As investigações da PF apontam que Greenhalgh teve acesso ao Palácio do Planalto para obter informações sobre o banqueiro Daniel Dantas, preso na Operação Satiagraha e solto posteriormente por decisão do Supremo Tribunal Federal.
Em nota de dois parágrafos divulgada nesta segunda-feira, Carvalho conta que no dia 28 de maio, Greenhalgh lhe telefonou para saber se seu cliente, Humberto Braz, ex-diretor da Brasil Telecom, "cuja identidade até então desconhecia", estava sendo seguido por um policial a serviço da Presidência da República.
Segundo Carvalho, o advogado queria saber se a informação procedia ou se seu cliente poderia estar sendo vítima de tentativa de sequestro. Greenhalgh contou a Carvalho que o condutor de um carro que seguia Braz foi interceptado pela polícia do Rio de Janeiro e se apresentou como tenente da Polícia Militar de Minas Gerais a serviço do Palácio do Planalto.
"Procurei o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência. Fui informado de que o referido tenente estava credenciado pelo GSI, mas o trabalho que realizava nada tinha a ver com o cidadão citado", diz Carvalho na nota.
O chefe de gabinete afirmou que repassou essa informação a Greenhalgh, o qual ainda pediu mais informações da Polícia Federal.
"Como já havia dado a informação essencial ao advogado no que dizia respeito à segurança pessoal de seu cliente, não fiz contato algum nem com o Ministério da Justiça e nem com a direção ou qualquer integrante da Polícia Federal", acrescentou Carvalho. Reuters
Nota divulgada por Gilberto Carvalho
Nota à imprensa
Esclarecimentos do Chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República, Gilberto Carvalho, sobre o contexto das conversas que teve com o advogado e ex-deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh, mencionadas no noticiário relacionado à Operação Satiagraha da Polícia Federal
No dia 28 de maio, o Dr. Luiz Eduardo Greenhalgh informou-me que um cliente seu, Humberto Braz, cuja identidade até então eu desconhecia, fora seguido no Rio de Janeiro, após deixar os filhos na escola, e que, interceptado pela Polícia do Rio, o condutor do carro que pretensamente lhe fazia a perseguição se apresentou como Tenente da Polícia Militar de Minas Gerais exibindo documentos que diziam estar a serviço da Presidência da República. Dr. Greenhalgh me indagou se procedia esta informação, uma vez que poderia se tratar de tentativa de seqüestro comum, com uso de documentação falsa.
Procurei o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência. Fui informado de que o referido Tenente estava credenciado pelo GSI, mas o trabalho que realizava nada tinha a ver com o cidadão citado. Repassei pelo telefone esta informação ao Dr. Greenghalg, que na ocasião, pediu que eu obtivesse mais informações junto à Polícia Federal. Como já havia dado a informação essencial ao Advogado no que dizia respeito à segurança pessoal de seu cliente, não fiz contato algum nem com o Ministério da Justiça e nem com a direção ou qualquer integrante da Polícia Federal, conforme já declarado pelas respectivas Autoridades.
Gilberto Carvalho
Chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República
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