O presidente da Bolívia, Evo Morales, foi obrigado a fazer uma escala em território brasileiro para conseguir voltar a La Paz depois que manifestantes tomaram três aeroportos no departamento amazônico de Beni (norte).
O incidente ocorreu quando Morales visitava a cidade de Cachuela Esperanza, aonde chegou de helicóptero. Enquanto estava ali, oposicionistas ligados ao Comitê Cívico Pró-Beni, controlado por empresários, tomaram três aeroportos da região, localizados nas cidades de Guayamerín, Riberalta e Trinidad.
Como Morales não podia trocar o helicóptero por um avião em território boliviano para chegar a La Paz, o governo boliviano pediu no final da tarde autorização ao Brasil para usar a pista de Guajará-Mirim, no Estado de Rondônia.
Em nota à imprensa, o governo boliviano não confirmou os incidentes. Disse só que Morales foi ao Brasil "por razões de segurança". O presidente teria decolado rumo a La Paz às 23h30 de Brasília.
O presidente boliviano enfrenta forte crise com Estados governados pela oposição - Santa Cruz, Tarija, Pando, Beni e Chuquisaca.
Em 10 de agosto ele foi referendado no poder com apoio de 67,4% dos eleitores. Em seis dos nove Departamentos do país, Morales garantiu sua permanência no cargo até o fim do mandato. A gestão de Morales só foi rejeitada em Beni, Santa Cruz e Tarija.
Morales tentou retomar o diálogo com a oposição, mas não avançou. O novo motivo de disputa é o projeto da nova Constituição que o presidente ameaça enviar a referendo mesmo sem a aprovação da oposição. Folha Online
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