Jorge Serrão
A Família Marinho, que ainda comanda as Organizações Globo, corre sério perigo de perder a soberania de seu tradicional negócio. Os banqueiros transnacionais que controlam as empresas de telecomunicações usam, como “laranjas”, gestoras de “private equity” para entrar no capital acionário das tradicionais empresas de comunicação no Brasil. O objetivo estratégico de curto ou médio prazo é invadir, romper o controle familiar e assimilar os lucrativos e poderosos conglomerados midiáticos.
Um alvo imediato é a mais antiga afiliada da Rede Globo. A holding RBS Comunicações negocia a venda de uma participação de 15% de sua composição societária. O “comprador” é a Gávea Investimentos. A gestora de “fundos de participação” é administrada por Armínio Fraga (ex-presidente do Banco Central e economista ligadíssimo ao mega-investidor internacional George Soros, o mesmo que é dono de 22% da Petrobras).
Acredita-se que a operação seja fechada até 30 de setembro. A RBS passa por processo de auditoria completa (due diligence). O grupo gaúcho é altamente rentável. Em 2007, teve lucro líquido consolidado de R$ 96 milhões. Em 2006, o resultado foi de R$ 142 milhões. A holding RBS controla a empresa Zero Hora Editora Jornalística (com oito jornais no Rio Grande do Sul e Santa Catarina). Também tem a concessão de 21 emissoras de televisão e 26 de rádio, além dos portais de Internet ClicRBS e Hagah.
No submundo do mercado de telecomunicações já circula a informação de que o próximo alvo dos gestores de fundo de participação (laranjas de mega investidores transnacionais) será a holding Rede Bahia (que controla Seis emissoras de TV aberta, uma emissora de TV fechada, três rádios e um jornal diário, além de negócios em comunicação e entretenimento e ensino superior). A poderosa empresa, uma das mais importantes e lucrativas afiliadas da Rede Globo, pertence à família do falecido senador Antônio Carlos Magalhães.
O difícil será convencer o principal estrategista do grupo baiano a cair na conversinha fácil dos especuladores. O atual senador Antônio Carlos Peixoto Magalhães Júnior - filho de ACM e pai do deputado ACM Neto, e “presidente de honra” da holding – acompanha, cuidadosamente, os movimentos mais bruscos do mercado de mídia e as armações dos investidores externos.
Muito respeitado pelos herdeiros de Roberto Marinho, por sua capacidade de gestor e pela ajuda pessoal que deu nas negociações das dívidas internacionais da Globopar (holding das Organizações Globo), o senador Antônio Júnior pode ser o “salvador” ou “herói da resistência” contra o processo de “assimilação” da Rede Globo, promovido por banqueiros da Oligarquia Financeira Transnacional ou seus “laranjas” magnatas da mídia.
O objetivo evidente do poder real mundial é tomar de assalto a Rede Globo. Um dos “intermediários” nesta operação é o magnata anglo-australiano Rupert Murdoch, do conglomerado News Corp. No subterrâneo do mercado de mídia, bem antes da morte do jornalista Roberto Marinho, emergiu a confidencialíssima informação de que Murdoch seria dono, através de um “contrato de gaveta”, de 30% da Rede Globo.
A informação é quase impossível de ser comprovada oficialmente. Mas é clara a intenção dos ingleses na Globo. Tanto que a estratégia deles de assimilação consiste em investir pesado na concorrência, para desvalorizar a Vênus Platinada. Ou alguém tem a ilusão de supor que a Rede Record conquistou, por mera competência estratégica, os direitos exclusivos de transmissão da Olimpíada de 2012, em Londres?
O “proprietário” da Rede Record, Bispo Edir Macedo Bezerra (líder da Igreja Universal do Reino de Deus), opera milagres. No entanto, com a divina ajuda dos banqueiros internacionais, de olho no futuro controle da Rede Globo, qualquer estratégia concorrencial milagrosa fica muito mais facilitada. A Família Marinho que se cuide... Ou, então, que recorra a um “babalorixá empresarial” baiano para se salvar da armadilha dos ingleses que gerenciam as dívidas da Globopar. Alerta Total
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