, após apresentar balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) a empresários na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.

Segundo Dilma, o governo averigüará todas as denúncias. “O governo está fazendo uma avaliação bastante circunstanciada disto porque não é algo trivial”, frisou.

Questionada se o governo cederia à proposta da oposição de votar a reforma tributária este ano em troca da diminuição do número de medidas provisórias (MPs) editadas pelo Executivo, a ministra disse que desconhecia tal proposta. Mas admitiu a possibilidade de redução das MPs.

“Acho até que se pode reduzir o envio de medidas provisórias, só não vejo muito sentido em vincular uma coisa a outra, até porque fica parecendo que a reforma tributária não tem valor”, afirmou. “Não posso acreditar que alguém da oposição não tenha a visão da importância que é uma reforma tributária para todo o país, para os estados, os municípios, a União e sobretudo, para o setor privado”, completou.

Dilma disse ainda que seria “muito importante”, aprovar a reforma tributária ainda em 2008. O assunto será debatido amanhã (27) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e empresários em reunião no Palácio do Planalto. Ontem (25) o tema foi discutido com as centrais sindicais. Agência Brasil

Comentário: Sepúlveda Pertence não aceitaria ser presidente da Comissão de Ética Pública sem que o caso do Lupi já estivesse acertado. Reforço o que comentei ontem: ou Lupi sai do ministério ou entrega a presidência do PDT!
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