
Após analisar o inquérito, o corregedor disse que ficou impressionado com a quantidade de crimes que Lins é acusado e a forma que o Ministério Público do Estado detalhou a denúncia. Ex-chefe da Polícia Civil, Lins é acusado pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e proteção ao contrabando.
"A Assembléia não vai julgar os crimes e sim se houve quebra de decoro parlamentar. Pela forma que a acusação foi fundamentada, são tão grandes os indícios [contra Lins] que mostram claramente que essas atividades vieram até os tempos atuais", afirmou Luiz Paulo.
Lins foi preso em flagrante pela PF na última quinta-feira (29) e solto no dia seguinte após a Alerj aprovar projeto de resolução que considerou a prisão do deputado inconstitucional. Ele é acusado de envolvimento em um suposto esquema de ajuda a criminosos investigado na Operação Segurança Pública S/A, da Polícia Federal.
"O deputado trouxe [para o seu gabinete] pessoas que foram indiciadas na Operação Segurança Pública. Isso significa que os crimes se conectam com o atual mandato", afirmou o corregedor.
Segundo o corregedor, a quebra de decoro parlamentar ficará configurada a partir do momento que a ação do deputado agredir ou macular a imagem da Casa.
Luiz Paulo ouve Álvaro Lins amanhã, às 10h30, em sessão fechada na Assembléia. Caso entenda que há elementos que justifiquem a abertura de processo disciplinar contra Lins, o corregedor encaminhará inquérito ao Conselho de Ética da Casa, presidido pelo deputado Paulo Melo (PMDB). Folha Online

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