Mesmo que qualquer um queira negar ou deixar passar em branco, não há "cristão" nesse mundo que não fique indignado com uma situação dessas.
Eis o relato:
Depois de constatar o péssimo serviço de "tapa buracos" realizado na Avenida Madre Benvenuta, bem aqui no Bairro Santa Mônica, muito embora os senhores dirigentes da ACOJAR (Associação Comunitária Jardim Santa Mônica) tenham emitido nota de agradecimento à municipalidade pela realização desse "remendão", me detive em examinar com detalhe não só aquele que pessoalmente qualifico como "péssimo serviço", mas também ouso concluir que se trata de uma operação para "jogar dinheiro público pela janela ou na lata do lixo" como preferirem.
Vejamos.
A placa colocada pelo município de Florianópolis as margens da Avenida Madre Benvenuta, como demonstra a imagem, aponta que a empresa Sul Catarinense foi contratada para realizar uma obra (REPAROS E RECOMPOSIÇÃO DE PAVIMENTOS E CALÇADAS) a um custo, digamos significativo, da ordem de R$ 3.543.447,91 (três milhões, quinhentos e quarenta e três mil, quatrocentos e quarenta e sete reais e noventa e um centavos).
Num primeiro momento, vislumbramos apenas e tão somente o péssimo serviço realizado na Avenida Madre Benvenuta, enquanto que com relação a "recomposição de calçadas", ao menos visível a olho nú, nada pode ser observado.
Mas minha manifestação não se prende exclusivamente a questão da qualidade do serviço realizado, melhor dizendo, péssimo serviço realizado, esse sim, visível a olho nú e risível, para não dizer que dá vontade de chorar quando se observa como é fácil jogar fora o dinheiro público, dinheiro nosso, do contribuinte.
O custo da obra
Como simples contribuintes, não dispomos de parâmetros para aquilatar se os valores orçados para a realização dessa "obra" estão ou não dentro de critérios aceitáveis. Fomos buscar no vizinho município de Biguaçú esses parâmetros que nos permitem, agora, tecer os comentários que seguem.
Observem que no interior da cidade de Biguaçú, a administração municipal contratou uma obra (PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA E DRENAGEM PLUVIAL DA ESTRADA GERAL DE TRÊS RIACHOS E SOROCABA), a um custo total orçado em R$ 3.245.244,70 (três milhões, duzentos e quarenta e cinco mil, duzentos e quarenta e quatro reais e setenta centavos). E mais: essa obra levada a cabo no interior do município de Biguaçú, no que se refere ao asfaltamento da Estrada Geral de Três Riachos, compreendeu a preparação de toda a base da rodovia, contrução de pontes, pontilhões, obras de drenagem, de um trecho, pasmem, com nove quilômetros de extensão em direção à Três Riachos; enquanto que em direção à Sorocaba, a estrada geral terá um trecho de seis quilômetros, igualmente com a construção de toda a infra-estrutura na base da rodovia, obras de drenagem pluvial, etc, etc, etc.
Comparando uma e outra obra, muito embora aquela realizada em Biguaçú teve início há cerca de 12 meses, os valores orçados para a realização daquela pavimentação asfáltica, com cerca de 15 quilômetros de extensão, são menores do que aqueles que serão dispendidos pelo município de Florianópolis apenas, repito, para tapar (e muito mal tapados, diga-se de passagem!) buracos na Avenida Madre Benvenuta e eventuais obras de "reparos e recomposição de calçadas", essas que por definição legal têm sua manutenção sob a responsabilidade dos senhores proprietários dos imóveis localizados na extensão daquela via pública.
O que espanta é o seguinte: apenas para tapar buracos (mal tapados!) naquilo que podemos denominar de um verdadeiro REMENDÃO e para a realização (só Deus sabe o que virá por aí!) de reparos e recomposição de calçadas, gasta-se na Capital Catarinense mais dinheiro do que o que foi dispendido pelo município de Biguaçú para construir 15 quilômetros de estrada.
Será que com o valor a ser gasto pelo município de Florianópolis, para fazer esse remendão, não daria para pavimentar a Avenida Madre Benvenuta em toda a sua extensão?
Detalhe: a obra realizada no município de Biguaçú seria de responsabilidade da Sul Catarinense, mesma empreiteira contratada para realizar o remendão na Avenida Madre Benvenuta. Porém uma decisão judicial proferida pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina anulou a contratação daquela empreiteira, tendo a obra sido entregue à outra empresa - Nativa.
O descaso e a falta de planejamento
Imagens feitas hoje (18/07) pela manhã na Avenida Madre Benvenuta, onde empregados de empreiteira contratada pelo IPUF para a instalação de semáforos retiram parte do piso asfáltico colocado naquela via pública, numa demonstraçao de total falta de planejamento entre os órgãos da administração municipal.
Com a palavra os senhores da ACOJAR que agradeceram ao município de Florianópolis pela realização do REMENDÃO na Avenida Madre Benvenuta.
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