terça-feira, 1 de julho de 2008

Ex-presidente FHC agradece solidariedade por morte de dona Ruth

Visivelmente abalado e chorando, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso agradeceu as manifestações de carinho que a família recebeu em razão da morte da ex-primeira-dama Ruth Cardoso. A missa de 7º dia foi celebrada nesta terça-feira (1º).

Fernando Henrique fez um curto depoimento após a missa, realizada na Capela Nossa Senhora de Sion, no Colégio Sion, no Bairro Higienópolis, na capital paulista.

"Bom dia a todos, eu quero em meu nome e em nome da minha família agradecer muito a vocês que souberam entender o momento muito difícil; os médicos, por toda a dedicação. Meu querido amigo Raul Cutait [médico da família], que aqui está. Todos os que cercaram a Ruth de carinho. Eu não pude ler o que se escreveu sobre ela, mas sei que foi muita coisa. Nós sentimos o carinho do povo. Nossa família é imensamente grata. Infelizmente não posso dar um abraço e um beijo em cada um daqueles que se dirigiram de maneira tão calorosa à Ruth. Eu não direi nada sobre ela. Eu não posso. O Brasil entende. Muito obrigado", disse o ex-presidente aos presentes. Foi a primeira vez que ele falou em público após a morte de sua esposa.

FHC chegou com os filhos Paulo Henrique, o mais velho, Luciana e Beatriz, a filha mais nova que mora na Europa e chegou ao Brasil no dia do enterro da mãe. Os netos do ex-presidente também estavam na missa.

Entre as autoridades, foram à missa o governador de São Paulo, José Serra; o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab; o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin; e o presidente do Banco Central, ministro Henrique Meirelles, que representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está no encontro da cúpula do Mercosul, na Argentina. O banqueiro Lázaro Brandão, do Bradesco, também assistiu à missa.

Serra, que é muito amigo da família, leu trechos de um poema de Manuel Bandeira. Questionado sobre o que ele iria sugerir ao ex-presidente FHC após a morte de sua esposa, o governador respondeu: "Eu não vou sugerir nada. Eu vou conviver com ele, como sempre convivi. E agora muito mais próximo, pela ausência da Dona Ruth e procurar com ele o melhor caminho. Mas ele tem absorvido essa tragédia com muita serenidade."

A missa durou uma hora e foi rezada pelo padre Hector Velarde. A Orquestra Bacchiana Jovem, com 40 músicos, acompanhou a missa.

Vestida com a camiseta do “Capacitação Solidária”, programa criado por Ruth Cardoso, Maria Galdino da Silva Santos lamentou a perda da ex-primeira-dama, com quem, segundo ela, trabalhava em um prédio na avenida Angélica, onde funcionava a sede do programa.

“Eu servia chá para ela todos os dias. Ficou difícil ver a sala dela vazia. Ela era uma pessoa totalmente diferente das pessoas ricas”, disse Maria Galdino. Portal G1
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