A prisão do Nei Silva, em vez de responder às perguntas que a história de amor e ódio entre governo e revista Metrópole levantou, acrescentou mais algumas.
Acho que seria interessante – e aí conto com a ajuda sempre preciosa dos leitores e leitoras, nos comentários – fazer uma listinha das perguntas que não querem calar. Das dúvidas que os investigadores de boa vontade deveriam procurar responder à medida em que o processo avance.
1. Por que o amigo de longa data, sócio (ex?), colaborador, revisor e prefaciador (do livro “A descentralização no banco dos réus”) Danilo Prestes Gomes, depois da prisão do Nei Silva, afirma estar “decepcionado com as atividades do ex-sócio”? Se escreveu o prefácio do livro, teve acesso à “obra” inteira. E, pelo que escreveu, não parecia decepcionado. A decepção foi depois? Com o que?
2. Afinal, houve mesmo o fato novo que a polícia citou como principal motivo para o flagrante de extorsão? O preso diz que tinha ido buscar mais uma parcela do que ele achava que o governo devia. O delegado diz que ele, além da dívida explicada no livro, teria pedido mais de um milhão para não publicá-lo. O dinheiro entregue (pela terceira vez!) pelo ex-secretário Armando Hess de Souza na segunda-feira, em Florianópolis, era mais uma parcela do pagamento da dívida, ou a primeira parcela do pagamento da extorsão?
3. Por que o governo não tratou este caso, desde o começo, como caso de polícia? Se não tinha qualquer contrato com a empresa e as atividades dela estavam causando problemas e contrangimento, como agora alegam, por que não tomaram providências legais antes? Os out-doors da “Descentralização” que foram multados pela Justiça Eleitoral, por exemplo, teriam sido feitos sem autorização ou conhecimento dos “clientes”. De Olho na Capital - César Valente
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