O pré-candidato à Prefeitura do Rio pelo PT, deputado estadual Alessandro Molon, disse nesta sexta-feira não se sentir traído com a decisão do PMDB no Rio de deixar de apoiá-lo. Ontem, o PMDB anunciou rompimento de acordo com o PT para a Prefeitura do Rio. Com isso, deve apoiar agora o ex-secretário Estadual de Esportes Eduardo Paes (PMDB).
"Fomos pegos de surpresa, não esperávamos essa mudança. O PT vinha trabalhando internamente com seus diretórios municipais para construir essa aliança no maior número possível de municípios que se conseguissem. Mas não há nenhuma sensação de traição. O PMDB tem todo o direito de mudar de opinião se não acha que esse é o melhor caminho", afirmou Molon.
O deputado afirmou, contudo, que não vai haver mudanças na decisão do PT em lançá-lo candidato. "Não há nenhuma modificação na determinação do PT de lançar nossa candidatura e de disputar as eleições para ganhar. Quem mudou as suas decisões foi o PMDB. Eu fui escolhido candidato a prefeito do Rio pelo PT e me orgulho de representá-lo. A mudança é do PMDB, o PT continua firme", disse.
Mesmo sem o apoio do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), ele disse acreditar ter condições de disputar o segundo turno das eleições. Disse ainda não ter recebido qualquer comunicado de Cabral sobre a desistência de apoiá-lo. "Foi comunicado pelo presidente do PT no Rio, Alberto Cantalice", afirmou.
Pesquisa divulgada pelo IBPS (Instituto Brasileiro de Pesquisa Social) na quarta-feira mostra Molon com 2,9% das intenções de voto. O senador Marcelo Crivella (PRB) apareceu em primeiro na pesquisa, com 27,6% das intenções de voto, à frente de Jandira Feghali (PC do B), com 15,7%, e do deputado federal Fernando Gabeira (PV), com 14%. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Folha Online
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