terça-feira, 21 de outubro de 2008

Rio de Janeiro - Paes reclama de 'campanha absurda' contra ele na web

Diante dos episódios de apreensão de material apócrifo contra o adversário Fernando Gabeira (PV), que levam a cabos eleitorais de sua campanha, o candidato do PMDB, Eduardo Paes, tem se queixado de ser vítima da guerra suja na internet. "Qualquer pessoa que tem e-mail já recebeu. Aliás, quero que forcem mais essa campanha absurda contra mim na internet porque comecei a receber nos últimos dias uma quantidade grande de e-mails em solidariedade pelos absurdos que falam", disse. Porém, Gabeira também é alvo de campanha contra na web.

Entre os textos que têm circulado em e-mails e blogs de internautas cariocas, o intitulado "5 razões para não votar em Eduardo Paes" sustenta que o candidato do PMDB é apoiado por milícias (grupos paramilitares que dominam favelas). A mensagem ainda indica um vídeo do site Youtube que mostra Paes, da coligação "Unidos pelo Rio" (PMDB-PP-PSL-PTB), defendendo a "polícia mineira" na zona oeste da cidade numa entrevista de 2006, divulgada pelo boletim eletrônico do prefeito Cesar Maia (DEM) no início do primeiro turno.

Gabeira também tem sido alvo das correntes. O e-mail "15 razões para não votar no Gabeira", afirma que o candidato da "Frente Carioca" (PV-PSDB-PPS) teria influenciado a criação de facções criminosas no Rio ao ensinar táticas de guerrilha aos presos comuns quando foi preso na Ilha Grande pela ditadura, em 1969. Em várias comunidades do site de relacionamentos do Orkut, Gabeira é xingado de "maconheiro".

O juiz Luiz Márcio Pereira, responsável pela fiscalização da propaganda eleitoral no Rio, explica que a expressão de opinião e argumentos contra ou a favor dos candidatos é liberada em sites e blogs, já que só quem tem interesse busca esses endereços. Da mesma forma, correntes de e-mails entre amigos são consideradas legítimas. "Se for uma mera crítica, não há problema. A ilegalidade é o crime contra a honra. Isso sim poderia sofrer algum tipo de penalidade", diz o magistrado. Agência Estado


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