segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Em busca da trégua no PMDB, lideranças do partido conversam com José Temporão

Alvo de críticas e ameaças do PMDB, que é seu partido, o ministro José Gomes Temporão (Saúde) tem encontro marcado amanhã de manhã com o presidente nacional da legenda, deputado Michel Temer (SP), e o líder da bancada na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). A idéia é negociar uma trégua na relação do partido com o ministro, uma vez que críticas de ambos os lados são freqüentes e dificultam a relação com a bancada no Congresso.

A relação de Temporão com o PMDB piorou na semana passada, depois que ele chamou de "baixa qualidade e corrupta" a gestão do presidente da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), Danilo Forte. A fundação é tradicionalmente reduto de indicações do partido, o que incomodou o líder da legenda na Câmara.

Alves afirmou, na última semana, que a opinião de Temporão foi "fora do tom" e que exigia respeito à bancada e às indicações do partido. Aliado aos comentários do ministro, ele é criticado pela bancada, que reclama de não receber a atenção nem ser recebida no ministério.

Nos bastidores, o ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) foi escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser o bombeiro do caso. A pedido de Lula, Múcio negociou o encontro da cúpula do PMDB com Temporão nesta terça-feira (18).

Após o encontro do ministro com Temer e Alves, será a vez dos líderes conversarem com os deputados do PMDB. A idéia é pedir que tenham mais paciência com Temporão, que reconheçam os esforços dele em relação às políticas públicas e principalmente os cuidados que o ministério tem tomado em torno da campanha de combate à dengue --"Brasil unido contra a dengue".

Mas setores do PMDB vêem com dificuldades uma eventual aproximação com Temporão. Os peemedebistas afirmam que aceitam negociar a trégua, mas mantêm o sinal de alerta em relação ao ministro sob a ameaça de quaisquer deslizes de sua parte.

O cargo de Temporão é visto como moeda de troca depois das eleições das Mesas Diretoras do Senado e da Câmara nas negociações com o PMDB e o PT. Um dos nomes apontados como eventual candidato ao posto de ministro da Saúde é o do atual presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). O petista costuma negar a possibilidade. Folha Online

Comentário: Existe um partido mais safado nesse país do que esse tal de PMDB? Esse Temporão pode até não ser uma Brastemp, mas faz o seu trabalho da melhor forma. Quem não sabe que a Fundação Nacional de Saúde é um antro de bandido, ladrão, corrupto e caco de tudo quanto é natureza? O que ele vem dizendo não tem como ser desmentido. E é justamente por isso que vem sendo alvo de perseguição e de isolamento por parte da direção do PMDB. Aliás, colocar o rancoroso, o ruim de voto do Arlindo Chinaglia no lugar dele é no mínimo insensatez.


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