sábado, 7 de junho de 2008

Eu também não devo nada pra ninguém: Antonio Escorza garante que é inocente

O empresário de Joinville, Antonio Escorza Antonanzas, 56 anos, garante que é inocente das acusações que o levaram à prisão na quarta-feira pela Operação Cartada Final da Polícia Federal (PF). Além de afirmar que não praticou negócios ilícitos relacionados à atividade de caça-níqueis, Escorza, conhecido como "Espanhol", jurou que não tem conta bancária no Exterior.

Essas foram as manifestações do empresário dadas a advogados e ao chanceler do consulado-geral da Espanha em Porto Alegre, José Macias, que o visitaram na carceragem da Superintendência da PF, na tarde desta sexta-feira, em Florianópolis. Escorza, ex-cônsul da Espanha em Joinville, disse também que está bem e não fez nenhum pedido especial na prisão.

No saguão da PF, os advogados e familiares do empresário passaram boa parte da tarde desta sexta. Estavam com cinco sacolas e duas bolsas com roupas, chocolates, copos de plástico e produtos de higiene pessoal. A PF autorizou a entrada apenas de um colchão, pois Escorza já tinha recebido agasalhos no dia anterior.

Os advogados tentaram falar com o delegado federal do setor de inteligência de Brasília que comanda a investigação, mas não conseguiram. O chanceler da Espanha saiu do local com papéis nas mãos e não mostrou o conteúdo dos documentos. José Macias comentou que o consulado ficou surpreso com a prisão e a denúncia que Escorza comandaria uma quadrilha da máfia dos caça-níqueis e lavagem de dinheiro.

Os advogados devem entrar com habeas-corpus para tentar soltar o empresário na semana que vem. Ainda não está definido qual será o advogado criminalista responsável por sua defesa no inquérito. Na quinta-feira, a juíza Ana Cristina Krämer, da Justiça Federal em Florianópolis, soltou a mulher do empresário que havia sido presa em flagrante.

Débora Pinnow tinha sido autuada pela PF por estar com US$ 27 mil, R$ 43 mil e 7,6 mil euros. Os policiais enquadraram ela e Escorza por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A juíza deixou de homologar a prisão contra os dois porque entendeu que o ato não configurava prisão em flagrante.

A mulher foi liberada. O empresário continuou preso pelo fato de também estar com prisão preventiva decretada pelas acusações de uma série de outros crimes ligados aos caça-níqueis. No total, estão presas pela Cartada Final 17 pessoas e duas estão foragidas. A Notícia
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