Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula, nega que tenha feito tráfico de influência ao procurar saber junto ao Gabinete de Segurança Institucional da presidência da República, a pedido do ex-deputado e advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, se havia alguma ação policial contra Humberto Braz, assessor do banqueiro Daniel Dantas.
Trâfico de influência é crime, definido assim no artigo 332 do Código Penal: "Solicitar, exigir, cobrar ou obter para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função." Ocorre mesmo quando o funcionário não haja sido compensado.
Carvalho nada pediu para si em troca do favor prestado a Greenhalgh. Mas a rigor ele incorreu em tráfico de influência, sim, porque patrocinou interesse privado. A informação sobre a existência ou não de uma possível ação policial contra Braz ajudaria Greenhalg a desempenhar melhor seu papel de advogado.
Certamente não é função do chefe de gabinete do presidente da República atender advogados à caça de informações confidenciais que interessam a seus clientes. Carvalho atendeu ao pedido de Greenhalg porque os dois são amigos de longa data e filiados ao mesmo partido. Um advogado qualquer receberia de Carvalho o mesmo tratamento? É claro que não.
A Polícia Federal é criticada dentro e fora do governo por vazar informações. E o que fez Carvalho? Vazou a informação de que Braz não era alvo de ação policial.
A ordem dada por Lula a seus principais auxiliares é a de defender a inocência de Carvalho a qualquer preço. Quanto a Greenhalg, o mínimo que se diz a respeito dele entre os que cercam Lula é que foi um "desastrado". Aquilo não era assunto para se conversar por telefone - ora bolas! Blog do Noblat
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