terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Opinião do Estadão: A ameaça das demissões

Se discurso oficial criar emprego, o Brasil passará pela crise global com pouquíssimas demissões. Segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, a economia brasileira vai abrir 1,5 milhão de postos de trabalho com carteira assinada em 2009. Essa estimativa, apresentada há uma semana, foi acompanhada de uma profecia audaciosa: "Em janeiro a situação se estabiliza e em março volta o crescimento forte na área da empregabilidade, que mede o bom resultado de uma economia." Toda pessoa responsável torcerá pelo acerto dessa previsão, mas os dados, neste momento, não justificam muito entusiasmo. Um terço das indústrias pesquisadas no mês passado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) planeja demitir pessoal até fevereiro. Essa parcela, 32,5%, é praticamente igual à de janeiro de 1999, quando ocorreu uma das piores crises cambiais das últimas duas décadas.

No Brasil, os efeitos da crise internacional têm sido menos severos, até agora, do que noutras grandes economias, mas os sinais de enfraquecimento da atividade industrial são inequívocos. Houve acúmulo de estoques a partir de outubro, várias indústrias deram férias coletivas e parte dos produtos foi desencalhada graças a cortes de impostos e de preços. As exportações perderam impulso e o mercado interno não foi suficiente, até agora, para compensar o menor dinamismo do comércio exterior.

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