sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Opinião do Estadão: A resistência ao acórdão

Mercadante com cara de réu: Estaria o PT no Senado (apesar da Ideli) tentando se redimir de seus erros?

Desde que o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) foi à tribuna para desculpar-se por ter protagonizado - junto com o colega Renan Calheiros (PMDB-AL) - uma das cenas mais vergonhosas da história do Senado da República, estava dada a senha para o início da costura do "acordão" - ainda não completada e que, certamente, não será de fácil digestão para a opinião pública. É que a "paz" política que governo e oposição têm pretendido restabelecer na Câmara Alta tem um alto preço ético: a anistia recíproca de todas as indecências praticadas pelos ilustres representantes das unidades da Federação no Poder Legislativo nacional.

É claro que nesse processo de costura tem sido utilizada a velha receita das "informações" que acusados têm sobre seus acusadores e a ameaça de utilizá-las a qualquer momento - no que os senadores alagoanos Renan e Collor deram, recentemente, exibições de mestria. Por outro lado, reconheça-se a capacidade do presidente Lula - auxiliado pela facilidade do seu líder no Senado, Romero Jucá, para defender, sem rubor na face, o indefensável - de condimentar, no melhor estilo, a geleia político-partidária que tem dado sustentação a seu despudorado governo. No entanto, ainda há uma resistência ao "acordão" - e ela se chama Partido dos Trabalhadores (PT), por suas divergências internas quanto ao julgamento ou não do senador maranhense do Amapá e presidente da Casa, José Sarney, no Conselho de Ética, e, especialmente, pela posição assumida por seu líder, senador Aloizio Mercadante (SP) nessa questão.

Foto: Geraldo Magena – Agência Senado (editada)

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