terça-feira, 8 de abril de 2008

Presidente da CPI dos Cartões ameaça encerrar nesta semana trabalhos da comissão


A presidente da CPI mista (formada por deputados e senadores) dos Cartões Corporativos, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), voltou a dizer hoje que a comissão poderá encerrar seus trabalhos nesta semana se os requerimentos de convocação de autoridades ou de quebras de sigilos dos gastos do governo não forem aprovados. Ela disse que a CPI mista terá um fim melancólico.

"Se nesta semana não tivermos novos fatos, se não votarmos novos requerimentos, é claro que a CPI mista termina melancolicamente porque não conseguimos fazer o que se propunha, que era conhecer os gastos do governo", enfatizou.

A senadora disse, porém, que a instalação de uma nova CPI dos Cartões do Senado não impede que as investigações prossigam na comissão mista. O problema, na avaliação da senadora, é a postura de parlamentares da base aliada que vêm impedindo a continuidade das investigações com a "blindagem" do Palácio do Planalto.

"Em nenhum momento vai ser mudado o roteiro em vista de outra CPI."

Reportagem publicada na edição de hoje da Folha informa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusou a oposição de quebrar um acordo com o governo ao tentar instalar no Senado uma nova CPI dos Cartões. A reclamação de Lula foi feita ontem, numa reunião com ministros.

De acordo com a reportagem, Lula quer tentar impedir a instalação da nova CPI dos Cartões no Senado. "O presidente me pediu para trabalhar, para falar com os senadores da base do governo e cobrar da oposição a quebra de um acordo. Afinal, havia um entendimento para que deputados e senadores do governo e da oposição compartilhassem a CPI mista", disse José Múcio (Relações Institucionais) à Folha.

O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), deve ler hoje o requerimento de criação de uma CPI dos Cartões Corporativos só de senadores. Diferentemente da CPI mista (formada por deputados e senadores) que já está em funcionamento, a nova comissão deve funcionar só no Senado --onde o governo não tem maioria, como na Câmara.

A oposição pressionou Garibaldi a ler o requerimento na quinta-feira passada, mas Garibaldi pediu o adiamento para buscar um entendimento entre os parlamentares. Folha On Line

Comentário: Grande! Lula reclamando de quebra de acordo. Romero Jucá que o diga!

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