As vaias, o pedido pela demissão do técnico Dunga e os aplausos ao atacante adversário Lionel Messi que partiram da arquibancada do Mineirão no empate de 0 x 0 com a Argentina incomodaram os jogadores da seleção brasileira, que reclamaram do comportamento do torcedor e pouco falaram da atuação do time no jogo.
"Faltou apoio da torcida, nós esperávamos que o torcedor ficasse do nosso lado até o final", lamentou o atacante Luis Fabiano, que ao entrar em campo no lugar de Adriano, no 2o tempo, ouviu a torcida chamar Dunga de burro, no jogo de quarta-feira em Belo Horizonte.
Antes mesmo do intervalo, após insistir numa jogada individual que não deu resultado, Robinho foi alvo dos protestos, e o time inteiro desceu para o vestiário sob vaias após o primeiro tempo sem gols no Mineirão.
A partir da metade da etapa final, quando a Argentina era melhor em campo, o torcedor não perdoou a substituição de Adriano por Luis Fabiano. A saída do camisa 9 marcou o início dos gritos de "adeus Dunga" e "burro".
"Ficamos chateados com a torcida. Jogamos contra uma seleção forte, mas que nós não perdemos há muito tempo. Não podemos exigir que o torcedor grite durante 90 minutos, mas nos momentos difíceis que estamos passando, precisamos do apoio", disse a jornalistas o zagueiro Juan.
"Mas eles preferem aplaudir o jogador deles", acrescentou.
O lateral-esquerdo Gilberto reconheceu que Messi fez uma grande partida e está entre os maiores nomes do futebol internacional na atualidade, mas afirmou que nunca viu torcedores estrangeiros fazerem o mesmo com os craques brasileiros quando a seleção joga fora de casa.
O atacante do Barcelona teve o nome gritado pelos torcedores brasileiros ao deixar o gramado nos últimos minutos para a entrada de Palacios. Pouco antes, ele obrigou o goleiro Júlio César a fazer boa defesa, que garantiu o 0 x 0.
"O Messi é um excelente jogador, é bonito vê-lo jogar, assim como Ronaldinho Gaúcho e Kaká, mas a Argentina vem jogar no Brasil e os torcedores aplaudem o Messi, então é difícil", disse ele. "É uma situação muito ruim quando você vê 50 mil vaiando o treinador e aplaudindo o jogador adversário. Isso me deixa bastante triste."
Para o capitão brasileiro, Lúcio, o torcedor deveria ter reconhecido a mudança de atitude da equipe em relação à derrota por 2 x 0 para o Paraguai, domingo, em Assunção.
"Jogamos melhor do que contra o Paraguai e tivemos uma atitude melhor. Infelizmente não tivemos sorte no primeiro tempo. Temos que continuar assim, batalhando, porque nunca vai ser fácil", afirmou.
Adriano, que foi poupado pela torcida e deixou o gramado sob aplausos, lamentou que o Brasil tenha respeitado demais os rivais e pediu uma postura mais agressiva nas próximas partidas.
"Foi uma partida muito respeitada de ambas as partes. Falta tranquilidade e confiança, a gente tem que pensar que é o Brasil, não pensar no adversário, porque só assim a gente vai sair dessa situação", disse ele a repórteres. Estadão Online
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(*) Ucho Haddad Após décadas de jornalismo, a maior parte do tempo dedicado
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