
No que depender da presidente da CPMI, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), o primeiro requerimento que será colocado para a apreciação dos deputados e senadores será o convite para que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, fale sobre os gastos da Presidência da República com cartões corporativos. A senadora também quer votar a convocação dos ex-ministros da Casa Civil José Dirceu, do Planejamento e da Casa Civil no governo Fernando Henrique Cardoso, Martus Tavares e Pedro Parente, respectivamente.
A reportagem publicada pela revista Veja neste fim de semana denunciando que a Casa Civil teria preparado um dossiê para municiar seus representantes na CPMI e constranger os tucanos piorou o clima entre a oposição e o governo. A notícia foi desmentida, em nota oficial, pela ministra Dilma Rousseff.
"Em termos de democracia é o que há de pior a Casa Civil da Presidência da República se prestar a fazer um dossiê do governo passado para justificar ações próprias", afirmou Marisa Serrano à Agência Brasil.
Ela admitiu que no caso de se inviabilizar a investigação sobre o uso dos cartões corporativos numa CPI mista, "o trunfo que a oposição tem é a CPI exclusiva".
No Senado, as bancadas do PSDB, com 13 parlamentares, e a do DEM, com 14, são suficientes para criar uma CPI exclusiva para investigar o uso dos cartões corporativos, uma vez que somam 27 assinaturas mínimas para apresentar o requerimento de instalação. O requerimento já está na Mesa Diretora do Senado a espera de uma apreciação.
Na semana passada, o deputado Maurício Quintela Lessa (PR-AL), deu o tom de como a base aliada irá para a reunião de quarta-feira. "Vamos nos chocar frontalmente", disse ao comentar os requerimentos que deverão ser postos para a apreciação dos parlamentares.
O deputado fez duras críticas a insistência do PSDB e do DEM em solicitar a abertura dos gastos da Presidência da República com os cartões corporativos.
"Isso é um grande factóide", afirmou.
Segundo o deputado, "os trabalhos da CPMI poderão ficar restritos a miudezas como investigar tapiocas e bichinhos de pelúcia". Agência Brasil

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