quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Treta na Câmara de Florianópolis: Gean Loureiro confirma acusações de compra de votos

altGean Loureiro: Era tucano e trocou de partido (PMDB) para apoiar Dário Berger, o prefeito sacana de Florianópolis

O vereador Gean Loureiro (PMDB) e seu ex-chefe de gabinete, Paulo Freitas, prestaram depoimento a Polícia Civil nesta segunda-feira e confirmaram as acusações feitas por João da Bega (PMDB) contra Ricardo Vieira (PCdoB), no escândalo da eleição da mesa diretora da Câmara de Florianópolis. Bega acusa Vieira de ter pedido R$ 230 mil durante as negociações para fechar a chapa encabeçada pelo PMDB. Segundo ele, o dinheiro foi solicitado com a justificativa de pagar dívidas de campanha de Vieira e da deputada estadual Angela Albino (PCdoB).

— Eu fiz um relato dos fatos, confirmando a versão apresentada pelo vereador João da Bega. Na negociação, o pedido referente a questões financeiras não foi aceito por nossa parte — disse Gean.

Gean era presidente da Câmara no ano passado e conduziu o processo eleitoral da mesa diretora da casa. Mesmo tendo conhecimento da suposta tentativa de troca de dinheiro por voto, ele oficializou o resultado da eleição, dando a vitória à chapa de Jaime Tonello (DEM). Os dois vereadores que estão sob suspeita — Vieira e Asael Pereira (PSB), acusado pelo prefeito Dário Berger de também pedir dinheiro — integram a chapa do demista.

Na Justiça, o resultado oficializado por Gean está sendo contestado por quatro vereadores do próprio PMDB. O vereador argumenta que não havia se manifestado antes porque não tinha como comprovar as denúncias. A princípio, o delegado Rodrigo Bortolini o considera apenas como testemunha do processo.

A deputada Angela Albino também foi intimada e presta depoimento à Polícia nesta quinta-feira, às 15h30min. Ela atribui a acusação de Bega a um discurso de "derrotado" e afirma que aguarda que o peemedebista apresente provas. Desde o início do inquérito, foram ouvidos, além de Gean e Freitas, os vereadores Bega, Vieira, Tonello, Asael, Marcos Aurélio Espíndola, o Badeko, e o prefeito da Capital.

Na Câmara, o Conselho de Ética investiga Bega, Vieira e Asael. Os três têm até sexta-feira para se manifestar. Vieira e Asael devem apresentar suas defesas e Bega, suas provas sobre a acusação.

Contraponto

O vereador Ricardo Vieira afirma que as denúncias são uma tentativa de anular o processo em que sua chapa foi vitoriosa. Ele nega as acusações e defende que são mentiras para tentar prejudicá-lo. ClicRBS

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