sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Dás um banho - Não perdi o sono com a crise, diz Mantega em Washington

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, que está em Washington para a reunião semestral do FMI e o encontro de emergência do G20, disse nesta sexta-feira, em tom bem-humorado, que não perdeu o sono com a crise econômica global.

"Porque sou o ministro da Fazenda do Brasil, eu não perdi o sono. Acredito que meus colegas, de outros países, estão perdendo o sono, sim", disse.

"Nós não temos razão de perder o sono lá no Brasil. Temos uma situação bastante sólida, o país continua crescendo apesar da crise."

De acordo com Mantega, o Brasil só tem problemas "localizados", mas o ministro afirma que o governo agiu com rapidez para sanar as vulnerabilidades da economia nacional.

"O que não podemos é deixar faltar liquidez nesse momento. E nós temos tomado as medidas para viabilizar liquidez", afirmou.

"O Banco Central já liberou compulsório. Já houve a possibilidade de desapertar os bancos médios e pequenos", acrescentou o ministro, em referência aos depósitos que as instituições financeiras têm que fazer no Banco Central ao final de cada dia.

"Não é o caso de perder o sono porque a nossa situação, no geral, é muito satisfatória", disse Mantega. "Nós temos reservas elevadas, uma situação fiscal sólida e até o país continua crescendo, o que é bom nessa situação."

Proposta brasileira

Mantega fez mistério sobre a proposta brasileira a ser apresentada no sábado durante a reunião do G20, o grupo que reúne as principais economias emergentes e os países mais ricos do mundo e que atualmente é presidido pelo Brasil, que convocou o encontro de emergência. O ministro sinalizou, no entanto, que a atual crise exige soluções distintas das tomadas em situações anteriores de dificuldade.

"Nós vamos justamente discutir esses novos instrumentos, essa nova ação nas reuniões do Fundo Monetário Internacional, amanhã (sábado) de manhã, e do G20, amanhã à tarde, eu não vou antecipar aqui as nossas propostas", afirmou.

Para Mantega, o uso de instrumentos distintos se justifica porque "a situação é diferente de uma crise de 29, por exemplo".

"A globalização é maior, existem derivativos, hedge funds, que não existiam naquela época", disse o ministro. "Então, nós temos também que inventar armas específicas para combater os problemas da atualidade."

"Vamos ter que ser mais criativos do que já fomos", acrescentou. "Os governos estão usando os instrumentos conhecidos e temos que gerar instrumentos não conhecidos." O ministro diz acreditar que o atual quadro caótico na econômica deverá durar, no máximo, por mais algumas semanas.

"Eu acho que não é preciso permanecer numa situação tão drástica por tanto tempo seguido porque, senão, o sistema fica abalado", afirmou.

"Acredito, que nós - quando eu digo nós eu quero dizer o sistema capitalista - devemos chegar ao fundo do poço nas próximas semanas porque não dá para permanecer por tanto tempo assim, com bancos fechando e bolsas despencando", concluiu o ministro. BBC Brasil

Comentário: Como é que um istepô desses vai perder o sono com a sua conta bancária bem gordinha e guardada num lugar bem seguro? O que mais enche o culhão da gente é assistir a essa palhaçada toda e perceber que as ditas autoridades não estão nem se lixando pro povo. Pra arrumar vida de banqueiro com o dinheiro dos outros até eu dormiria tranquilo, mesmo com as contas que tenho pra pagar e não tendo de onde arrumar grana. Abusado!


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