Engenheiro Jerson Kelman (esquerda), diretor da Aneel, que deverá ser demitido por Lula
O engenheiro que alertou o presidente Fernando Henrique Cardoso para o risco de racionamento de eletricidade, em 2001, e chamou a atenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para um perigo semelhante, em janeiro de 2008, deixará amanhã o posto de diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), depois de cumprir um mandato de quatro anos. A presença de Jerson Kelman no comando de uma agência reguladora, num governo conhecido por seu empenho em manter esse tipo de organismo subordinado aos interesses políticos do Executivo, já era bastante estranha. Mais estranha seria uma indicação do presidente da República para sua permanência no cargo, em mais um mandato.
Kelman dirigiu no governo tucano a Agência Nacional de Águas (Ana). Nesse cargo, era um dos técnicos em melhores condições para alertar o governo sobre o risco de uma crise de abastecimento de energia. Agiu com discrição, antes da crise. Depois, quando teve de produzir um relatório sobre o apagão, foi bastante claro na exposição dos fatos. A crise não se deveu apenas à estiagem prolongada, mas também à insuficiência de investimentos. Com ou sem chuva, o País vinha rumando para uma situação de escassez de energia. O apagão não resultou apenas de uma decisão divina a respeito das chuvas.
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