domingo, 23 de março de 2008

Colômbia volta a defender a incursão militar no Equador

O governo da Colômbia voltou a defender, neste domingo, sua decisão de ter bombardeado um acampamento do grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), dentro do território equatoriano.

Um porta–voz do governo colombiano afirmou que "o mundo precisa se lembrar que o acampamento era uma base terrorista que ameaçava o povo da Colômbia".

A afirmação do governo acontece um dia depois de o presidente do Equador, Rafael Correa, advertir que a tensão diplomática entre os dois países irá aumentar caso seja provado que um cidadão equatoriano teria morrido durante a incursão militar colombiana.

No sábado, o embaixador do Equador na Colômbia, Francisco Suescum, acusou as forças militares da Colômbia de "assassinarem" cidadãos equatorianos, que depois foram apresentados como guerrilheiros das Farc.

O governo equatoriano pediu que seja aberta uma investigação para estabelecer se um dos mortos no ataque do dia 1º de Março a um acampamento guerrilheiro no Equador, que as autoridades colombianas identificaram como "Julián Conrado", um guerrilheiro das Farc, era, na verdade, o cidadão equatoriano Franklin Aisalia Molina.

"Vai ser extremamente grave se for provado que um equatoriano morreu", disse Correa. "Não deixaremos o assassinato ficar sem punição".

Sem relações

Em declarações à imprensa local, Suescum disse que quer esperar os exames necrológicos a serem realizados no cadáver, que se encontra na Colômbia.
Segundo seus pais, Alisalia era um mecânico de 38 anos de idade que desapareceu no último dia 21 de Fevereiro.

Suescum disse à rede de TV Telesur que "cidadãos equatorianos têm sido – se cabe o termo – seqüestrados e assassinados por forças militares ou paramilitares do lado da Colômbia e depois devolvidos disfarçados, como se fossem guerrilheiros".

A ação das tropas colombianas contra as Farc em território equatoriano no dia 1º de Março, em que foi morto o nº 2 das Farc, Raul Reyes, desencadeou uma crise na região.

A operação militar foi repudiada pelo Equador e pela Venezuela e os dois países romperam relações diplomáticas com a Colômbia.

As tensões continuaram até que, na reunião do Grupo do Rio, na República Dominicana, foi fechado um acordo político.

Desde então, a Venezuela e a Colômbia restabeleceram suas relações, mas a ruptura entre Quito e Bogotá permanece. BBC Brasil

Comentário: Já dizia meu avô, um meio bugre que morava no interior de Laguna - "Macaco quando se coça muito quer chumbo!"

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