segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Insatisfeitos na PF tentam forçar saída de seu diretor-geral

Em meio à crise que abala a instituição, setores descontentes da Polícia Federal já defendem publicamente a substituição de seu diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa. A "rebelião" tem adesão não só de delegados, mas também de agentes federais insatisfeitos com os rumos da negociação de uma lei orgânica para a categoria.

Embora discordem quanto à intensidade, entidades sindicais - ainda que rivais - reconhecem a existência de um movimento dentro da PF.

"Hoje, 80%, 85% [da corporação] acham que é o momento de modificação. Estamos pensando na instituição. Não nas pessoas. Falo como classista, que tem conhecimento da categoria, da base", afirmou o presidente do Sindicato dos Delegados da PF no Distrito Federal, Joel Mazzo.

A exemplo de Mazzo, o presidente do Sindicato dos Delegados da Polícia Federal no Estado de São Paulo, Amaury Portugal, diz que apenas reproduz a insatisfação da categoria. O Estado reúne 500 dos cerca de 2.000 delegados da PF. Mas, segundo ele, a pressão extrapola as fronteiras de São Paulo.

"Depois dessa crise, houve um desgaste natural, como aconteceu com o Paulo Lacerda. Desgastou, tem de sair. É o caso dele. Já está na hora de ele sair", afirmou Portugal, autor de críticas à atual gestão.

Folha Online


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