- O resultado do processo administrativo não tem valor algum, já que as investigações foram conduzidas pelos próprios responsáveis pela feitura do dossiê. É a mesma coisa de um cabrito cuidar da horta. Resta agora esperar que o Supremo Tribunal Federal autorize o delegado Sérgio Menezes, da Polícia Federal, a avançar nas investigações, porque há elementos suficientes para incriminar a própria ministra Dilma Rousseff de responsabilidade no episódio - garantiu o senador.
Alvaro Dias, que falou por telefone à Agência Senado, estranhou que um fato "tão grave como esse seja tratado com tanta displicência e de maneira grosseira pelo Palácio do Planalto". Para ele, o processo disciplinar não passou de uma "armação" do governo para proteger os responsáveis pela elaboração do dossiê e seu posterior vazamento, na tentativa de prejudicar a imagem de Fernando Henrique Cardoso.
Sobre a advertência ou suspensão temporária do cargo de José Aparecido recomendada pela Comissão de Processo Administrativo e Disciplinar (PAD) da Casa Civil, Alvaro Dias foi enfático: é apenas uma resposta tímida na tentativa de demonstrar serviço do Executivo.
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O caso do dossiê ganhou as manchetes dos jornais no início do ano, depois que a documentação envolvendo gastos do ex-presidente Fernando Henrique e da mulher dele foi transmitida do computador de José Aparecido para o assessor parlamentar de Alvaro Dias, o economista André Fernandes. Houve a divulgação do dossiê, abrindo crise no governo dopresidente Luiz Inácio Lula da Silva. O assessor chegou até a ser responsabilizado pelo vazamento.
Por ordem da Casa Civil, a Polícia Federal começou a investigar o caso. Houve interrupção das investigações, ao mesmo tempo em que a Casa Civil abriu processo disciplinar para apurar os fatos, que culminou com a responsabilização de José Aparecido. Agência Senado

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