
O deputado sustenta que as denúncias de seu envolvimento em fraudes no banco e de favorecimento a ONG "Meu Guri" --da qual sua mulher é presidente-- são baseadas apenas em recortes de jornais, sem nenhuma prova concreta. Por esse motivo, Paulinho vai pedir ao conselho para arquivar o processo por quebra de decoro parlamentar, uma vez que ele afirma não haver provas "contundentes" para a perda do seu mandato.
Os integrantes do conselho, no entanto, estão dispostos a questionar detalhes não esclarecidos pelo parlamentar sobre o seu suposto envolvimento nas fraudes. O relator do caso no conselho, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), disse que a defesa escrita do pedetista enviada ao conselho não o satisfez.
O relator pretende ouvir nove pessoas citadas no caso Paulinho antes de apresentar o seu parecer. Nos bastidores, Piau afirma que a situação do deputado é "complicada", uma vez que há fortes indícios do seu envolvimento no esquema de fraudes. Entre as testemunhas, o relator quer convidar Elza de Fátima Pereira, mulher de Paulinho, o advogado Ricardo Tosto, ex-conselheiro administrativo do BNDES, João Pedro de Moura, ex-assessor de Paulinho, e o coronel reformado da Polícia Militar Wilson Consani Júnior.
Denúncias
Gravações telefônicas associariam o deputado federal ao esquema de irregularidades no BNDES. A escuta feita com ordem judicial na Operação Santa Tereza, da Polícia Federal, indicou que o consultor João Pedro de Moura, preso em abril, tratou com representantes do Ministério dos Esportes em nome de Paulinho para a liberação de empréstimos.
A ONG "Meu Guri", por sua vez, é acusada de receber R$ 37,5 mil do conselheiro do banco estatal João Pedro Moura, preso pela Polícia Federal e apontado pela Procuradoria da República como o principal responsável pelo esquema de desvio de verbas do BNDES, desmantelado pela PF na Operação Santa Teresa. A ONG recebeu R$ 1,328 milhão do BNDES. Folha Online

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