sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Riqueza mundial se concentra há seis anos, enquanto o Brasil perde empresas e a classe média se endivida

Jorge Serrão

A crise econômica em vigor no atual globalitarismo não tem o menor efeito sobre quem tem muito dinheiro. A riqueza pessoal em todo o planeta, que hoje soma US$ 109,5 bilhões, cresceu 5%. A riqueza também está cada vez mais concentrada entre os mais ricos. Cerca de 1% dos lares detinham 35% da riqueza mundial no ano passado. Os cerca de 0,001% mais abastados - famílias que possuem pelo menos US$ 5 milhões em ativos - acumularam US$ 21 bilhões, ou um quinto da riqueza mundial. O informe sobre riqueza mundial, divulgado ontem pela Boston Consulting Group revela que o mundo continua criando novos milionários rapidamente.

O dinheiro concentrado e sobrando facilita mega-negócios. Não foi à toa que as fusões e aquisições de empresas no Brasil movimentaram US$ 62,3 bilhões até agosto deste ano. A economia brasileira, desde a privataria de FHC, se torna cada vez mais transnacional e dependente. A má gestão Lula colabora para o agravamento da colonização brasileira com a política econômica que mantém o real artificialmente valorizado. O esquema prejudica setores que lucram com a exportação, e barateia o valor patrimonial das empresas que acabam assimiladas pelo grande capital motel. Enquanto isso, a classe média brasileira, iludida pela dita-dura do crédito mole, se endivida cada vez mais.

A tendência mundial é de cada vez mais concentração de renda. Em 2007 se registrou o sexto ano consecutivo de expansão da riqueza. O número total de lares milionários cresceu 11%, totalizando US$ 10,7 milhões no ano passado. O maior salto em 2007 ocorreu em países emergentes da Ásia e América Latina. O crescimento mais rápido ocorreu nos lares das regiões em desenvolvimento, como China e os países do Golfo Pérsico, e entre famílias que já eram ricas.

A riqueza cresceu com maior força nos lares da Ásia e América Latina, com aumento de 14%. O crescimento foi impulsionado pela produção na Ásia e as matérias-primas na América Latina e Oriente Médio, assim como maior estabilidade política e do tipo de câmbio. O estudo mostra ainda que os bancos, corretores e administradores não têm outra opção a não ser expandir sua presença em regiões de rápido crescimento. Dubai e Cingapura estão se transformando em centro financeiro oferecendo, com toda competência, refúgios tradicionais, como a Suíça. Blog Alerta Total


Share/Save/Bookmark

Nenhum comentário: