O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, há pouco, que não cabe ao Brasil intervir em iniciativas para libertação de mais reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Ele se referia a um pedido que teria sido feito pela ex-senadora colombiana Ingrid Betancourt, que chegou hoje (4) a Paris. Ingrid, que ficou mais de seis anos em poder da guerrilha, foi libertada há dois dias.
“Não é um problema do Brasil intervir, porque o Brasil respeita a soberania da Colômbia”, afirmou Lula, em rápida conversa com os jornalistas, no Palácio do Planalto.
Lula não respondeu, entretanto, se já conversou por telefone com o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, depois que Ingrid Betancourt foi resgatada. O presidente disse apenas que, nos dias 19 e 20 deste mês, estará na Colômbia, para participar de um encontro empresarial e das comemorações da independência daquele país.
Segundo informações da BBC Brasil, durante entrevista coletiva no Palácio do Eliseu, em Paris, Ingrid Betancourt disse que se sente em dívida com o presidente Lula, pelo seu esforço para que fosse libertada.
“Penso que toda a América Latina se mobilizou e incluo nessa reflexão o presidente Lula. Sei que ele conhecia meu caso e que ele fez o necessário para que o presidente Álvaro Uribe soubesse que era possível contar com o Brasil para realizar contatos com as Farc”, afirmou.
Ela afirmou, ainda, que espera poder ver o presidente brasileiro em breve, “para que ele nos ajude nessa segunda etapa, que é crucial: a libertação dos que ainda continuam na selva”. “Quero ir ao Brasil, [quero] cumprimentar Cristina Kirchner [presidente da Argentina], e também ao Chile, ao Peru, ao Equador e também à Venezuela, porque devemos muito ao presidente Hugo Chávez”, acrescentou. Agência Brasil
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